sexta-feira, 10 de março de 2017

Após empate, Argel vê time com sua cara: “Macho, agressivo, impetuoso”




VITÓRIA



Vitória tem Euller expulso ainda na primeira etapa, mas consegue abrir o placar e sofre empate nos acréscimos. Treinador rubro-negro elogia exibição contra o Vasco



Por
Rio de Janeiro

 


O Vitória conseguiu lidar muito bem com as adversidades na noite desta quinta-feira, quando conquistou um empate diante do Vasco, em 1 a 1, jogando com um a menos durante toda a segunda etapa e, ainda por cima, fora de casa [assista aos gols da partida no vídeo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo. E o resultado poderia até ser melhor, não fosse um pênalti cometido por David já nos acréscimos, que possibilitou o gol vascaíno, com Nenê. O Rubro-Negro havia marcado com Patric, também em cobrança de penalidade.

A postura da equipe baiana deixou o seu treinador orgulhoso. Mais até do que orgulhoso: radiante. Pressionado pela torcida, que cobra atuações melhores por parte do Vitória, o técnico Argel Fucks comemorou o empate e disse que o Rubro-Negro, enfim, teve a sua cara, um time de “macho”.

- É o perfil. No Mogi, a gente começou em 2008, eu já tinha esse perfil. E como jogador... Hoje eu saio mais contente, porque vi o Vitória com a minha cara, macho, agressivo, impetuoso. Não ficou se defendendo, foi para cima, atuou com várias variáveis. Usando as peças que a gente tem. Usando as dificuldades que o jogo impõe. Não é fácil perder um lateral-esquerdo. O treinador pensa a forma de jogar, aí perde um jogador, tem que mudar. Se retrai, mas tem que ser inteligente. Mesmo assim, a gente criou, jogou. Meu suor sempre foi assim, em todos os clubes, é o meu jeito, meu estilo, meu perfil. Mas é só nos 90 minutos. Aqui fora é bem mais tranquilo. Lá tem que deixar a alma. Você tem que fazer o que gosta e fazer com alma – afirmou o treinador rubro-negro.

Para Argel, não foi importante apenas o resultado. Ele celebrou a exibição da equipe no estádio de São Januário. 

- Não é fácil jogar aqui em São Januário contra o Vasco. Passar praticamente 60 minutos com um jogador a menos. O resultado em si não é para comemorar. Vamos comemorar a exibição, que foi importante. Esperamos que, na volta, a arbitragem não erre tanto, não pendure tantos jogadores, muito cartão hoje, e isso vai minando a partida. Se dá pênalti por falta fora da área, isso prejudica – avaliou.

O treinador também comentou a atuação de José Welison, que barrou Uillian Correia e atuou como titular ao lado de Willian Farias. Paulinho também foi lembrado. 

- [José Welisn] Já jogou comigo ano passado de volante no Brasileiro do ano passado, um jogador que tem saída, força, velocidade. E o Paulinho conhece o Rio de Janeiro, é um jogador tarimbado, jogou no Flamengo, fez gol contra o Vasco, conhece bem a aldeia. Temos confiança em todos os jogadores. A cada partida, vamos buscar a melhor formação. Hoje fizemos uma partida segura, principalmente com os dois zagueiros. Patric fez uma partida exemplar. De modo geral, tivemos uma boa exibição, segura. Jogamos bem, crescemos num jogo grande, e era isso que a gente esperava. O ambiente hoje estava bonito. Sofremos uma pressão muito grande da torcida, que jogou junto com o time – comentou Argel.



Confira outros trechos da coletiva de Argel Fucks.

SINERGIA COM O ELENCO
- Afinidade que a gente tem com grupo de jogadores, um grupo jovem de clube. Só tem três jogadores do ano passado, que estão jogando. Um grupo novo, com pouco tempo de trabalho. Mas os jogadores têm uma confiança muito grande. Há uma interatividade entre os atletas e o comandante, e isso é muito bom, porque a gente fala e eles sabem o que fazer. Até porque a minha voz é boa, estou com 42 anos. Com 52, 55, vai ser mais difícil de gritar. O meu compromisso é esse: jogar bem, ter exibição e resultado. Às vezes você consegue as exibições, o resultado é importante porque fortalece o trabalho. Estamos no caminho certo. Vamos recuperar todos os jogadores. Domingo tem mais jogo decisivo.

RESPOSTA AOS CRÍTICOS?
- Faço meu trabalho. Não tenho que dar resposta para ninguém. Estou no futebol há 25 anos. Ajo com a razão, não com a emoção. Faço meu trabalho. Sei da capacidade do grupo, sabia que era um adversário de gabarito, o adversário mais difícil até o momento, com respeito aos clubes que enfrentamos até aqui. Mas esse adversário é difícil, principalmente aqui em São Januário, com o torcedor, que jogou junto com a equipe. A gente faz nosso trabalho. Contra números, não há argumentos. Hoje, além de números, tivemos a exibição. Fomos uma equipe organizada, bem distribuída. Ganhamos um grupo hoje, confiança total em qualquer jogador. Temos um grupo homogêneo. Claro que, às vezes, tem que preservar alguém. Mas hoje sobramos na partida na parte física. E são apenas dois meses de trabalho. Nos apresentamos dia 10 de janeiro. Hoje a equipe já está num estágio físico, emocional, muito forte. Com capacidade de sofrimento. Fizemos um bom jogo. Uma boa exibição. O resultado poderia ter sido melhor. Mas volto a dizer, está equilibrado, 50-50. Na quinta que vem é pedreira lá em Salvador.

SEM EUFORIA
- Primeiro, sem euforia. A gente sabe que é um jogo difícil, é um clássico do futebol brasileiro. A gente fez uma boa partida aqui. Uma equipe organizada, equilibrada. Tivemos um jogador expulso, mas tivemos uma capacidade física, uma capacidade de sofrimento fantástica. Soubemos jogar. Fomos organizados, fizemos duas linhas de quatro, deixamos um atacante na frente para buscar esse contra-ataque. E o primeiro tempo, quanto estava 11 contra 11, nós estávamos muito equilibrados na partida. Nós tivemos as melhores chances para sair na frente. Mas é um jogo aberto. É 50% para cada lado. Achei que nosso pênalti foi pênalti. Achei que, no pênalti do Vasco, a jogada é fora da área. É falta fora da área. O juiz se equivoca. Achei que o árbitro também exagerou bastante nos cartões amarelos. Deu seis cartões amarelos para o Vitória e nenhum para o Vasco. Agora a gente sabe que é Copa do Brasil, jogo difícil, complicado. Conseguimos um resultado importante, mas sem euforia. Temos que concentrar, fazer o nosso trabalho. Sabemos que na quinta-feira temos um, jogo dificílimo. Claro que é na nossa casa, mas tudo pode acontecer. Essa fase é muito equilibrada. A gente sai feliz e contente pela exibição. Não tanto pelo resultado. O resultado era para ter sido a vitória. Nós trabalhamos para isso. Mas a exibição foi boa. Os jogadores deram uma resposta muito boa. É nos grandes jogos que a gente vê os grandes jogadores. Essa capacidade de sofrimento, capacidade física, de entrega, de buscar, estar organizado, se defender bem, contra-ataque, como a gente fez. 

SAIBA MAIS
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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/2017/03/apos-empate-argel-ve-time-com-sua-cara-macho-agressivo-impetuoso.html

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