segunda-feira, 15 de maio de 2017

"Comportamento, atitude e postura": para Mano, vitória na estreia ajuda Cruzeiro a superar momento ruim




CRUZEIRO


Treinador cruzeirense diz que volta da confiança é o que a Raposa tira do triunfo de 1 a 0 sobre o São Paulo, no Mineirão



Por GloboEsporte.com, Belo Horizonte



  Perda do título mineiro e eliminação precoce na Copa Sul-Americana. O Cruzeiro vinha de dois baques fortes, com derrotas para o rival Atlético-MG e para o Nacional-PAR, num intervalo de quatro dias. Por isso, a estreia da Raposa no Campeonato Brasileiro, contra o São Paulo, no MIneirão, estava cercada de muita expectativa pela forma como o time iria se portar. Claro, o adversário também não vivia um bom momento, uma vez que sequer chegou às finais do Campeonato Paulista, e na quinta-feira também deu adeus à Sul-Americana ao empatar em casa com o Defensa y Justicia-ARG. Cada um com seus problemas, o importante para a equipe cruzeirense era vencer. E venceu, 1 a 0. 

Mano Menezes, técnico do Cruzeiro (Foto: Washington Alves/Light Press)
Mano Menezes, técnico do Cruzeiro (Foto: 
Washington Alves/Light Press) 


  Se os três pontos é que eram fundamentais, o técnico Mano Menezes destacou a conquista deste objetivo na partida de abertura do Brasileirão, concordou que o principal era vencer, e só não curtiu a expressão usada pelo repórter na hora da pergunta:

- "A qualquer custo é um pouco pesado". O mais importante era a vitória. Independentemente de uma atuação melhor ou pior. Fizemos uma atuação segura. O São Paulo teve dificuldades para criar, mais do que no jogo de volta da Copa do Brasil. Encaixamos melhor, eles adotaram um sistema diferente. Podíamos ter saído na frente com o Ábila, no primeiro tempo, tivemos quatro ou cinco chances, saímos na frente no começo do segundo tempo. Aí, naturalmente, a equipe se retrai um pouco, o São Paulo foi buscar, e conseguimos manter a vitória, que para nós, foi o mais importante.

Sobre a fase ruim que o Cruzeiro atravessou - que durou poucos jogos, mas que foi decisiva para o time ver escapar o título estadual e ainda ser eliminado da Sul-Americana -, Mano aproveitou para explicar a necessidade de um jogo tão "preso", sem que a equipe corresse riscos, para que, com a vitória garantida, possa virar a fase. 

  - Primeiro que tenho uma pequena dúvida, acho que o gol foi de pé esquerdo. Esses momentos quer a gente passa, após perder um título, ser eliminado, como fomos, são momentos duros de retomar. É preciso ter um pouco de calma, ajustar para deixar o sistema mais rígido. Era normal ter um jogo preso, por isso. Não vamos nos contentar com isso, e nem o torcedor vai. Mas só é possível chegar num outro momento passando por isso. Da equipe que iniciou a temporada, fazendo as jogadas mais entrosadas, hoje não tínhamos cinco desses jogadores. Passou batido, porque fizemos o resultado. Mas isso certamente influencia no nível de atuação que podemos ter, quando tivermos esses jogadores de volta. Principalmente na construção das jogadas, Hoje era um dia de comportamento, atitude, de postura. Os jogadores merecem os elogios pela vitória. Acho que a gente começa bem e, jogando bem, ali na frente, acho que podemos jogar melhor.

Questionado sobre o primeiro semestre do Cruzeiro, o treinador lembrou que ainda faltam os dias restantes de maio além do mês de junho para fechar oficialmente o semestre, e destacou a importância da vitória - e das derrotas recentes - para a sequência do trabalho e a busca dos objetivos da temporada.

- Primeiro semestre nós vamos terminar no final de junho, aí podemos fazer um balando do semestre. Podemos falar das duas competições. Claro que perder é ruim, cria uma pressão maior, e até destrói aquilo de bom que você construiu. A vitória traz confiança. A derrota te deixa mais preparado, pois todos aqueles elogios fáceis que estavam aí viram críticas. E elas chegam com mais força. E todos passam a entender que a união entre a gente, o respeito, tudo isso ajuda para que a gente possa ambicionar alguma coisa mais lá na frente.

Veja outros temas abordados por Mano na entrevista coletiva:


Fábio reassume o posto de titular do gol?
- A posição é muito delicada para fazer revezamento. Há algum tempo atrás, quando o Fabio foi liberado e estava numa condição próxima a do Rafael, precisava tomar uma decisão. Chamei o Fabio e mostrei para ele que era uma reta final e que havia muito risco e mudar ali. Mas que ele teria a chance. É o maior ídolo do nosso grupo. No começo do Brasileiro, dei a chance. O campo vai mostrar quem é o goleiro titular do Cruzeiro.

Fora da Sul-Americana, time tem mais tempo para trabalhar?
- A gente não está só em uma competição. Estamos também na Copa do Brasil. Teremos o jogo de volta em Chapecó logo depois do jogo com o Santos. Estamos na Primeira Liga também, onde nos classificamos. E o Brasileiro. Penso que perder sempre é ruim. A eliminação da quarta-feira não foi planejada, mas ela traz benefícios sim. Não é possível jogar cinco competições com o grupo que a gente tem, é muito desgastante, jogos, viagens pela América Latina, muitas horas, traz um degaste muito grande. Para esse aspecto, podemos ter semanas inteiras de treinamento, importantes, e de recuperação da equipe, em um Campeonato Brasileiro que é difícil. Não estou fazendo apologia em favor da eliminação. 


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