Camisa 1 brilhou no empate em 0 a 0 com o América-MEX, na última terça-feira, e lembrou de Mara Cabral. 'Ela seria a pessoa mais feliz do estádio'
Ainda no campo, o camisa 1 do Peixe conversou com o Globoesporte.com. Começou a agradecendo aos céus, ao preparador de goleiros do time, Oscar Rodrigues, mas guardou a principal lembrança para a sua mãe. Mara Cabral era professora e morreu quando Rafael tinha apenas 13 anos.
- Ofereço essa atuação à minha mãe. Tenho absoluta certeza de que se ela estivesse aqui hoje seria a pessoa mais feliz do estádio - comentou o goleiro, visivelmente emocionado.
Sobre as defesas que fez contra o América, Rafael elegeu a que praticou aos 32 minutos do segundo tempo, num chute colocado de Reyna.
- Ele bateu de esquerda, tentando tirar do meu alcance. Eu consegui pegar a bola antes dela fazer a curva e mandá-la para escanteio. Acho que essa foi a mais difícil. Graças a Deus eu tenho jogado bem, mas acredito que tenha sido minha melhor atuação.
Já são quatro jogos consecutivos sem sofrer gols. Em oito partidas sob o comando de Muricy Ramalho, Rafael só foi buscar a bola no fundo das redes duas vezes. Resultado de um bom trabalho em equipe, sob o comando do novo treinador, na avaliação do camisa 1.
- O que mudou é que está havendo um empenho maior na marcação. Com a bola no pé, nosso time é diferente. Então, precisava mesmo ter mais pegada na marcação para que a gente não sofresse tantos gols. Se nós marcarmos bem, dificilmente seremos batidos - concluiu.
Titular absoluto
Rafael assumiu a camisa 1 do Santos de repente. Depois de quebrar a perna em 2009, durante uma dividida com o nada sutil zagueiro Domingos, num treino no CT Rei Pelé, o goleiro passou sete meses afastado. Iniciou 2010 como terceiro goleiro. De repente, no segundo semestre, durante o Brasileirão e as vésperas das finais da Copa do Brasil, diante do Vitória, ele virou titular.
- De certa maneira, podemos dizer que foi tudo rápido. Mas só eu sei o que eu passei me tratando da lesão, depois treinando forte, sempre determinado a conseguir meu espaço. Hoje, estou colhendo os frutos.
Rafael se atira no gramado para evitar que a bola chega a Vuoso, atacante do América (Foto: AP)
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