Repórteres orientais ainda buscam entrevistas com treinador, multicampeão no país. Jornalista diz que Muricy ou Luxa não teria o mesmo tratamento
Esbarrar com um jornalista japonês no treino do Botafogo desde o início
do ano é algo comum. A atração, no entanto, não é um jogador cobiçado
pela J-League, e sim Oswaldo de Oliveira. Multicampeão no país, o
técnico ainda sofre assédio frequente e tem sua opiniões valorizadas no
Oriente. Seja rede de TV ou veículo impresso, o alvo é sempre o homem
que tirou o Kashima Antlers do ostracismo e o levou a três títulos
nacionais, totalizando sete em cinco temporadas.
Nesta quinta-feira, Hiroaki Sawada foi o repórter destacado pela revista mensal Soccer Hihyo para construir um perfil de Oswaldo e, durante duas horas, o sabatinou na sala de imprensa alvinegra, em General Severiano. A famosa liga local faz 20 anos, no formato atual, dentro de alguns meses, e a publicação considera ter o comandante de Loco Abreu e companhia em sua capa
.
Sempre solícito com a imprensa, Oswaldo de Oliveira dá atenção ainda
mais especial aos japoneses, que o condecoraram de todas as formas,
especialmente quando estava de saída, em 2011. Ele
não deseja perder o contato com o povo e com os clubes, de olho na possibilidade de retornar algum dia. E já avisou à sua assessoria que reportagens da Terra do Sol Nascente têm preferência. O que viveu na pequena cidade de Kashima não será esquecido, acredita.
- Espero um dia voltar ao Japão, aprendi muito e gostei das experiências que presenciei. Se puder ajudar de alguma maneira, estarei disposto. É muito gostoso esse carinho - diz Oswaldo, com um sorriso no rosto e demonstrando conhecimento geral a respeito do terrítório e da cultura.
Sawada está radicado em São Paulo há dois anos e toca sua carreira como freelancer. Não havia tido a oportunidade de conhecer pessoalmente o técnico do Botafogo e afirma que sua notoriedade no exterior não se deram por uma revolução tática ou técnica. Os títulos, o discurso e a educação de um verdadeiro "gentleman" é que lhe asseguraram mais respeito e idolatria.
- Primeiro, é um recordista em títulos e feitos (bateu marca de vitórias consecutivas, nove) pelo tempo em que permaneceu. E ele fala muito bem, motiva os jogadores, é educado, uma pessoa honesta, isso tudo o torcedor japonês preza e se identifica. Luxemburgo ou Muricy, pelo estilo, já não dariam certo (risos). A história do Kashima tem Zico, que foi muito importante no crecimento da equipe, e (Toninho) Cerezo, mas nenhum deles teve o sucesso de Oswaldo em termos de conquistas. Nunca teve o melhor elenco ou o maior dos investimentos, mas conseguiu ser vencedor - explica o repórter.]
O exemplar que Sawada carrega exibe o italiano Alberto Zaccheroni, atual treinador da seleção nipônica, na capa. Mas Oswaldo esteve cotado para o cargo. O convite jamais aconteceu, mas ainda não está descartado. O profissional ressalta que, no Japão, as grandes figuras não são esquecidos com a facilidade que acontece no Brasil, um país com pouca memória.
- São muitos jogadores e técnicos aqui, a qualidade é grande, aparece e
vai embora todos os meses. A cultura e o nível oriental são diferentes,
ainda é um futebol menor, tentando melhorar. Ele será lembrado por
muito, muito tempo, está no Hall da Fama. Não me surpreenderia se um
clube japonês quisesse tirá-lo do Botafogo em breve. Até porque lá teve
tempo para trabalhar. E no Botafogo ele sabe que não será técnico por
quatro ou cinco anos - comentou.
Enquanto a visão do jornalista não se confirma, Oswaldo desfruta da fama e tenta montar a mesma trajetória no Glorioso, quarto time carioca que orienta. Depois de um começo difícil, a goleada por 5 a 0 sobre o Olaria deu mais confiança, e a classificação para as semifinais da Taça Guanabara dependem de mais quatro pontos nas duas últimas rodadas.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/02/idolo-no-japao-oswaldo-de-oliveira-e-assediado-por-recordes-e-educacao.html
Nesta quinta-feira, Hiroaki Sawada foi o repórter destacado pela revista mensal Soccer Hihyo para construir um perfil de Oswaldo e, durante duas horas, o sabatinou na sala de imprensa alvinegra, em General Severiano. A famosa liga local faz 20 anos, no formato atual, dentro de alguns meses, e a publicação considera ter o comandante de Loco Abreu e companhia em sua capa
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Japonês Sawada mostra revista que terá Oswaldo em março (Foto: André Casado / GLOBOESPORTE.COM)
não deseja perder o contato com o povo e com os clubes, de olho na possibilidade de retornar algum dia. E já avisou à sua assessoria que reportagens da Terra do Sol Nascente têm preferência. O que viveu na pequena cidade de Kashima não será esquecido, acredita.
- Espero um dia voltar ao Japão, aprendi muito e gostei das experiências que presenciei. Se puder ajudar de alguma maneira, estarei disposto. É muito gostoso esse carinho - diz Oswaldo, com um sorriso no rosto e demonstrando conhecimento geral a respeito do terrítório e da cultura.
Sawada está radicado em São Paulo há dois anos e toca sua carreira como freelancer. Não havia tido a oportunidade de conhecer pessoalmente o técnico do Botafogo e afirma que sua notoriedade no exterior não se deram por uma revolução tática ou técnica. Os títulos, o discurso e a educação de um verdadeiro "gentleman" é que lhe asseguraram mais respeito e idolatria.
- Primeiro, é um recordista em títulos e feitos (bateu marca de vitórias consecutivas, nove) pelo tempo em que permaneceu. E ele fala muito bem, motiva os jogadores, é educado, uma pessoa honesta, isso tudo o torcedor japonês preza e se identifica. Luxemburgo ou Muricy, pelo estilo, já não dariam certo (risos). A história do Kashima tem Zico, que foi muito importante no crecimento da equipe, e (Toninho) Cerezo, mas nenhum deles teve o sucesso de Oswaldo em termos de conquistas. Nunca teve o melhor elenco ou o maior dos investimentos, mas conseguiu ser vencedor - explica o repórter.]
O exemplar que Sawada carrega exibe o italiano Alberto Zaccheroni, atual treinador da seleção nipônica, na capa. Mas Oswaldo esteve cotado para o cargo. O convite jamais aconteceu, mas ainda não está descartado. O profissional ressalta que, no Japão, as grandes figuras não são esquecidos com a facilidade que acontece no Brasil, um país com pouca memória.
Oswaldo comemora vitória com sua comissão no
Japão com estádio lotado (Foto: Divulgação)
Japão com estádio lotado (Foto: Divulgação)
Enquanto a visão do jornalista não se confirma, Oswaldo desfruta da fama e tenta montar a mesma trajetória no Glorioso, quarto time carioca que orienta. Depois de um começo difícil, a goleada por 5 a 0 sobre o Olaria deu mais confiança, e a classificação para as semifinais da Taça Guanabara dependem de mais quatro pontos nas duas últimas rodadas.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/02/idolo-no-japao-oswaldo-de-oliveira-e-assediado-por-recordes-e-educacao.html
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