MUNDIAL DE SURFE
Atual campeão mundial busca a terceira vitória consecutiva do Brasil na Gold Coast australiana, a partir de 10 de março. Na estreia, Adriano enfrenta Kolohe e convidado
"Tranquilo e favorável", Adriano
de Souza mira estreia com pé
direito (Foto: WSL/Kirstin Scholtz)
Atual campeão mundial, o paulista do Guarujá inicia a busca pelo bicampeonato diante do americano Kolohe Andino e um wildcard (convidado), após um mês de treinos no palco do evento e um ajuste fino no Havaí. Ele espera ao menos repetir o resultado do ano passado, quando se despediu da primeira de 11 etapas do Tour em terceiro lugar.
Pela segunda vez consecutiva, o campeão mundial é brasileiro, e o país poderá conquistar a terceira vitória seguida nas direitas de Snapper Rocks, depois de Gabriel Medina (2014) e Filipe Toledo (2015). Se antes, Adriano seguia o bordão "missão dada é missão cumprida", hoje, o lema é outro.
- Eu quero aproveitar a música do verão e poder dizer "tá tranquilo, tá favorável" no fim de cada etapa - disse Mineirinho, bem humorado.
Inspirado em Ricardinho dos Santos, morto em janeiro do ano passado por um policial militar e uma espécie de "força oculta" a lhe guiar rumo ao topo, Adriano diz que o foco é chegar novamente ao Pipeline Masters com chances de título. Foi na lendária praia do North Shore de Oahu, no Havaí, que ele venceu não são só o caneco da Liga Mundial de Surfe (WSL), como o da derradeira etapa do Tour, sendo o primeiro brasileiro a alcançar o feito.
- O Ricardinho está comigo o tempo todo, dá para sentir. Busco inspiração na minha história, pois ela mostra que sou capaz. Sobre o bicampeonato, é cedo dizer, mas espero estar na briga. Como disse ano passado, meu objetivo é chegar em Pipe disputando o título - afirmou Adriano.
Adriano de Souza foi carregado nas areias
de Pipeline após conquistar o título
mundial (Foto: WSL / Kirstin Scholtz)
Aos 15 anos, em 2002, Mineirinho foi o mais jovem campeão de um campeonato profissional ao vencer o SuperSurf, do Circuito Brasileiro. Em 2004, foi campeão mundial júnior, na Austrália, e, em agosto do ano seguinte, bateu o recorde de pontos no QS, carimbando a vaga entre os melhores do mundo em 2006. Em dez temporadas na elite, ele esteve no top 10 em sete, tornando-se uma das principais referências de uma "geração de ouro", que conta com nomes como nomes como Gabriel Medina, Filipe Toledo, Miguel Pupo, Wiggolly Dantas, Jadson André e Italo Ferreira.
O HOMEM A SER BATIDO
- Sabemos que temos muitos concorrentes fantásticos com o Kelly (Slater), o Mick (Fanning), o Julian (Wilson), Jordy (Smith), o John John (Florence) e muitos outros. Uma coisa posso garantir: não é fácil. Nunca é. Sobre nosso elenco, é uma turma forte e acredito que vamos brigar pela vitória em todas as etapas - analisou o paulista.
Atual campeão mundial e primeiro brasileiro Pipe Master, Adriano se vê como o adversário a ser batido em 2016.
- Estou mais leve para
seguir trabalhando. Sei que tive um ano maravilhoso que se passou, porém, sei que as
cobranças serão ainda mais fortes. Não pretendo sossegar com esse título. Agora
vou lutar é por mais, já sei como se faz e sou o cara a ser batido esse
ano. A responsabilidade dobrou.
BATERIAS DA 1ª FASE
1: Italo Ferreira (BRA), Keanu Asing (HAV, Ryan Callinan (AUS)
2: Julian Wilson (AUS), Michel Bourez (TAH), Adam Melling (AUS)
3: Filipe Toledo (BRA), Jadson André (BRA), Stu Kennedy (AUS)
4: Gabriel Medina (BRA), Caio Ibelli (BRA), Sebastian Zietz (HAV)
5: Mick Fanning (AUS), Matt Banting (AUS), wildcard
6: Adriano de Souza (BRA), Kolohe Andino (EUA), wildcard
7: Jeremy Flores (FRA), Adrian Buchan (AUS), Davey Cathels (AUS)
8: Kelly Slater (EUA), Matt Wilkinson (AUS), Conner Coffin (EUA)
9: Nat Young (EUA), Kai Otton (AUS), Alex Ribeiro (BRA)
10: Josh Kerr (AUS), Taj Burrow (AUS), Kanoa Igarashi (EUA)
11: Jordy Smith (AFR), Wiggolly Dantas (BRA), Miguel Pupo (BRA)
12: Joel Parkinson (AUS), John John Florence (HAV), Jack Freestone (AUS)
2: Julian Wilson (AUS), Michel Bourez (TAH), Adam Melling (AUS)
3: Filipe Toledo (BRA), Jadson André (BRA), Stu Kennedy (AUS)
4: Gabriel Medina (BRA), Caio Ibelli (BRA), Sebastian Zietz (HAV)
5: Mick Fanning (AUS), Matt Banting (AUS), wildcard
6: Adriano de Souza (BRA), Kolohe Andino (EUA), wildcard
7: Jeremy Flores (FRA), Adrian Buchan (AUS), Davey Cathels (AUS)
8: Kelly Slater (EUA), Matt Wilkinson (AUS), Conner Coffin (EUA)
9: Nat Young (EUA), Kai Otton (AUS), Alex Ribeiro (BRA)
10: Josh Kerr (AUS), Taj Burrow (AUS), Kanoa Igarashi (EUA)
11: Jordy Smith (AFR), Wiggolly Dantas (BRA), Miguel Pupo (BRA)
12: Joel Parkinson (AUS), John John Florence (HAV), Jack Freestone (AUS)
Mineirinho recebeu troféu de campeão das
mãos de Gabriel Medina após o Pipeline
Masters (Foto: Divulgação/WSL)
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