Dorival Júnior ainda não conseguiu solucionar o problema do setor defensivo da equipe alvinegra. Em dez jogos, o Galo já levou 16 gols
Dos 16 gols, 13 foram pelo Campeonato Mineiro, e três pela Copa do Brasil. O time sofreu, em média, de 1,6 gol por jogo. E o tormento não é de hoje. A preocupação da torcida se justifica pelo fato de, no Campeonato Brasileiro de 2010, o time ter tido a segunda pior defesa, com 64 gols sofridos em 28 partidas (1,68 por jogo), à frente apenas do rebaixado Goiás.
JOGOS DO GALO NA TEMPORADA | |
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Amistoso | |
Atlético-MG 1 x 1 River Plate-URU | |
Copa do Brasil | |
Iape-MA 2 x 3 Atlético-MG | |
Atlético-MG 8 x 1 Iape-MA | |
Campeonato Mineiro | |
Funorte 1 x 2 Atlético-MG | |
Atlético-MG 4 x 1 Tupi | |
Cruzeiro 3 x 4 Atlético-MG | |
Guarani 2 x 4 Atlético-MG | |
Atlético-MG 1 x 2 América-MG | |
Ipatinga 2 x 2 Atlético-MG | |
Atlético-MG 2 x 1 Villa Nova | |
Atlético-MG 1 x 1 Uberaba |
Para o volante Richarlyson, que pediu humildade aos jogadores de meio-campo e ataque para marcar os adversários, o grande problema é a mentalidade dos companheiros. Para ele, é preciso pensar no coletivo e equilibrar o time.
- O que tem faltado ao Atlético-MG, para vencer e convencer, é pensar mais no coletivo que no individual. O que nos falta é ter tranquilidade. Nós sabemos que a equipe faz gols. Na parte defensiva, temos de ter a consciência de que precisamos ter equilíbrio. Como buscamos sempre o ataque, ficamos um pouco vulneráveis atrás, e isso dificulta um pouco.
Falta de equilíbrio ou concentração?
O Atlético-MG teve três duplas de zaga diferentes ao longo no ano. Werley e Réver atuaram seis vezes juntos. Leonardo Silva e Werley formaram o setor por duas vezes, e Réver e Leonardo Silva, em apenas uma oportunidade.
O atacante Magno Alves admite não saber o motivo do excesso de gols sofridos.
- Não sei dizer se é falta de equilíbrio ou de concentração. A gente só tem acordado no segundo tempo. É uma pergunta que fica no ar: equilíbrio ou concentração? É uma coisa que temos deixado a desejar.
Por fim, Richarlyson disse que a causa do problema pode estar no esquema tático.
- É normal. Uma equipe que joga ofensivamente, como a nossa, será surpreendida uma hora. Não tem como fugir. É difícil ter esse equilíbrio, tanto no ataque quanto na defesa. Dorival gosta de equipes ofensivas, e temos o exemplo do Santos do ano passado, que fazia, mas também levava gols.
Análise tática
Por André Rocha, do Blog Olho Tático
Análise tática da defesa do Atlético-MG
O sistema defensivo da equipe de Dorival Júnior sofre pela indefinição na escalação que prejudica o entrosamento. Especialmente nas laterais, que necessitam de coordenação para fazer a cobertura dos zagueiros nos contragolpes adversários. No 4-2-2-2, costumeiramente utilizado, os volantes fecham o centro, e a cobertura dos laterais fica a cargo dos zagueiros. Com muitas mudanças e improvisações, e as limitações técnicas e táticas dos jogadores envolvidos, o trabalho muitas vezes fica comprometido. Outro problema é que os meias e atacantes participam pouco do combate e não desafogam os volantes e a última linha de defesa.Na ilustração, a formação utilizada no empate em 2 a 2 com o Ipatinga: Serginho, improvisado na lateral direita, Réver e Werley na zaga, cobrindo os laterais (Leandro pela esquerda), e Zé Luís e Richarlyson cuidando da marcação no meio-campo.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2011/03/vazado-em-todos-os-jogos-do-ano-atletico-mg-ainda-busca-explicacoes.html
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