Sem bronca: Abel ameniza derrota e diz que vai ao teatro esfriar a cabeça

FLUMINENSE

Técnico elogia atuação do Nova Iguaçu e garante que erros individuais não serão repetidos no decorrer da temporada: "Não vai me fazer duvidar do que foi feito"

Por Hector Werlang

Mesquita, RJ

Nem os erros de Reginaldo e Nogueira, tampouco a derrota por 3 a 1 para o Nova Iguaçu e muito menos o término da invencibilidade do Fluminense no Carioca. Nada tirou a calma de Abel Braga. Ao reconhecer a superioridade do adversário, no confronto da tarde deste domingo, no Giulite Coutinho, pela segunda rodada da Taça Rio, o treinador defendeu o grupo de jogadores - mandou a campo uma equipe reserva. Disse que não seria o primeiro tropeço na competição que abalaria o trabalho. E afirmou que iria ao teatro espairecer tamanha a naturalidade com a qual lidou com o resultado.

Abel Braga durante partida contra o Nova Iguaçu (Foto: NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.)

Em 15 jogos na temporada, contando com Copa do Brasil e Primeira Liga,o Tricolor soma apenas duas derrotas - perdeu ainda para o Internacional, em Porto Alegre. Vive boa fase, especialmente após o título da Taça Guanabara. Por já estar na semifinal do estadual, o treinador decidiu dar chance aos suplentes no segundo turno.

- Essa derrota, a gente não esperava da maneira que foi. A gente sabia das qualidades no Nova Iguaçu, um time bem montado. Após o gol de empate, tivemos algumas chances. O volume de jogo foi abaixo do que estamos acostumados. Uma vitória merecida, eles jamais se postaram atrás. Estamos tranquilos. Tivemos postura boa nas vitórias, agora temos de ter na derrota. O erro coletivo se ameniza. Com certeza, os erros individuais não vão se repetir com esses jogadores. Fica de lição. Perdemos quando podemos perder. Vamos seguir. Neste momento, com 15 jogos e apenas duas derrotas, não é hora de bronca. Tiveram alma, correram. A vitória do adversário foi justíssima - disse, para completar:

- Sabe como vou esfriar a cabeça após essa derrota? Vou ao teatro. Ver a peça do Dan Stulbach “A morte acidental de um analista”. Vou ver de novo. Depois do clássico, verei de novo. É fantástica. Não é uma derrota que vai me fazer duvidar de tudo que foi feito.

Apesar da derrota, o Tricolor continua em primeiro no Grupo C, com três pontos. Na próxima rodada, quinta-feira, encara o Botafogo. Com a volta dos titulares.

Confira outros trechos da entrevista coletiva.

Pedro
- Não gosto de falar muito individualmente. Esse menino é bom jogador. Esse gol de hoje se deve ao trabalho após o treino com o Leomir. Ele tinha tempo de bola bom, mas o movimento do pescoço era ruim. Você viu que ele acenou ao banco. Além do gol, as outras três oportunidades foram com ele. Isso é interessante. Ele sempre está presente. Tem grande futuro. Tem um bom caminho pela frente.

Cavalieri e defesa
- Se foi falta de ritmo, quem vai analisar é o preparador de goleiro. Se não o escalo, como vai ter ritmo de jogo? Ele jogou bem na quarta. Não é por aí. A defesa teve falhas pontuais. Bola dominada, nenhum zagueiro meu foi driblado. Nós erramos. Isso acontece. Vamos analisar, conversar entre nós. Tem de dar apoio. A jogada é tão simples que fico surpreso, assim como eles. Dominou para depois pensar. Aí, os caras tomaram a bola. Isso vai fazer os caras crescerem. É impossível não ter erro. Hoje, abraço eles todos. Especialmente os que falharam.

 Sabe como vou esfriar a cabeça após essa derrota? Vou ao teatro. Ver a peça do Dan Stulbach “A morte acidental de um analista”. Vou ver de novo. Depois do clássico, verei de novo. É fantástica. Não é uma derrota que vai me fazer duvidar de tudo que foi feito.

Abel Braga

Confiança para ousarem
- Claro, eles ousam. É, por isso, que têm bom nível. São atrevidos em campo. Lucas Fernandes entrou muito bem, Pedro foi bem, o Wendel provou ser bom jogador. Sabe como vou esfriar a cabeça após essa derrota? Vou ao teatro. Ver a peça do Dan Stulbach “A morte acidental de um analista”. Vou ver de novo. Depois do clássico, verei de novo. É fantástica. Não é uma derrota que vai me fazer duvidar de tudo que foi feito. A gente não joga trabalho pela janela, nem confiança. Isso se conquista.
Clássico
- Quinta-feira, vou para o duelo. Vai todo mundo. Hoje, descansaram. Aí, domingo pode ser outra equipe.

Lucas Fernandes
- Ele joga pelo lado do campo, né? Viu quem está na frente? Richarlison e Wellington. Pronto. Está respondida a pergunta. Quem sabe, ali na frente, com um cartão pode ter uma chance. Hoje eu gostei imensamente da forma como ele entrou. Muita personalidade, solto. O campo estava pesado, jogo difícil. Eu gostei. Isso foi legal. Eu não vinha gostando de como ele vinha jogando. Hoje, gostei. Obvio que enxergo ele. O cara é diferente. Pegou três ou quatro bolas, rasgou a defesa dos caras. Ele vai ter o momento dele. Por ora, estou imensamente satisfeito com Richarlison e Wellington.

VEJA O VÍDEO CLICANDO NO LINK DA 

FONTE ABAIXO

FONTE:

http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2017/03/abel-ameniza-primeira-derrota-no-carioca-nao-e-hora-de-bronca.html