CIRCUITO MUNDIAL DE VÔLEI DE PRAIA
Brasileiras levam a melhor sobre as canadenses Sarah Pavan e Humana-Paredes
Por Helena Rebello
Rio de Janeiro
O bloqueio de Sarah Paran no primeiro ponto do jogo até assustou. Mas
a larga superioridade técnica de Ágatha e Duda fez com que o paredão
canadense - que esbanjou eficiência para empatar no segundo set - fosse
superado. Tanto fugindo da marcação da rival de 1,96m quanto
explorando-a em jogadas de força, as brasileiras reagiram em tempo para
faturar a etapa do Rio de Janeiro do Circuito Mundial em um final
emocionante. Com apoio da torcida que compareceu ao Centro Olímpico de
Tênis, onde a arena foi montada, Ágatha se reinventou no tie-break para
selar, justamente no bloqueio, a conquista do título. O triunfo das
campeãs teve parciais de 21/14, 13/21 e 15/13.
- Foi incrível. A gente passou por jogos bem difíceis nessa etapa. A gente sabia que não ia ser fácil sair em primeiro da chave. Chegamos nessa final com uma carga energética pesada pelo que a gente passou, mas a gente queria muito ganhar. A gente fez de tudo: estudou, descansou, dormiu cedo mesmo com a adrenalina altíssima de ontem. Então poder jogar bem foi muito legal. No terceiro set a gente arrumou o nosso jeito. Sei que para o público foi maravilhoso, um jogão, mas se a gente pudesse matava por 15/0 - disse Ágatha.
Este foi o primeiro título internacional da parceria com Duda, formada no início de 2017 visando o ciclo olímpico de Tóquio 2020. Antes elas haviam sido vice-campeãs da etapa 5 estrelas de Fort Lauderdale, nos Estados Unidos.
Ágatha e Duda são campeãs da etapa do
Rio do Circuito Mundial (Foto: Daniel
Zappe / MPIX/CBV)
Uma dupla sobra em cada set, e Ágatha se reinventa no tie-break
- Foi incrível. A gente passou por jogos bem difíceis nessa etapa. A gente sabia que não ia ser fácil sair em primeiro da chave. Chegamos nessa final com uma carga energética pesada pelo que a gente passou, mas a gente queria muito ganhar. A gente fez de tudo: estudou, descansou, dormiu cedo mesmo com a adrenalina altíssima de ontem. Então poder jogar bem foi muito legal. No terceiro set a gente arrumou o nosso jeito. Sei que para o público foi maravilhoso, um jogão, mas se a gente pudesse matava por 15/0 - disse Ágatha.
Este foi o primeiro título internacional da parceria com Duda, formada no início de 2017 visando o ciclo olímpico de Tóquio 2020. Antes elas haviam sido vice-campeãs da etapa 5 estrelas de Fort Lauderdale, nos Estados Unidos.
Ágatha e Duda são campeãs da etapa do
Rio do Circuito Mundial (Foto: Daniel
Zappe / MPIX/CBV)
Uma dupla sobra em cada set, e Ágatha se reinventa no tie-break
As canadenses abriram o jogo sacando em Ágatha. No primeiro
ponto o bloqueio de Sarah Pavan barrou a medalhista olímpica, que se recuperou
na sequência e furou o paredão com bolas longas no fundo de quadra. Quando as
adversárias mudaram a estratégia para pressionar Duda, a jovem defensora deu
conta do recado. Cobriu bem o fundo de quadra e soltou o braço, complicando a
vida de Melissa Humana-Paredes.
Eventualmente o bloqueio de Pavan parou as brasileiras, mas
a dupla da casa estava embalada. As canadenses pediram tempo duas vezes até a
metade do set, tamanha superioridade das brasileiras (13/8). Ao ver a vantagem
cair para dois pontos (14/12), Ágatha pediu tempo, e a parceria retomou o foco.
Duda brilhou nas defesas enquanto a paranaense dominou a rede. No ponto
decisivo, Duda explorou o bloqueio de Pavan a seu favor para fechar em 21/14.
Ágatha vibra com título da etapa do Rio do Circuito
Mundial (Foto: Daniel Zappe / MPIX/CBV)
O segundo set começou bem mais parelho. Quando as canadenses
atingiram dois pontos de vantagem (9/7), Ágatha pediu tempo.
O ponto que daria três de vantagem para as canadenses (12/9) foi
desafiado por Ágatha, que alegou toque no bloqueio rival. A imagem
mostrou que
a marcação da arbitragem havia sido correta. As canadenses continuaram
numa arrancada implacável, com o bloqueio de Pavan parecendo
intransponível. As brasileiras, talvez afobadas pelas vontade de virar,
acumularam erros. O empate canadense veio no empate de Pavan: 21/13.
O tie-break começou com um ataque de Ágatha na rede, mas a
paranaense se recuperou rapidamente. Não só acertou a virada de bola seguinte
como venceu uma disputa na rede com Pavan, 15 centímetros mais alta. A
medalhista olímpica manteve o embalo e fechou a porta com um sonoro bloqueio
sobre Pavan (7/4), que pediu tempo. A pausa fez bem às canadenses, que
emplacaram quatro pontos em série para virar (8/7). Pavan cresceu no bloqueio (9/7), e Ágatha pediu tempo.
Foi
a vez das brasileiras buscarem a diferença (9/9). Quando Humana-Paredes
brilhou na defesa para novamente para abrir dois pontos, Ágatha voltou a
crescer. Muito bem no serviço, conseguiu levar o time novamente à
dianteira (12/11). Pavan não desistiu e soltou o braço, mas a medalhista
olímpica manteve a calma e conduziu a dupla ao championship point. Ela
sacou, correu para o bloqueio, e selou o título como uma muralha diante
de Humana-Paredes: 15/13.
Ágatha e Duda comemoram muito a vitória na
final (Foto: Daniel Zappe/ MPIX/CBV)
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