Carolina Buchholz tem rotina com raras folgas e precisa lidar com situações delicadas quando seus comandados jogam ao mesmo tempo ou se enfrentam
Acaba o jogo na quadra 3, e Carolina Buchholz vai para a quadra 2.
Depois da partida, encontra outra dupla na quadra 4. Pulando de banco em
banco, a gaúcha se divide na orientação de nove jogadores, entre os que
disputam etapas do Nacional e do Open do Circuito Brasileiro de Vôlei
de Praia. Quase sem folgas para cumprir a agenda de treinos e
competições de tantos jogadores, a ex-atleta precisar lidar também com
situações delicadas, sobretudo quando seus comandados se enfrentam.
Apesar do esforço diário, ela garante que vale a pena.
- Optei por ter vários atletas porque nenhum deles tem, no momento, um patrocínio que possa me bancar exclusivamente. Então, por uma melhor qualidade financeira minha, trabalho mais. É complicado porque, como alguns jogam o Nacional e outros o Open, viajo praticamente todo final de semana (um torneio é classificatório para o outro). E, quando volto, já tenho que dar treino para os que ficaram. Mas, sinceramente, adoro o que eu faço. Quando eles vencem vem a recompensa.
A gaúcha começou no esporte no vôlei de quadra. Quando concluiu a faculdade de Educação Física em Porto Alegre, passou também a trabalhar em clubes da capital. Até ser convidada, em 2000, para participar de um projeto da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para revelar novos talentos para a modalidade da praia. Mudou-se para o Rio de Janeiro e, anos depois, para Fortaleza, onde constituiu família.
Com a mudança de formato do Circuito nas últimas temporadas e a diminuição do número de partidas por etapa, a gaúcha e seus atletas vivem algumas situações delicadas. Quando os horários dos jogos coincidem, Carol avalia onde suas orientações podem fazer mais diferença no resultado. Quando dois comandados se enfrentam, ela fica fora da quadra. No máximo, grava a partida da arquibancada.
- Desde que iniciei, quando duas duplas minhas se cruzam, eu não sento no banco. Nunca fiz e pretendo nunca fazer. Ou filmo ou assisto, mas não passo dica nenhuma. Acho que, pelos treinamentos que vêem, são capazes de observar os pontos vulneráveis de um ou outro. Quando os horários confrontam, uso o bom senso para escolher onde vou sentar. Até hoje não tive problema nenhum.
No Open de Campinas, Carol teve quatro atletas inscritos: Andrezza, Luciana, Lipe e Rodrigo Saunders. Rotina mais tranquila do que no Nacional, na última semana, ou no Open de Belo Horizonte. Na capital mineira, ela também acompanhava os jogos de Fernandão (que passou a trabalhar com o técnico Ronald Rocha ao formar dupla com Márcio) e Naiana.
Carolina Buchholz trabalha diretamente com nove atletas (Foto: Helena Rebello / Globoesporte.com)
Carol, como é mais conhecida, treina oficialmente cinco muilheres
(Andrezza, Naiana, Luíza Amélia, Luciana e Rafaela) e quatro homens
(Lipe, Juca, Rodrigo Saunders e Fábio) em Fortaleza. Por vezes, as
atividades, divididas em turnos, contam com um número ainda maior de
atletas, já que os parceiros que moram em outras cidades se juntam ao
grupo.- Optei por ter vários atletas porque nenhum deles tem, no momento, um patrocínio que possa me bancar exclusivamente. Então, por uma melhor qualidade financeira minha, trabalho mais. É complicado porque, como alguns jogam o Nacional e outros o Open, viajo praticamente todo final de semana (um torneio é classificatório para o outro). E, quando volto, já tenho que dar treino para os que ficaram. Mas, sinceramente, adoro o que eu faço. Quando eles vencem vem a recompensa.
A gaúcha começou no esporte no vôlei de quadra. Quando concluiu a faculdade de Educação Física em Porto Alegre, passou também a trabalhar em clubes da capital. Até ser convidada, em 2000, para participar de um projeto da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para revelar novos talentos para a modalidade da praia. Mudou-se para o Rio de Janeiro e, anos depois, para Fortaleza, onde constituiu família.
Carol observa partida no Open de Campinas
(Foto: Helena Rebello / Globoesporte.com)
Em 2007, recebeu o convite de Andrezza e Cristine Sant´Anna, que
defendiam a Geórgia e buscavam vaga nos Jogos de Pequim, para compor a
comissão técnica. A dupla conquistou a vaga, mas Carol não as acompanhou
nas Olimpíadas. O trabalho ali, porém, abriu as portas que ela
precisava para fazer a transição definitiva da quadra para o banco. Aos
poucos, outros atletas passaram a procurá-la. Atualmente, a rotina
diária tem atividades de 7h às 11h e, depois, das 14h às 18h.(Foto: Helena Rebello / Globoesporte.com)
Com a mudança de formato do Circuito nas últimas temporadas e a diminuição do número de partidas por etapa, a gaúcha e seus atletas vivem algumas situações delicadas. Quando os horários dos jogos coincidem, Carol avalia onde suas orientações podem fazer mais diferença no resultado. Quando dois comandados se enfrentam, ela fica fora da quadra. No máximo, grava a partida da arquibancada.
- Desde que iniciei, quando duas duplas minhas se cruzam, eu não sento no banco. Nunca fiz e pretendo nunca fazer. Ou filmo ou assisto, mas não passo dica nenhuma. Acho que, pelos treinamentos que vêem, são capazes de observar os pontos vulneráveis de um ou outro. Quando os horários confrontam, uso o bom senso para escolher onde vou sentar. Até hoje não tive problema nenhum.
No Open de Campinas, Carol teve quatro atletas inscritos: Andrezza, Luciana, Lipe e Rodrigo Saunders. Rotina mais tranquila do que no Nacional, na última semana, ou no Open de Belo Horizonte. Na capital mineira, ela também acompanhava os jogos de Fernandão (que passou a trabalhar com o técnico Ronald Rocha ao formar dupla com Márcio) e Naiana.
Carol orienta Andrezza e Luciana do banco (Foto: Helena Rebello / Globoesporte.com)
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