sábado, 2 de abril de 2016

Gabi encara lesão, cresce no Rio e ganha moral com chefe: "É especial"



Titular mais nova de Bernardinho, ponteira se acostuma às decisões: "Ao longo dos anos, a pressão vai sumindo e você vai querendo mais responsabilidade no time"




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Brasília, DF




Apenas a primeira parte do treino acabou, mas Gabi caminha para fora da quadra. Enquanto todas as companheiras se preparam para o início da simulação de jogo, a ponteira descalça os tênis e vai para o banco. Inicia, ali, um trabalho de recuperação para tratar de sua lesão no tornozelo esquerdo.
As dores incomodam desde a primeira partida contra o Pinheiros, nas quartas de final, mas Gabi se manteve forte. Com um tratamento especial, foi para os jogos contra o Osasco e ajudou o Rio a garantir a classificação para a decisão da Superliga, neste domingo, contra o Praia Clube, às 9h, em Brasília.

Bernardinho Gabi Rio de Janeiro vôlei (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX)
Dedicação de Gabi gera elogios de Bernardinho 
(Foto: Marcio Rodrigues/MPIX)


- Já deu um tempinho na minha lesão. Claro que senti muita dor nesses três últimos jogos, mas foi suportável. Está melhorando. Não tenho feito quase nada para melhorar o pé. Mas acho que vou estar em boas condições.

O esforço dá ainda mais moral com o chefe. Ainda que sua pupila não esteja 100%, Bernardinho acredita no potencial da jogadora.

- Gabi ainda não está 100%. Mas, na antevéspera da final, ela já se movimentou. Nas semifinais, ela treinou apenas nas manhãs das partidas, fazendo um pouco de passe e jogando com remédio para tirar a dor. E foi excepcional. Jogar nas condições que ela estava, tem de ser especial. E ela é especial. 
Vamos ter ela melhor no domingo do que nos outros jogos.

Gabi Bernardinho treino Rio de Janeiro (Foto: João Gabriel Rodrigues)Gabi faz trabalho especial com Bernardinho antes de final contra o Praia (Foto: João Gabriel Rodrigues)


Gabi tem apenas 21 anos. Por isso, não se lembra da última vez que o Rio esteve fora de uma final da Superliga, na temporada 2003/2004. Àquela época, nem mesmo jogava vôlei. Preferia basquete, natação e futebol. Ainda assim, já tinha a competição no sangue.

- Eu ainda nem acompanhava vôlei. Jogava outros esportes. Jogava tênis, basquete, futebol, aprendi natação. Mas já vivia essa emoção de ganhar ou perder.

Titular mais nova do Rio, Gabi foi descoberta ainda adolescente, quando surgiu no Mackenzie. 

Impressionou Bernardinho e, hoje, apesar da pouca idade, já está acostumada a decisões.

- Eu lembro que, na minha primeira final de Superliga, fiquei muito nervosa, tive substituir a Logan Tom. Mas isso foi sumindo durante a partida. Fui ficando mais tranquila. Hoje, é uma expectativa diferente, com um pouco mais de responsabilidade. Ao longo dos anos, a pressão vai sumindo e você vai querendo mais responsabilidade e ajudar a equipe de outras formas - afirmou.

- Acho que ainda não tenho a experiência que a Fabi tem, que a Nati tem, mas acho que venho tentando aprender ao máximo durante os anos. Tenho tentado pegar a experiência das mais velhas - completou.

Neste domingo, às 9h, Gabi é uma das armas do Rio para bater o Praia Clube. A TV Globo e o SporTV transmitem a partida ao vivo, direto do ginásio Nilson Nelson, em Brasília. O GloboEsporte.com acompanha tudo em Tempo Real.


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