sábado, 2 de abril de 2016

Muricy aprova atuação e mantém esperança na classificação do Fla



Técnico diz que não está preocupado com sequência sem vitórias e acredita que semana cheia de treinos pode ajudar equipe a ter resultados melhores no futuro




Por
Juiz de Fora




A sexta partida seguida sem vitória e a complicada situação do Flamengo no Campeonato Carioca não desanimam Muricy Ramalho. Em entrevista coletiva após o empate em 2 a 2 com o Botafogo, neste sábado, em Juiz de Fora, o treinador mostrou esperança na classificação para a semifinal da Taça Guanabara e aprovou a atuação da equipe no clássico. O Rubro-Negro está em sexto lugar, com seis pontos, faltando duas rodadas para o fim da fase.

- O jogo foi bom. Acho que a torcida saiu satisfeita, o time voltou a marcar de novo, o que estávamos com dificuldade. A gente estava torcendo para sair dessa fase, de dois clássicos em uma semana. Claro que não o ideal na tabela, mas a gente está com esperança de classificar. Agora vamos ter uma semana para treinar.

Muricy Botafogo x Flamengo (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)
Muricy conversa com jogadores do 
Flamengo durante a partida(Foto: 
Gilvan de Souza / Flamengo)


Sobre a mudança no esquema tático - o time voltou ao 4-4-2 -, o treinador foi cauteloso na análise. Segundo ele, a alteração aconteceu sem tempo para treinar. 
- Começamos hoje. Fomos para o campo sem posicionar o time. O Cirino eu deixei solto no primeiro tempo, por dentro, para mudar, ficar com dois meias. Até que se portaram bem, mas o Ederson sentiu um pouco o tornozelo, e mudei o time novamente. 


Confira outras respostas da entrevista coletiva de Muricy Ramalho:

Alan Patrick
- Ele entrou e entrou bem. É mais por mérito. O Cirino entrou e fez gol, também foi bem. Se o jogador entra, vai bem, e o técnico nunca escala... Alan Patrick jogou bem. Estava há muito tempo sem jogar, depois começou a embolar tudo. Ficamos com medo de uma lesão grave

Seis jogos sem vencer
- Não me deixa preocupado. É novo trabalho, os jogadores estão se conhecendo, um time não se forma assim. Não se contrata assim nove jogadores e no outro dia tem resultado. Futebol demora um pouquinho. Esperava dificuldades, mas acontece que no Brasil a gente vê pouco o trabalho. Estamos jogando, trabalhando, mas ninguém quer saber de nada. A torcida viu que tentamos contra o Vasco e hoje também. Vão nos apoiar, só assim que a gente sai dessa situação, com apoio.

Mudança no sistema
- A nossa posse de bola foi grande. O Botafogo chega bem com o meio de campo e foi bem ver o Alan Patrick. Ele é nosso melhor meia, está se recuperando, mas sentiu muito o jogo. Depois, o músculo embolou e precisamos tirá-lo. Foi bom ver maneira de jogar diferente. Se não mudar, fica previsível. Semana que vem vamos ter mais opções, teremos a volta do Mancuello.

Vaias a Jorge
- Ele e Rodinei têm toda liberdade para atacar. Acho que ele foi muito bem contra o Vasco. Tem muita personalidade, mas errou algumas bolas hoje, o que é normal. É um jogador diferente, mas claro que é muito jovem. Mas não preocupa em nada.

Semana livre
- Estamos no automático. A gente vai em casa, troca de roupa e vai embora. O time está muito na vontade. E só isso não serve. Saímos atrás hoje e conseguimos recuperar. Mas ao mesmo tempo não perdemos nenhum jogador. Fizemos revisão rápida no vestiário e vimos isso. Temos semana para trabalhar e vamos recuperar o time para essa importante reta final.

Gols perdidos e maratona de Guerrero
- A gente tem que saber analisar friamente. Fazer o que ele fez esta semana é um absurdo. Não pedimos isso, mas sei o que ele fez. Foi absurdo. Chegou, jogou o tempo todo outra vez, mas não se prepara para o jogo. E vem também a parte mental, a ansiedade, além da parte física. Às vezes está na cara do goleiro e não está pronto para fazer. Mas é ao contrário: temos que elogiar o comprometimento que ele tem: pela história que ele tem, fazer o que está fazendo tem que dar os parabéns. Falta treino também, o que gente não está conseguindo. Com certeza ele bem descansado e treinado vai nos ajudar bastante.


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