OLIMPÍADAS RIO 2016
VÔLEI MASCULINO
Com uma atuação segura, seleção põe fim ao sonho do bicampeonato dos carrascos de Londres e se torna a primeira equipe a chegar a tantas decisões seguidas
Se
dor existia, ela foi muito bem disfarçada. A coxa direita tinha um
estiramento leve, mas e daí? Lucarelli saltava e a protegia do jeito que
podia. Se as costas haviam ficado travadas um dia antes, Lipe dava um
peixinho e esquecia do problema. O Brasil precisava deles para derrubar a
Rússia. Precisava usar mais inteligência do que força para fazer os
gigantes caírem em quadra. Achou a medida certa no saque, não enfrentou o
bloqueio, exatamente do jeitinho que Serginho tinha cantado a pedra.
Nesta sexta, com uma atuação segura no Maracanãzinho e 18 pontos de
Wallace, a seleção pôs fim ao sonho do bicampeonato dos carrascos de
Londres, em 2012. Fez mais. Com a vitória por 3 sets a 0 (25/21, 25/20 e
25/17) chegou à sua quarta final olímpica consecutiva. Feito nunca
alcançado por uma outra equipe.
E a vitória ainda teve na plateia uma convidada ilustre, mas que não deu muita sorte ao seu país. Na mesma noite da final do salto com vara feminino, no Estádio Olímpico do Engenhão, a recém-aposentada Yelena Isinbayeva, principal nome do mundo na modalidade, preferiu assistir a outro esporte, o vôlei. Mas não trouxe muita sorte aos seus compatriotas.
- Jogamos bem, com inteligência. Cometemos pouquíssimos erros, principalmente em sequência de jogo, coisa que vínhamos fazendo antes, e conseguimos quebrar muito bem a parte ofensiva deles com o saque - avaliou o central Lucão.
Depois das duas pratas em Pequim 2008 e Londres 2012, o Brasil ganhou nova chance de fazer a alquimia. Para voltar ao alto do pódio depois de 12 anos, terá de passar pela Itália na final. Na fase de classificação a Azurra levou a melhor. O reencontro será neste domingo, às 13h15. Antes, às 9h30, americanos e russos lutam pelo bronze.
O jogo
Apesar
dos problemas físicos, Lucarelli e Lipe foram para a quadra. E para
cima dos russos. Lucarelli não deixava de fazer sua parte. Dando pancada
ou um toque sutil que derrubava a defesa. A variação no saque também
confundia a linha de passe dos adversários. E assim o Brasil ia se
mantendo à frente do placar (12/11). A Rússia ganhava a torcida de
Isinbayeva, que passava longe do Engenhão. Lipe dava um peixinho para
salvar uma bola no fundo da quadra, a seleção fazia um ponto e mostrava à
bicampeã olímpica a dificuldade que os compatriotas dela estavam
enfrentando. Wallace voava e abria 14/17. E seguia sem freio.
Vladimir Alekno se preocupava e pedia tempo. A diferença já rodava na casa dos cinco pontos. Tetyukhin chamava a responsabilidade. Wallace nem ligava. Virava mais uma e mais uma. A equipe vencia um belo rali e administrava bem a vantagem. Lucarelli garantia o primeiro set: 25/21.
+ Tudo sobre a Olimpíada em Tempo Real
+ Confira a agenda completa da Rio 2016
+ Veja o quadro de medalhas atualizado
+ Confira todos os resultados do vôlei masculino na Rio 2016+ Confira aqui todos os Especiais Olímpicos do GloboEsporte.com
A Rússia tentava equilibrar as ações. Mas cometia erros bobos, sobretudo com o experiente Tetyukhin. Um ataque para fora do ponteiro de 40 anos e a seleção tomava o comando (17/16) Seguia fazendo um jogo seguro. Lipe tinha seu nome gritado quando ia para a linha de saque. Retribuía com um serviço que se transformava em ponto. Os russos não se encontravam, e o Brasil agradecia (20/18). Tetyukhin reclamava, ganhava cartão amarelo. O time se irritava e não jogava. Alekno olhava para a quadra sem acreditar no que via: 25/20.
De braços cruzados, o técnico russo assistia a tudo sem esboçar reação. Dentro das quatro linhas, a situação não melhorava. A torcida cantava que o campeão havia voltado. E incendiava os jogadores em quadra. O Brasil fazia 14/11 no terceiro set sem ter registro de uma falha sequer na estatística. Wallace brilhava. Dava de ombros para o paredão, que nem parecia tão alto assim como em outros tempos (20/13). A Rússia não tinha mais forças. Só mostrava olhares perdidos. E o Brasil, sangue nos olhos: 25/17. E mais uma final olímpica pela frente. Domingo, contra a Itália, no mesmo Maracanãzinho.
E a vitória ainda teve na plateia uma convidada ilustre, mas que não deu muita sorte ao seu país. Na mesma noite da final do salto com vara feminino, no Estádio Olímpico do Engenhão, a recém-aposentada Yelena Isinbayeva, principal nome do mundo na modalidade, preferiu assistir a outro esporte, o vôlei. Mas não trouxe muita sorte aos seus compatriotas.
Lipe comemora mais um ponto do Brasil
(Foto: André Durão / Globoesporte.com / Nopp)
- Jogamos bem, com inteligência. Cometemos pouquíssimos erros, principalmente em sequência de jogo, coisa que vínhamos fazendo antes, e conseguimos quebrar muito bem a parte ofensiva deles com o saque - avaliou o central Lucão.
Depois das duas pratas em Pequim 2008 e Londres 2012, o Brasil ganhou nova chance de fazer a alquimia. Para voltar ao alto do pódio depois de 12 anos, terá de passar pela Itália na final. Na fase de classificação a Azurra levou a melhor. O reencontro será neste domingo, às 13h15. Antes, às 9h30, americanos e russos lutam pelo bronze.
O jogo
Lucarelli explora o bloqueio russo (Foto: André Durão / Globoesporte.com / Nopp)
Vladimir Alekno se preocupava e pedia tempo. A diferença já rodava na casa dos cinco pontos. Tetyukhin chamava a responsabilidade. Wallace nem ligava. Virava mais uma e mais uma. A equipe vencia um belo rali e administrava bem a vantagem. Lucarelli garantia o primeiro set: 25/21.
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A Rússia tentava equilibrar as ações. Mas cometia erros bobos, sobretudo com o experiente Tetyukhin. Um ataque para fora do ponteiro de 40 anos e a seleção tomava o comando (17/16) Seguia fazendo um jogo seguro. Lipe tinha seu nome gritado quando ia para a linha de saque. Retribuía com um serviço que se transformava em ponto. Os russos não se encontravam, e o Brasil agradecia (20/18). Tetyukhin reclamava, ganhava cartão amarelo. O time se irritava e não jogava. Alekno olhava para a quadra sem acreditar no que via: 25/20.
De braços cruzados, o técnico russo assistia a tudo sem esboçar reação. Dentro das quatro linhas, a situação não melhorava. A torcida cantava que o campeão havia voltado. E incendiava os jogadores em quadra. O Brasil fazia 14/11 no terceiro set sem ter registro de uma falha sequer na estatística. Wallace brilhava. Dava de ombros para o paredão, que nem parecia tão alto assim como em outros tempos (20/13). A Rússia não tinha mais forças. Só mostrava olhares perdidos. E o Brasil, sangue nos olhos: 25/17. E mais uma final olímpica pela frente. Domingo, contra a Itália, no mesmo Maracanãzinho.
Jogadores do Brasil comemoram muito a
vitória sobre a Rússia e a vaga na final
(Foto: Ricardo Moraes/Reuters)
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