Treinador tenta minimizar polêmica entrevista de Emerson, mas não deixa de responder declarações que questionam sua liderança no elenco do Flu
Enderson Moreira evita entrar em polêmica
(Foto: Edgard Maciel de Sá / GLOBOESPORTE.COM)
(Foto: Edgard Maciel de Sá / GLOBOESPORTE.COM)
- O Emerson perdeu uma grande oportunidade para ajudar a equipe em campo. A partir do momento em que o jogador não faz mais parte do grupo, tudo que ele venha falar é insignificante. É algo indiferente dito por uma pessoa que está de fora. E quem está de fora pode falar muitas coisas. Não tenho que discutir ou justificar nada. Estou concentrado no jogo.
O comandante interino, por sua vez, cutucou Emerson ao relembrar atos de indisciplina, como o atraso a dois treinos nas últimas semanas de clube.
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- Ele não me conhece pessoalmente, eu o conheci muito pouco neste período, mas acho que o profissionalismo está acima de tudo. Temos que respeitar as coisas. Não vejo com normalidade atrasos. Não me sinto à vontade com isso. Essa foi a cobrança que foi feita em cima dele. São águas passadas.Enderson Moreira criticou ainda a forma como o jogador, autor do gol do título do último Brasileirão, se despediu do Tricolor. Mesmo que indiretamente, o treinador deixou claro que o atacante saiu pelas portas dos fundos.
- Temos outros objetivos e a instituição está acima de tudo. Defendo com toda força e vontade a instituição. Não devemos abrir mão disso. Da mesma forma que entrei pela porta da frente, tenho a convicção de que quero sair pela porta da frente. É isso que quero falar.
Interino no comando da equipe, o treinador comanda o tricolor até a provável chegada de Abel Braga, em junho. Diante do panorama, ele se mostrou tranquilo com a polêmica na qual se viu envolvido.
- São coisas normais. Assim como não me entusiasmo com elogio de jogador. Faço o meu trabalho independentemente do que cada um acha.
A ausência de Souza nas duas partidas contra o Libertad também foi apontada por Emerson como represálias por sua amizade com o apoiador. O treinador também abordou o tema.
- De fora, ele tira as coisas da cabeça dele. O Emerson não faz mais parte do nosso dia a dia. O jogador tem que buscar seu espaço em campo, com bons treinamentos e atuações. Se um foi preterido é em função da qualidade técnica. O Souza perdeu a posição para o Marquinho, que está claro que é um jogador muito importante para a equipe.
Sobre o fato de adotar postura democrática até mesmo no que diz respeito a escalação da equipe, Enderson Moreira confessou que recebe, sim, jogadores para debater o assunto. No entanto, deixou claro que teve esse tipo de diálogo, que considera normal, com o próprio Sheik.
- Tenho um diálogo aberto com todos os jogadores, inclusive ele. Já o chamei algumas vezes. Por que ele não falou isso? O chamei em busca de explicações, o motivo de atrasos. É normal. Ele queria que eu não expusesse o que penso? Falo com todos, converso, digo o que acho que cada um pode desenvolver mais. A relação é de muito respeito. Não seria legal eu, como comandante, não ter diálogo com meus comandados. Não é essa a liderança que eu quero exercer, como algo de cima para baixo que deve ser acatado. Troco ideias. Ele também já teve essa oportunidade, mas não deve ter a memória boa.
Em meio a esta polêmica, o Fluminense encara o Libertad nesta quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, pelas oitavas de final da Libertadores. O Tricolor pode até perder por um gol de diferença para encarar Vélez Sarzfield ou LDU nas quartas.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2011/05/enderson-moreira-evita-polemica-apos-declaracoes-de-emerson.html
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