Característica de toque de bola vem garantindo acesso fácil à área. No Carioca, time não marcou de falta, e apenas 6% dos gols foram de longe
Na temporada 2010, com a chegada de Loco Abreu, o Botafogo passou a
explorar a bola aérea como principal arma. Prova disso foi o reduzido
número de gols em arremates de fora da área: apenas nove em quase 70
jogos disputados. No ano seguinte, o número subiu para 18, já com a
chegada de Elkeson ao elenco, que contribuiu com cinco golaços somente
no Campeonato Brasileiro.
Este ano, a característica mudou mais uma vez. A equipe tem arriscado pouco de longe. Mas o motivo não são os cruzamentos incessantes para o ídolo uruguaio e, sim, a troca de passes mais frequente, que tem levado os jogadores ofensivos para perto do gol com facilidade.
Dos 33 gols marcados nos 15 jogos da temporada, somente dois - 6% do
total - saíram em chutes de longe. Ainda assim, eles não foram
convencionais: Maicosuel, contra o Bonsucesso, da entrada da área, e de
Herrera, sobre o Macaé, encobrindo o goleiro em um contragolpe (veja ao lado). De falta, por exemplo, nada. O potente arremate de Elkeson, e a batida angulada de Andrezinho não estão marcando presença.Este ano, a característica mudou mais uma vez. A equipe tem arriscado pouco de longe. Mas o motivo não são os cruzamentos incessantes para o ídolo uruguaio e, sim, a troca de passes mais frequente, que tem levado os jogadores ofensivos para perto do gol com facilidade.
O técnico Oswaldo de Oliveira não perde o sono e espera, pacientemente, que isso mude quando os adversários saírem mais para o jogo.
- Estamos enfrentando equipes que bloqueiam a frente da área e, se repararmos, mesmo nos jogos dos outros times, a incidência tem diminuído. Mas provavelmente ao longo da temporada vamos criar mais oportunidades e teremos esses gols de fora da área - afirmou.
Os outros três grandes do estadual anotaram, juntos, quase vinte gols de longe. Ao todo, as tentativas alvinegras, no total, não passaram de 50, aproximadamente três por jogo. E as chances vêm sendo desperdiçadas na mesma medida em que são criadas, mesmo a poucos metros da meta. Contra o Duque de Caxias, foram seis delas, claras. O que poderia ter dado uma vitória mais tranquila do que 2 a 0.
- Temos um time técnico, de jogadores rápidos, às vezes é mais fácil tentar a tabela e abrir o espaço. Quando vamos ver, já entramos na área. Precisamos aproveitar os chutadores que temos, mas por enquanto não tem feito falta. E as chances perdidas são uma questão de capricho, treinamento e até desgaste. Estaremos melhores contra o Fluminense - analisou o meia Fellype Gabriel, autor de cinco gols em cinco partidas - todos, claro, de dentro da área.
- Vejo como uma circunstância do time mesmo. Trabalhamos isso, mas o sistema de jogo, bem definido com os homens pelo lado, facilita que a gente toque a bola. Não precisa finalizar de longe. Temos muita qualidade nessa bola, mas isso depende do momento - acredita Lucas.
Para o volante Renato, a dor de cabeça seria discutível caso o time passasse por uma seca de gols.
- Eu me preocuparia só se não estivéssemos criando nada. Perder gols é normal, acontecece. E maneira como eles estão saindo também não incomoda. Temos armas diferentes - avisou.
Botafogo e Fluminense se enfrentam neste domingo, às 18h30m, no Engenhão, pela sexta rodada da Taça Rio. O Tricolor deve mandar a campo um time misto.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/03/com-novo-estilo-bota-arrisca-pouco-e-ainda-procura-gols-de-bola-parada.html
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