FÓRMULA 1
Tricampeão mundial de Fórmula 1 conversa com Fernanda Gentil e falou
sobre Rosberg e sua vida agitada fora das pistas e nas redes sociais
Hamilton segue vivo na briga por seu
tetracampeonato mundial de F1 e larga hoje na pole-position do GP do Brasil.
Ele conversou com Fernanda Gentil, apresentadora do Esporte Espetacular, e
analisou sua disputa com Rosberg pelo título, lembrou como Senna o inspirou,
comentou sobre sua agitada vida social fora das pistas e ainda ganhou de
presente um boné autografado pela mãe de Ayrton.
(veja no vídeo a
entrevista clicando no LINK da FONTE no final da materia abaixo)
O que você ainda quer alcançar na Fórmula
1?
- Eu estou numa jornada neste momento,
continuo minha jornada para a grandeza. Eu trabalho para ser tão grande quanto
eu puder. Quando eu era jovem assistia F1 e via Senna dirigindo e pensava: “Eu
quero fazer isto”. Crescendo, comecei a
reparar como ele dirigia, se comportava, eu fui inspirado, queria fazer algo
semelhante a ele, queria imitar. No ano passado alcancei o mesmo número de títulos
dele, igualei suas corridas, ainda estou tentando chegar ao número de poles,
ele teve muitas! Acho que estou com 58 e ele fez 65, então sigo perseguindo,
ainda tem um longo caminho. Para mim cada temporada é um novo desafio para
vencer, crescer, aprender mais. Desenvolver minhas habilidades, melhorar a cada
semana. Cada vez que estiver no carro, você quer estar no seu melhor, porque no
seu coração quando você acredita que quando está no seu melhor, ninguém pode te
tocar. Você tem 21 corridas e é assim (gesticula como uma montanha-russa), tem
que tentar ser o mais suave possível e estar no topo o tempo todo.
Gentil e Hamilton (Foto: Reprodução TV Globo)
Aos 31 anos, você é teoricamente um
piloto novo. Como é ser tão novo no meio de pilotos tão experientes?
- É interessante porque quando eu cheguei
à F1 era um dos mais novos. E agora estou no meio-termo, pendendo para os mais
velhos. Acho que tem apenas quatro pilotos mais velhos do que eu. Felipe
(Massa) está parando, é mais velho, Jenson (Button) está parando. Logo logo eu
vou ser o mais velho, mas eu continuo sendo jovem.
Nico Rosberg é seu oponente mais forte?
- No campeonato de construtores ele
dirige o mesmo carro que eu. Ele é o cara com quem estou lutando. Eu tive
diferentes experiências com companheiros de equipe, alguns melhores que outros.
Ele tem pontos fortes e fraquezas, ninguém é perfeito. Alguns são mais fortes
em algumas áreas, outros são em outras.
Hamilton, entrevista do EE
(Foto: Reprodução TV Globo)
Você é participativo em redes sociais,
bem informal e tem um senso de humor também apurado. Como é sua vida fora das
pistas?
- Não sei se seu público sabe muito sobre
mim, mas quando eu venho ao Brasil, eu sinto que tenho muito em comum com o
povo daqui. Eu sei que há muita pobreza aqui,
muitos trabalhadores. As pessoas que estão vendo pensam: “Ele é um
piloto de Fórmula 1 e rico”. Claro que sou agora, mas eu não venho de uma
família rica. Nós batalhamos de uma maneira inimaginável para chegar à Fórmula
1. Então, hoje, eu aprecio este incrível trabalho, eu faço o que amo todos os
dias. E gosto muito de me conectar com as pessoas, eu nunca imaginei que teria
pessoas me seguindo, as pessoas querem ver o que estou fazendo. E não é só no
meu país, é em vários países. Eu amo dividir com as pessoas. Eu estou sempre no
telefone porque eu gosto de estar ocupado, há muita coisa pra fazer e não temos
muito tempo na vida. Tanta coisa para ver e tão pouco tempo. Muita coisa para
aprender, alcançar. Quero aprender a tocar piano, diferentes línguas. Quero um
dia poder falar várias línguas, eu adoraria aprender mais instrumentos, ler
mais livros, viajar mais. Mas para lazer, visitar, ver outras culturas.
É verdade que você tem um tigre?
-
Não é meu. Um amigo meu tem um jaguar e um tigre branco. Um outro amigo me
apresentou ele e nós nos tornamos muito próximos, é quase irmão. E a primeira
vez que visitei, ele tinha um tigre filhote, a Nicole, e ela estava doente.
Imediatamente criei esta conexão com esta garotinha e agora ela é grande. Mas
acho que ela lembra de mim, então ela sempre brinca comigo, é a minha favorita.
É um animal selvagem, claro, mas infelizmente no mundo de hoje, há pessoas não
tão boas que tiram elas do habitat natural e colocam em espetáculos e essas
coisas. Ele resgata os animais destes lugares infelizes e como eles não podem
voltar à vida selvagem, ele dá uma casa para eles em um lugar lindo no México.
Acho que como Nicole convive com humanos desde filhote, tem um coração enorme.
Meu amigo diz que quando estou lá, ela só quer saber de mim. Acho que temos
realmente uma conexão. É muito louco, porque ela é um tigre e vai ficando cada
vez maior, mais forte. Mas o coração é bem puro.
Cachorros de Lewis Hamilton
(Foto: Reprodução TV Globo)
Falando nos animais, e os seus cachorros. Coco
e Roscoe?
-
Eu cresci com cachorros. Não trouxe pra cá porque não é tão fácil levá-los para
passear, há muito trânsito. Coco viajou comigo pelas últimas semanas, Roscoe
vai começar a viajar comigo no ano que vem.
E na parada de inverno, nos juntaremos.
Como vai ser o capacete especial que você
vai usar no GP do Brasil?
- Infelizmente a Fórmula 1 tem regras que
não permitem trocar o design do capacete, pode trocar apenas uma vez por ano.
Eu escolhi o Brasil porque Ayrton era meu piloto favorito e agora tenho muitos
fãs brasileiros que me apoiam. Então queria fazer um especial que unisse o
capacete do Senna e o meu original, que é amarelo. Então, tem a bandeira
brasileira, o Cristo Redentor, que é meu monumento favorito. Será a minha
próxima tatuagem, quero ter a imagem dele em algum lugar, há espaço de sobra.
Gentil e Hamilton (Foto: Reprodução TV Globo)
E este troféu você conhece? (mostra o
troféu que Senna levantou com dificuldades no GP do Brasil de 91, além das
luvas e do volante que o brasileiro usou naquela corrida)
- Impressionante. Eu me lembro dele
segurando. Eu tinha seis anos de idade. Não é tão pesado. Mas depois da corrida
eu consigo imaginar.Uau! Acho que ele tinha mãos pequenas. Eu vi este troféu.
Quando eu fui para a McLaren, eles tinham guardados todos os carros antigos. Eu
visitava sempre o galpão para ver os carros antigos. Na primeira vez que
entrei, eu fui ao carro e toquei, pensando a última vez que foi usado foi por
ele. Para mim é especial porque não consigo acreditar que estou segurando um
volante que ele segurou. É uma outra conexão. Tem poucos botões, é mais fácil.
Agora tenho uma tela e tantos botões. Não sabia que ele tinha as mãos
pequenas.
Gentil e Hamilton (Foto: Reprodução TV Globo)
E agora temos um presente pra você, um
boné azul como os que Senna usava e assinado pela mãe dele
- Eu preciso
encontrar com ela. É tão legal, eu não tinha este boné. Eu vi várias vezes....
Obrigado (em português mesmo)
FONTE:
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