Técnico diz que não está preocupado com sequência sem vitórias e acredita que semana cheia de treinos pode ajudar equipe a ter resultados melhores no futuro
A
sexta partida seguida sem vitória e a complicada situação do Flamengo
no Campeonato Carioca não desanimam Muricy Ramalho. Em entrevista
coletiva após o empate em 2 a 2 com o Botafogo, neste sábado, em Juiz de
Fora, o treinador mostrou esperança na classificação para a semifinal
da Taça Guanabara e aprovou a atuação da equipe no clássico. O
Rubro-Negro está em sexto lugar, com seis pontos, faltando duas rodadas
para o fim da fase.
- O jogo foi bom. Acho que
a torcida saiu satisfeita, o time voltou a marcar de novo, o que
estávamos com dificuldade. A gente estava torcendo para sair dessa fase,
de dois clássicos em uma semana. Claro que não o ideal na tabela, mas a
gente está com esperança de classificar. Agora vamos ter uma semana
para treinar.
Muricy conversa com jogadores do
Flamengo durante a partida(Foto:
Gilvan de Souza / Flamengo)
Sobre
a mudança no esquema tático - o time voltou ao 4-4-2 -, o treinador foi
cauteloso na análise. Segundo ele, a alteração aconteceu sem tempo para
treinar.
- Começamos hoje. Fomos para o campo sem
posicionar o time. O Cirino eu deixei solto no primeiro tempo, por
dentro, para mudar, ficar com dois meias. Até que se portaram bem, mas o
Ederson sentiu um pouco o tornozelo, e mudei o time novamente.
Confira outras respostas da entrevista coletiva de Muricy Ramalho:
Alan Patrick
- Ele
entrou e entrou bem. É mais por mérito. O Cirino entrou e fez gol,
também foi bem. Se o jogador entra, vai bem, e o técnico nunca escala...
Alan Patrick jogou bem. Estava há muito tempo sem jogar, depois começou
a embolar tudo. Ficamos com medo de uma lesão grave
Seis jogos sem vencer
-
Não me deixa preocupado. É novo trabalho, os jogadores estão se
conhecendo, um time não se forma assim. Não se contrata assim nove
jogadores e no outro dia tem resultado. Futebol demora um pouquinho.
Esperava dificuldades, mas acontece que no Brasil a gente vê pouco o
trabalho. Estamos jogando, trabalhando, mas ninguém quer saber de nada. A
torcida viu que tentamos contra o Vasco e hoje também. Vão nos apoiar,
só assim que a gente sai dessa situação, com apoio.
Mudança no sistema
-
A nossa posse de bola foi grande. O Botafogo chega bem com o meio de
campo e foi bem ver o Alan Patrick. Ele é nosso melhor meia, está se
recuperando, mas sentiu muito o jogo. Depois, o músculo embolou e
precisamos tirá-lo. Foi bom ver maneira de jogar diferente. Se não
mudar, fica previsível. Semana que vem vamos ter mais opções, teremos a
volta do Mancuello.
Vaias a Jorge
-
Ele e Rodinei têm toda liberdade para atacar. Acho que ele foi muito
bem contra o Vasco. Tem muita personalidade, mas errou algumas bolas
hoje, o que é normal. É um jogador diferente, mas claro que é muito
jovem. Mas não preocupa em nada.
Semana livre
-
Estamos no automático. A gente vai em casa, troca de roupa e vai
embora. O time está muito na vontade. E só isso não serve. Saímos atrás
hoje e conseguimos recuperar. Mas ao mesmo tempo não perdemos nenhum
jogador. Fizemos revisão rápida no vestiário e vimos isso. Temos semana
para trabalhar e vamos recuperar o time para essa importante reta final.
Gols perdidos e maratona de Guerrero
-
A gente tem que saber analisar friamente. Fazer o que ele fez esta
semana é um absurdo. Não pedimos isso, mas sei o que ele fez. Foi
absurdo. Chegou, jogou o tempo todo outra vez, mas não se prepara para o
jogo. E vem também a parte mental, a ansiedade, além da parte física.
Às vezes está na cara do goleiro e não está pronto para fazer. Mas é ao
contrário: temos que elogiar o comprometimento que ele tem: pela
história que ele tem, fazer o que está fazendo tem que dar os parabéns.
Falta treino também, o que gente não está conseguindo. Com certeza ele
bem descansado e treinado vai nos ajudar bastante.
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