quinta-feira, 3 de março de 2016

Anitta, Baile de Favela e beleza: time da NFL seleciona cheerleaders no Rio





FUTEBOL AMERICANO




Interação entre meninas do Miami Dolphins e candidatas de todo o Brasil transforma tensa seleção em festa, e americanas caem na dança ao som de "Bang" e MC João



Por
Rio de Janeiro




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Simpatia, beleza, energia, personalidade, graça, sorriso aberto, habilidades de dança e muita animação. Esses são alguns dos requisitos para se tornar uma cheerleader. Tradição nos Estados Unidos em diversos esportes, elas acompanham os times nas partidas, têm diversos compromissos em suas comunidades e se autointitulam "fãs número 1" das equipes e dos atletas. Pela primeira vez na história da NFL, uma equipe decidiu selecionar meninas de outros países para fazer parte desse grupo. Trata-se do Miami Dolphins que, nesta quinta-feira, fechou o salão de um hotel luxuoso da Zona Sul do Rio de Janeiro e recebeu candidatas de diversas partes do Brasil.

Miami Dolphins decidiu trazer audições de cheerleaders ao Rio de Janeiro (Foto: Miami Dolphins)Miami Dolphins decidiu trazer audições de cheerleaders ao Rio de Janeiro (Foto: Miami Dolphins)


A tensão pairava no ar nas primeiras horas da manhã. Muitas meninas se alongavam, faziam aquecimento, treinavam coreografias, retocavam maquiagem... Afinal, tudo precisava estar perfeito. A expressão das moças era de nervosismo e isso ficou ainda mais evidente quando, de três em três, elas contaram um pouco sobre si próprias antes de dançar. Mas, aos poucos, a interação com as duas cheerleaders da franquia da NFL, Kristan e Allison, que estiveram no local, fez com que tudo virasse festa. As simpáticas americanas aprenderam passos dos hits Bang, de Anitta, e Baile de Favela, de MC João, e as brasileiras acabaram se soltando mais.


SAIBA MAIS: 
confira detalhes sobre a seleção do Miami Dolphins


Membros do staff de entretenimento do Miami Dolphins foram os responsáveis pela seleção. As brasileiras, em grupos de três, precisavam cumprir algumas rotinas preestabelecidas. Primeiro, fizeram uma rotina livre ao som de músicas aleatórias. Foi dado um período de descanso e hidratação - mas as meninas acabaram utilizando esse tempo para interagir ainda mais com as duas cheerleaders americanas que coordenavam a seleção, tirando muitas fotos, fazendo vídeos e, claro, pegando dicas.

Candidatas socializam com as cheerleaders do Miami Dolphins (Foto: Gabriel Fricke)
Candidatas socializam com as cheerleaders 
do Miami Dolphins (Foto: Gabriel Fricke)


Em seguida, as estrangeiras passaram às meninas uma coreografia que seria apresentada na fase seguinte da seleção. As candidatas, novamente em grupos de três, fizeram a dança e, no fim, foram anunciadas as classificadas para a fase seguinte.

Candidatas brasileiras se empolgaram e tiraram fotos com as cheerleaders americanas (Foto: Gabriel Fricke)
Candidatas brasileiras se empolgaram e 
tiraram fotos com as cheerleaders 
americanas (Foto: Gabriel Fricke)


Diretora sênior de impacto de marca e entretenimento do Miami Dolphins, Dorie Grogan explica o que é necessário para ser uma cheerleader do time da NFL e o motivo pelo qual a marca decidiu levar as audições para outros países.

Brasileiras participam pela primeira vez de audição de cheerleaders da NFL (Foto: Gabriel Fricke)
Brasileiras participam pela primeira vez 
de audição de cheerleaders da NFL 
(Foto: Gabriel Fricke)


- As cheerleaders do Miami são as mais internacionais por conta de onde vivemos. Pensamos: "Por que não levar nossas audições para fora dos Estados Unidos?". Elas são embaixadoras do nosso time: visitam hospitais, escolas, têm diversos compromissos na comunidade e são modelos para as meninas mais novas. Elas trabalham duro e são meninas inteligentes que amam pessoas, amam dançar e amam levar os sorrisos aos rostos das pessoas. Procuramos meninas com muita energia, personalidade e um sorriso aberto. Isso personifica as cheerleaders. Não é só ser bonita fora, mas ser bonita por dentro também. E elas são as maiores apoiadoras do nosso time. Eles treinam todos os dias, elas também, então há uma relação totalmente profissional - comentou a dirigente, acrescentando que, nos últimos anos, o futebol americano mostrou que é uma modalidade divertida e que pode virar febre em outros países também.

Vera Lúcia foi selecionada para a próxima fase do concurso dos Dolphins (Foto: Gabriel Fricke)Vera Lúcia foi selecionada para a próxima fase do concurso dos Dolphins (Foto: Gabriel Fricke)


Bastante animadas, Carol Kovacs, de 29 anos, e Nadine Santos, de 22 anos, estiveram juntas na audição. Elas fazem parte de uma mesma produtora, a Kovacs Produções, e estão acostumadas a trabalhar com eventos, produção cultural e dança. Mas, segundo as candidatas, nunca fizeram nada dessa magnitude.

- Eu já ouvi falar muito do time, é um time excepcional, tem um grande público e para mim, como bailarina e atriz, é muito importante ter isso no currículo, fora as viagens e o cachê, né? Morar em Miami? Por favor, quero para ontem. Eu iria rindo. Admiro porque eles admiram a arte e é muito valorizado lá fora. Apesar de termos experiência, ficamos muito nervosas. Mas é isso, é se jogar, né? É jogar o cabelo, demonstrar o carisma, olhar no olho dos jurados - afirmou Carol, que acredita também que as cheerleaders poderiam ser uma tradição no futebol brasileiro.

- Não é só ser bonita. Tem que entender de dança, não é só fazer carão e ter cabelo bonito. Tem que correr atrás para evoluir. Eu faço dança desde que me entendo por gente, meus pais me apoiaram e se me chamarem para morar lá fora, eu estou indo (risos)... O rebolado brasileiro e o carisma fazem a diferença, é claro, e a beleza também, né? - completou Nadine, uma das selecionadas no fim da audição.

Amanda e Vera Lúcia foram selecionadas para a próxima fase  (Foto: Gabriel Fricke)Amanda e Vera Lúcia foram selecionadas para a próxima fase (Foto: Gabriel Fricke)


Amanda, de 19 anos, de São Paulo, e Vera Lúcia, de 23, de Brasília, são cheerleaders no Brasil, mas decidiram participar das audições do Miami Dolphins para alcançar outro nível. A primeira mostrou conhecimento sobre futebol americano ao aparecer com uma camisa com o número 13, que foi de Dan Marino, e disse que largaria tudo para ser cheerleader da equipe americana. A segunda brincou que as brasileiras dançam melhor que as americanas e falou sobre a dificuldade da função. As duas acabaram sendo escolhidas.

- Atuo como cheerleader em São Paulo e é uma oportunidade única. Estamos aqui para torcer por algo. Conheço bem o Miami Dolphins e sempre fui fã do Dan Marino (mostra a camisa estilizada com o número 13 do lendário atleta de futebol americano). Eu estou disposta a deixar família, faculdade, namorado, tudo. Ele até me trouxe de São Paulo para cá e está me apoiando nisso - disse Amanda.

- Sou cheerleader há cinco anos. Dou aula de pole dance e sou profissional de Educação Física. Fiz balé por 14 anos também. Tem que ter muita dedicação. Não importa o quanto doa estar ali, você tem que estar sorrindo e passando sua emoção à torcida. Na minha opinião, uma seleção aqui pode ajudar a popularizar. As brasileiras dançam melhor (risos) - completou Vera Lúcia.

Meninas brasileiras na audição do Miami Dolphins (Foto: Miami Dolphins)
Meninas brasileiras na audição do Miami 
Dolphins (Foto: Miami Dolphins)


As selecionadas na primeira fase retornam nesta quinta-feira para conversas com o staff do Miami Dolphins. Em seguida, saem os nomes das escolhidas. Nesta sexta-feira, no mesmo hotel da Zona Sul, elas farão um ensaio de biquíni. A seleção ainda passará por outros locais, como Buenos Aires (Argentina), Bogotá (Colômbia) e Cidade do México (México). Por fim, chega aos Estados Unidos, onde, em maio, acontece a decisão final em uma apresentação ao público de Miami.

Meninas dança frente aos jurados do staff de entretenimento dos Dolphins (Foto: Gabriel Fricke)
Meninas dançam em frente aos jurados do 
staff de entretenimento dos Dolphins 
(Foto: Gabriel Fricke)


Confira mais fotos da seleção do Miami Dolphins para cheerleader:

Allison no comando da dança com as candidatas à cheerleader (Foto: Miami Dolphins)
Allison no comando da dança com as 
candidatas à cheerleader 
(Foto: Miami Dolphins)


Meninas brasileiras se alongam antes do início da seleção dos Dolphins (Foto: Gabriel Fricke)
Meninas brasileiras se alongam antes do 
início da seleção dos Dolphins 
(Foto: Gabriel Fricke)


Candidatas de todo o Brasil se alongam antes da seleção do time da NFL (Foto: Gabriel Fricke)
Candidatas de todo o Brasil se alongam 
antes da seleção do time da NFL (Foto: 
Gabriel Fricke)


Cheerleader dos Dolphins, no centro, com candidatas brasileiras à função (Foto: Gabriel Fricke)
Cheerleader dos Dolphins, no centro, com 
candidatas brasileiras à função 
(Foto: Gabriel Fricke)


Meninas se apresentam ao staff do time da NFL (Foto: Gabriel Fricke)
Meninas se apresentam ao staff do 
time da NFL (Foto: Gabriel Fricke)


Candidata fala um pouco sobre si mesma aos selecionadores dos Dolphins (Foto: Gabriel Fricke)
Candidata fala um pouco sobre si mesma aos 
selecionadores dos Dolphins 
(Foto: Gabriel Fricke)


Meninas dão tudo de si na coreografia na seleção de cheerleaders (Foto: Gabriel Fricke)
Meninas dão tudo de si na coreografia na 
seleção de cheerleaders (Foto: 
Gabriel Fricke)


Cheerleaders do Miami passam coreografia para as brasileiras (Foto: Gabriel Fricke)
Cheerleaders do Miami passam coreografia 
para as brasileiras (Foto: Gabriel Fricke)



Meninas após a apresentação da coreografia das cheerleaders dos Dolphins (Foto: Gabriel Fricke)
Meninas após a apresentação da 
coreografia das cheerleaders dos 
Dolphins (Foto: Gabriel Fricke)


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