Desde setembro morando em Gdansk,
ponteira brasileira pena para retomar rotina de treinos, mas aprova
cidade e tenta avançar com time na Champions
Clima, idioma, culinária, sistema de jogo… Érika Coimbra sabia que
precisaria se adaptar a mais uma cultura ao assinar contrato por uma
temporada com o Atom Trefl Sopot, da Polônia. Com passagens por times de
Itália, Turquia e Azerbaijão, a hexacampeã da Superliga feminina se
habituou às mudanças bem nova. Só não contava que o uniforme de jogo
constasse na lista de itens que pudessem surpreendê-la. No Campeonato
nacional e na Champions League, a ponteira e suas companheiras de clube
vestem um figurino comumente visto no tênis. Como Maria Sharapova e
Cia., as atletas do vôlei usam short-saia em quadra.
Érika é fotografada em ensaio promovido pelo Atom Sopot (Foto: Divulgação/Site Oficial Atom)
Desde setembro morando em Gdansk, Érika se adaptou rapidamente à
cidade. Morando sozinha de frente para o mar, aprovou a paisagem e a
culinária e não sofreu com o idioma, já que o grande número de turistas e
estrangeiros faz com que o inglês seja ouvido com frequência nas ruas.
Apesar da experiência que acumulou na carreira, a atleta de 32 anos
penou mesmo para se adaptar em quadra. A primeira surpresa veio ao
receber os uniformes.
Érika salta para atacar: short-saia não atrapalha osmovimentos (Foto:Divulgação/Site Oficial Atom)
- Recebi o short-saia e achei muito estranho. Só tinha visto isso sendo
usado em competições de tênis, nunca de vôlei. Eu tinha mania de puxar o
short antes de fazer a recepção, e não dava mais. Fora que sempre
achava que os outros ficam olhando e pensava o que exatamente estavam
comentando. Hoje em dia adoro. Fica muito feminino, é charmoso e muito
confortável. Não atrapalha em nada a movimentação durante o jogo, nem
para passar, nem para defender. Poderia fazer bastante sucesso no Brasil
– disse, em conversa com o GLOBOESPORTE.COM por telefone.
Muito além da estética, a principal mudança foi em relação à jornada de
trabalho. Sob o comando do técnico Jerzy Matlak, o período de treinos
se estendeu a até oito horas diárias divididas em dois turnos. Após uma
reunião com o elenco e o início das competições regulares – o clube
disputa o Campeonato Polonês e a Champions League no momento -, o
treinador reduziu a intensidade das tarefas. A comunicação com o
comandante, porém, não é das mais simples. Como ele não fala inglês,
Érika e outras estrangeiras dependem da tradução das colegas locais.
- Ele (o técnico) é frio e bravo. Já entendo algumas coisas agora e
outras nem quero entender para não haver controvérsia. Ele é um vovô já,
tem mais de 70 anos, e não vale a pena discutir. No começo foi mais
complicado porque eu estava há muito tempo parada, e eu não treinava por
tantas horas desde os tempos em que existia vantagem nos jogos. Depois
que os treinos diminuiram, ficou mais fácil. Se seguissse naquele ritmo,
ninguém chegaria inteira aos playoffs.
Mandando suas partidas na Ergo Arena, construída exatamente na divisa
entre Gdansk e Sopot, o Atom é o atual vice-líder do Campeonato Polonês
com seis vitórias em oito confrontos e briga para avançar à segunda fase
da Champions. No grupo da competição internacional, o clube da ponteira
brasileira disputa vaga com Villa Cortese, da Itália, Agel Prostejov,
da República Tcheca, e Rabita, do Azerbaijão.
Ao lado do brasileiro Deleu, que defende o Lechia Gdansk nofutebol(Foto: Divulgação/Site Oficial Atom)
Feijão polonês
Nas horas vagas, Érika gosta de passear pela cidade e já conheceu
alguns brasileiros que atuam no futebol da Polônia. Quando está com
paciência, também gosta de cozinhar. Com muitos pratos à base de batata,
arroz e frango, a culinária polonesa agradou à jogadora. Mas, com fácil
acesso a produtos brasileiros, a ponteira prefere manter as tradições
mineiras em sua casa. E até já cozinhou feijão para duas companheiras, a
cubana Noris Cabrera e a australiana Rachel Rourke.
- A culinária deles é bem simples, farta e com um paladar tranquilo.
Mas eu consigo achar feijão muito facilmente. Não é igual ao nosso, mas
dá para sobreviver. É uma forma de nos sentirmos um pouco mais em casa.
Fiz um jantar para as colegas de Cuba e da Austrália e elas adoraram.
Com as viagens, acabei não convidando ainda as polonesas, mas tenho
certeza de que vão gostar também quando provarem.
Na varanda de sua casaemGdansk:Érikaestágostando da cidade (Foto: Reprodução/Facebook)
FONTE:
Desde setembro morando em Gdansk, ponteira brasileira pena para retomar rotina de treinos, mas aprova cidade e tenta avançar com time na Champions
Clima, idioma, culinária, sistema de jogo… Érika Coimbra sabia que
precisaria se adaptar a mais uma cultura ao assinar contrato por uma
temporada com o Atom Trefl Sopot, da Polônia. Com passagens por times de
Itália, Turquia e Azerbaijão, a hexacampeã da Superliga feminina se
habituou às mudanças bem nova. Só não contava que o uniforme de jogo
constasse na lista de itens que pudessem surpreendê-la. No Campeonato
nacional e na Champions League, a ponteira e suas companheiras de clube
vestem um figurino comumente visto no tênis. Como Maria Sharapova e
Cia., as atletas do vôlei usam short-saia em quadra.
Desde setembro morando em Gdansk, Érika se adaptou rapidamente à
cidade. Morando sozinha de frente para o mar, aprovou a paisagem e a
culinária e não sofreu com o idioma, já que o grande número de turistas e
estrangeiros faz com que o inglês seja ouvido com frequência nas ruas.
Apesar da experiência que acumulou na carreira, a atleta de 32 anos
penou mesmo para se adaptar em quadra. A primeira surpresa veio ao
receber os uniformes.
- Recebi o short-saia e achei muito estranho. Só tinha visto isso sendo
usado em competições de tênis, nunca de vôlei. Eu tinha mania de puxar o
short antes de fazer a recepção, e não dava mais. Fora que sempre
achava que os outros ficam olhando e pensava o que exatamente estavam
comentando. Hoje em dia adoro. Fica muito feminino, é charmoso e muito
confortável. Não atrapalha em nada a movimentação durante o jogo, nem
para passar, nem para defender. Poderia fazer bastante sucesso no Brasil
– disse, em conversa com o GLOBOESPORTE.COM por telefone.
Muito além da estética, a principal mudança foi em relação à jornada de trabalho. Sob o comando do técnico Jerzy Matlak, o período de treinos se estendeu a até oito horas diárias divididas em dois turnos. Após uma reunião com o elenco e o início das competições regulares – o clube disputa o Campeonato Polonês e a Champions League no momento -, o treinador reduziu a intensidade das tarefas. A comunicação com o comandante, porém, não é das mais simples. Como ele não fala inglês, Érika e outras estrangeiras dependem da tradução das colegas locais.
- Ele (o técnico) é frio e bravo. Já entendo algumas coisas agora e outras nem quero entender para não haver controvérsia. Ele é um vovô já, tem mais de 70 anos, e não vale a pena discutir. No começo foi mais complicado porque eu estava há muito tempo parada, e eu não treinava por tantas horas desde os tempos em que existia vantagem nos jogos. Depois que os treinos diminuiram, ficou mais fácil. Se seguissse naquele ritmo, ninguém chegaria inteira aos playoffs.
Mandando suas partidas na Ergo Arena, construída exatamente na divisa entre Gdansk e Sopot, o Atom é o atual vice-líder do Campeonato Polonês com seis vitórias em oito confrontos e briga para avançar à segunda fase da Champions. No grupo da competição internacional, o clube da ponteira brasileira disputa vaga com Villa Cortese, da Itália, Agel Prostejov, da República Tcheca, e Rabita, do Azerbaijão.
Feijão polonês
Nas horas vagas, Érika gosta de passear pela cidade e já conheceu alguns brasileiros que atuam no futebol da Polônia. Quando está com paciência, também gosta de cozinhar. Com muitos pratos à base de batata, arroz e frango, a culinária polonesa agradou à jogadora. Mas, com fácil acesso a produtos brasileiros, a ponteira prefere manter as tradições mineiras em sua casa. E até já cozinhou feijão para duas companheiras, a cubana Noris Cabrera e a australiana Rachel Rourke.
- A culinária deles é bem simples, farta e com um paladar tranquilo. Mas eu consigo achar feijão muito facilmente. Não é igual ao nosso, mas dá para sobreviver. É uma forma de nos sentirmos um pouco mais em casa. Fiz um jantar para as colegas de Cuba e da Austrália e elas adoraram. Com as viagens, acabei não convidando ainda as polonesas, mas tenho certeza de que vão gostar também quando provarem.
Érika é fotografada em ensaio promovido pelo Atom Sopot (Foto: Divulgação/Site Oficial Atom)
Érika salta para atacar: short-saia não atrapalha osmovimentos (Foto:Divulgação/Site Oficial Atom)
Muito além da estética, a principal mudança foi em relação à jornada de trabalho. Sob o comando do técnico Jerzy Matlak, o período de treinos se estendeu a até oito horas diárias divididas em dois turnos. Após uma reunião com o elenco e o início das competições regulares – o clube disputa o Campeonato Polonês e a Champions League no momento -, o treinador reduziu a intensidade das tarefas. A comunicação com o comandante, porém, não é das mais simples. Como ele não fala inglês, Érika e outras estrangeiras dependem da tradução das colegas locais.
- Ele (o técnico) é frio e bravo. Já entendo algumas coisas agora e outras nem quero entender para não haver controvérsia. Ele é um vovô já, tem mais de 70 anos, e não vale a pena discutir. No começo foi mais complicado porque eu estava há muito tempo parada, e eu não treinava por tantas horas desde os tempos em que existia vantagem nos jogos. Depois que os treinos diminuiram, ficou mais fácil. Se seguissse naquele ritmo, ninguém chegaria inteira aos playoffs.
Mandando suas partidas na Ergo Arena, construída exatamente na divisa entre Gdansk e Sopot, o Atom é o atual vice-líder do Campeonato Polonês com seis vitórias em oito confrontos e briga para avançar à segunda fase da Champions. No grupo da competição internacional, o clube da ponteira brasileira disputa vaga com Villa Cortese, da Itália, Agel Prostejov, da República Tcheca, e Rabita, do Azerbaijão.
Ao lado do brasileiro Deleu, que defende o Lechia Gdansk nofutebol(Foto: Divulgação/Site Oficial Atom)
Nas horas vagas, Érika gosta de passear pela cidade e já conheceu alguns brasileiros que atuam no futebol da Polônia. Quando está com paciência, também gosta de cozinhar. Com muitos pratos à base de batata, arroz e frango, a culinária polonesa agradou à jogadora. Mas, com fácil acesso a produtos brasileiros, a ponteira prefere manter as tradições mineiras em sua casa. E até já cozinhou feijão para duas companheiras, a cubana Noris Cabrera e a australiana Rachel Rourke.
- A culinária deles é bem simples, farta e com um paladar tranquilo. Mas eu consigo achar feijão muito facilmente. Não é igual ao nosso, mas dá para sobreviver. É uma forma de nos sentirmos um pouco mais em casa. Fiz um jantar para as colegas de Cuba e da Austrália e elas adoraram. Com as viagens, acabei não convidando ainda as polonesas, mas tenho certeza de que vão gostar também quando provarem.
Na varanda de sua casaemGdansk:Érikaestágostando da cidade (Foto: Reprodução/Facebook)
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