domingo, 24 de julho de 2016

Bento vê injustiça em placar por "falta de eficácia", mas crê em volta por cima


Treinador segue prestigiado pela diretoria celeste no comando do time e afirma que os resultados não são condizentes com o que os jogadores têm apresentado e criado



Por
Belo Horizonte



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A coletiva de imprensa do treinador Paulo Bento, após a derrota do Cruzeiro para o Sport por 2 a 1, no Mineirão, foi muito aguardada. Esta foi a quinta partida seguida em que o time não consegue a vitória no Brasileirão, a segunda derrota seguida em casa. Por isso, havia uma expectativa em relação a uma possível troca de comando técnico na equipe, o que não aconteceu.

Paulo Bento segue prestigiado, fez elogios às chances criadas pelos jogadores na partida e utilizou, basicamente, uma palavra para justificar a derrota: eficácia. No caso, a falta dela. A palavra eficácia - ou eficiência, sinônimo - foi usada em sete das 11 respostas do treinador em sua entrevista coletiva. Em uma delas, ele fez o resumo do que, para ele, foi a partida.

Paulo Bento, técnico do Cruzeiro (Foto: Washington Alves/Light Press)
Paulo Bento lamentou e teve que dar explicações 
para mais uma derrota do Cruzeiro 
(Foto: Washington Alves/Light Press)


- Algo que infelizmente nos tem acontecido. Para a qualidade que demonstramos, volume de jogo e controle que temos, muito pouca eficácia. Não é normal ter 28 finalizações, uma quantidade de oportunidades para fazer gol tão claras e não ser eficiente nesse momento do jogo. Isso acaba por criar alguma intranquilidade à equipe. Creio que o jogo baseia-se muito nisso, na qualidade que apresentamos e na superioridade que tivemos perante o adversário. O resultado não traduz o que foi o jogo.


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A disparidade nos números do jogo, de fato, chama a atenção, principalmente o de finalizações: 28 a 6 para o Cruzeiro. O placar, porém, foi favorável à equipe do Sport. Para Paulo Bento, só há uma forma de resolver o problema da tão falada falta de eficácia ofensiva.

Eu, pessoalmente, não consigo encontrar outro argumento. Eu creio que se analisarmos o jogo durante 90 minutos, acho que nem o próprio adversário acha que foi um resultado justo.
Paulo Bento

- Não consigo explicar de outra maneira a não ser continuar trabalhando, trabalhar aquilo que é possível em termos de finalização. Óbvio que muitas vezes se diz que o mais difícil no futebol é criar oportunidades. Estamos vendo outra parte, a realidade é outra. Para nós não tem sido tão difícil criar situações de gol, temos criado muitas oportunidades. Não consigo explicar outro jeito. Não conseguimos concluir aquilo que criamos. Eu, pessoalmente, não consigo encontrar outro argumento. Eu creio que se analisarmos o jogo durante 90 minutos, acho que nem o próprio adversário acha que foi um resultado justo. Tenho certeza disso. Mas é o resultado que fica, é o que conta. Não há outra forma de tentar sair dessa situação do que ser mais eficiente, mais contundente em função do volume de jogo que se cria. O treinador cria caminhos, dá as suas ideias, os jogadores tentam compreender essas ideias e esses caminhos, e creio que hoje escolheram as melhores opções para criar tantas situações, mas na hora de concluir não fomos eficientes. Temos que trabalhar de uma forma mais afincada ainda, ainda melhor. A continuidade do processo da criação das situações e a melhoria na contundência que finalizamos: esse é o nosso caminho.


Três motivos para acreditar
Por fim, o treinador Paulo Bento apontou três razões para manter a convicção que o Cruzeiro vai engrenar uma sequência de resultados positivos e sair desta situação.
- O trabalho, o volume de jogo e a qualidade que temos, a quantidade de oportunidades que criamos. Acho muito difícil que a gente continue fazendo tão poucos gols como temos feito. E o ver e sentir que os jogadores acreditam no processo. Esses são os três fatores que me levam a acreditar que sairemos dessa situação.

Ramon Abila, atacante do Cruzeiro (Foto: Washington Alves/Light Press)
No Mineirão, Cruzeiro perdeu para o Sport 
por 2 a 1 (Foto: Washington Alves/Light Press)



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