segunda-feira, 15 de maio de 2017

Cuca cita troca na lateral como fundamental para goleada do Palmeiras




PALMEIRAS


Inversão entre Tchê Tchê e Jean faz Verdão retomar controle do jogo contra o Vasco e partir para a goleada na primeira rodada do Brasileirão



Por Tossiro Neto, São Paulo

O técnico Cuca voltou a comandar o Palmeiras neste domingo, na estreia do Brasileirão, após cinco meses, mas é como se não tivesse saído. Na goleada por 4 a 0 sobre o Vasco, na arena, o treinador mostrou que tem o elenco na mão e citou uma troca na lateral-direita, durante a partida, como fundamental para a goleada.

Depois de abrir o placar, em pênalti cobrado por Jean, o Palmeiras começou a perder o meio-campo e, na lateral-direita, Jean vinha demonstrando dificuldades. O técnico, então, fez uma inversão: passou Tchê Tchê para a ala, deslocando Jean para o meio. O time ganhou em força na marcação por dentro e fôlego pelo lado.

– Os primeiros 10 minutos foram bem jogados, marcação pressão. Depois, o Vasco tomou conta do jogo. Poderiam ter empatado, criaram as chances. Daí fizemos a troca do Jean com o Tchê Tchê. Às vezes, você não está bem em uma posição e encaixa em outra. (A mudança) encaixou melhor a equipe, emparelhamos o jogo – explicou.

  – Aí apareceu a jogada do Tchê Tchê com o Jean, com o Guerra fazendo o gol. No segundo tempo, você tem a vantagem, mas não pode ficar em cima dela. Jogamos bem, sem correr risco lá atrás.
No segundo tempo, com a vitória praticamente consolidada, Cuca tirou Willian, colocou o lateral-direito Fabiano em campo e passou novamente Tchê Tchê para o meio. O time passou a atuar com três volantes (Felipe Melo, Jean e Tchê Tchê).

– Com a entrada do Fabiano, conseguimos um maior equilíbrio no meio de campo. Acho que está ótimo esse início. 

Cuca reestreou pelo Verdão neste domingo (Foto: Marcos Ribolli)
Cuca reestreou pelo Verdão neste domingo 
(Foto: Marcos Ribolli) 



Veja os demais tópicos da entrevista de Cuca:
SOBRE A REESTREIA
– Causa ansiedade também na gente. Mas em algum momento o jogo estava meio complicado, estava precisando dar uma ajudinha de alguma forma. Acho que a gente foi feliz

EDUARDO BAPTISTA
– Cada um tem uma maneira. O trabalho do Eduardo é muito bom. Foi visto no Sport, Ponte Preta, no próprio Fluminense. Aqui no Palmeiras, estava indo bem, tinha percentual altíssimo de pontos. Por uma questão ou outra, acabou saindo. Lógico que entra novo treinador, jogador se motiva, chance nova de aparecer. E você tem que aproveitar.

SUBSTITUTO DE FELIPE MELO NA LIBERTADORES
– Taça Libertadores está longe ainda. Temos antes a Copa do Brasil. Confio muito no Thiago Santos, sei que vai jogar bem. Hoje fiz uma parte com Jean e Tchê Tchê. Quando não tivermos o Felipe, vamos trabalhar outras situaçira.

CHEGADA DE MAYKE
– (Ele) vem nessa situação em que posso utilizar o Jean por dentro (com Mayke assumindo a lateral-direita). É mais um jovem que vem, tomara que dê certo. Mais uma boa aquisição.

TIME INTENSO É MARCA DE CUCA?
– Sim, mas são três ou quatro dias (de treino). Intensidade requer condicionamento perfeito do jogador. Ele gasta muito dentro do campo. Ninguém joga 90 minutos de intensidade. Tem que variar dentro da partida, momentos de marcação em cima e momentos de compactação defensiva. Esse é o meu trabalho. Ficou muito claro isso.

TIME DE LONGO PRAZO
– O que estamos tentando fazer é montar um Palmeiras para três ou quatro anos. Estamos pensando no hoje e no amanhã também. Perdi o Vitor Hugo, já repus com outro zagueiro. Perdi o Alecsandro, que provavelmente vai sair, também tem que ter peça de reposição. Pode demorar bastante ainda para ter time com a cara do Cuca.

E A CALÇA VINHO?
– Essa calça vinho vestiu bem. Nem é essa (a do ano passado), aquela ficou lá (foi doada ao clube). Como fico abaixadinho, se não estiver erguidona, mostra o cofrinho. Vestiu bem, ficou gostosa. Daí pegou junto com a minha superstição. Mas vou pôr outra calça também (risos). Não já (risos). Vim com ela hoje porque todos iam vir, e eu não? Pensou que frustração? 

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