19/06/2012 08h10
- Atualizado em
19/06/2012 08h10
Nadal brasileiro dá seus primeiros passos em circuito escolar no Rio
Bruno, de 14 anos, copia o comportamento do ídolo espanhol nas quadras
De um lado para o outro da quadra, Nadal corre atrás da bolinha.
Desliza no saibro, luta por cada ponto. O cenário no sábado ensolarado,
no entanto, não era a quadra central de Roland Garros. No Marapendi
Racket Club, no Rio de Janeiro, não havia garrafas d'água alinhadas
sistematicamente perto do banco do tenista. Tampouco via-se o peculiar
hábito de ajeitar a cueca entre os pontos.
Bruno Nadal - o Nadal brasileiro - ainda dá seus primeiros passos no tênis. Com 14 anos, disputa o Circuito de Tênis Escolar e Universitário, cenário ideal para jovens que começam a competir, mas ainda não estão entre os melhores do país. O carioca leva o tênis a sério há apenas um ano, mas já garante: "Quero ser profissional". O ídolo? Nadal. O espanhol, claro. Mas não pela semelhança no sobrenome. Bruno tem motivos mais relevantes.
- Por causa da raça dele. Federer é habilidoso, mas Nadal ganha pontos
que parecem perdidos. Acho muito maneiro isso. Durante os jogos, penso
bastante em não abaixar a cabeça. Eu me inspiro bastante no Nadal. É
como dizem: o jogo só acaba quando termina. É isso que eu busco sempre.
Nunca desistir - afirmou.
A idolatria começou quando Bruno tinha 10 anos. Seu tio, o ex-tenista Paulo Gusmini, incentivou, mostrando jogos na TV e levando o garoto para brincar com a raquete. Hoje, o adolescente carioca já está apaixonado pelo esporte. Quando vê jogos de Rafael Nadal, grita "vamos" sentado no sofá e bate palmas nos pontos importantes.
Não há parentesco - uma tia de Bruno já pesquisou, mas não encontrou ligação entre sua família e a do tenista espanhol. As semelhanças com o heptacampeão de Roland Garros também são raras. Limitam-se à marca da raquete e à preferência por quadras de saibro. Bruno é destro (Rafael é canhoto) e não teve sucesso quando tentou bater na bola colocando tanto efeito quanto o espanhol. Hoje, copia apenas o comportamento.
- Tinha uma época em que eu estava tentando imitar ele no jeito de
bater, terminando o golpe mais em cima (da cabeça), só que eu estava
atrasando muito e errando (os golpes). Hoje, eu só copio o jeito dele,
de ir em todas as bolas. O espírito de luta - ressaltou.
Nos torneios, Bruno é sempre recebido com piadinhas. Às vezes, ouve um adversário dizendo querer muito "ganhar do Nadal". Quando chega no colégio, vê, vez por outra, colegas dizendo "lá vem o Nadal" e imitando golpes de tênis. Nada, porém, incomoda.
Seu objetivo, por enquanto, é ser o melhor de sua faixa etária no Brasil. No futuro, Bruno pretende entrar no grupo dos cem melhores do mundo.
Bellucci irrita
Se Bruno vê com admiração as características do heptacampeão de Roland Garros, não fala o mesmo das características do número 1 do Brasil. Ao ser indagado sobre o tenista que gosta menos de ver no circuito, o adolescente respondeu sem demorar:
- (Thomaz) Bellucci. O psicológico dele incomoda. Abaixar a cabeça, entrar num buraco e ir afundando mais. Aí perde jogo que às vezes está na mão dele. Isso irrita bastante.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2012/06/nadal-brasileiro-da-seus-primeiros-passos-em-circuito-escolar-no-rio.html
Bruno Nadal - o Nadal brasileiro - ainda dá seus primeiros passos no tênis. Com 14 anos, disputa o Circuito de Tênis Escolar e Universitário, cenário ideal para jovens que começam a competir, mas ainda não estão entre os melhores do país. O carioca leva o tênis a sério há apenas um ano, mas já garante: "Quero ser profissional". O ídolo? Nadal. O espanhol, claro. Mas não pela semelhança no sobrenome. Bruno tem motivos mais relevantes.
O carioca Bruno Nadal vibra acompanhando o ídolo espanhol pela TV (Foto: Divulgação)
A idolatria começou quando Bruno tinha 10 anos. Seu tio, o ex-tenista Paulo Gusmini, incentivou, mostrando jogos na TV e levando o garoto para brincar com a raquete. Hoje, o adolescente carioca já está apaixonado pelo esporte. Quando vê jogos de Rafael Nadal, grita "vamos" sentado no sofá e bate palmas nos pontos importantes.
Não há parentesco - uma tia de Bruno já pesquisou, mas não encontrou ligação entre sua família e a do tenista espanhol. As semelhanças com o heptacampeão de Roland Garros também são raras. Limitam-se à marca da raquete e à preferência por quadras de saibro. Bruno é destro (Rafael é canhoto) e não teve sucesso quando tentou bater na bola colocando tanto efeito quanto o espanhol. Hoje, copia apenas o comportamento.
Bruno quer ser o melhor tenista brasileiro em
sua faixa etária (Foto: Divulgação)
sua faixa etária (Foto: Divulgação)
Nos torneios, Bruno é sempre recebido com piadinhas. Às vezes, ouve um adversário dizendo querer muito "ganhar do Nadal". Quando chega no colégio, vê, vez por outra, colegas dizendo "lá vem o Nadal" e imitando golpes de tênis. Nada, porém, incomoda.
Seu objetivo, por enquanto, é ser o melhor de sua faixa etária no Brasil. No futuro, Bruno pretende entrar no grupo dos cem melhores do mundo.
Bellucci irrita
Se Bruno vê com admiração as características do heptacampeão de Roland Garros, não fala o mesmo das características do número 1 do Brasil. Ao ser indagado sobre o tenista que gosta menos de ver no circuito, o adolescente respondeu sem demorar:
- (Thomaz) Bellucci. O psicológico dele incomoda. Abaixar a cabeça, entrar num buraco e ir afundando mais. Aí perde jogo que às vezes está na mão dele. Isso irrita bastante.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2012/06/nadal-brasileiro-da-seus-primeiros-passos-em-circuito-escolar-no-rio.html
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