sábado, 12 de março de 2016

Atleta de um, técnico de outro: Ricardo e Levir trocam funções em Flu e Bota


Comandante do Botafogo é ídolo nas Laranjeiras, e o atual treinador do Tricolor teve passagem como atleta pelo Alvinegro ao lado de Jairzinho e Cia




Por
Rio de Janeiro




Carrossel-Bota-Flu (Foto: infoesporte)
Ricardo Gomes e Levir na época em que 
defendiam Flu e Bota. Agora técnicos, 
eles se encaram domingo (Foto: infoesporte)


Ídolo no Fluminense, técnico do Botafogo. Treinador do Tricolor, serviços prestados ao Alvinegro dentro e na beira do campo. Ricardo Gomes e Levir Culpi têm histórias que se confundem com a dos clubes que defenderam no passado e comandam no presente. No contexto de cada clube, representam ainda a esperança de um futuro melhor: Ricardo é talvez o expoente de um time sem estrelas; Levir, o responsável por reconstruir uma equipe que passou por crise logo no começo de 2016. É assim que vão se enfrentar no domingo, em Volta Redonda, na primeira rodada da Taça Guanabara.

O rosto de Ricardo, 51 anos, pouco mudou da época em que foi revelado na base tricolor. Perdeu cabelos, é verdade. Mas a tranquilidade é a mesma. A lucidez ganhou experiência. Uma trajetória iniciada em 1983, quando, aos 18 anos, assumiu a posição de zagueiro titular para conquistar cinco títulos, o Brasileiro de 1984 o mais importante. Extremamente técnico, jogava sempre de cabeça em pé. Em sua época, era um dos poucos que conseguia duelar com Romário, também em início de carreira. Não à toa chegou à Seleção.

A relação de Ricardo com o Flu é de ídolo. Como jogador, foram mais de 200 jogos. Teve uma passagem como treinador, em 2004, no começo da nova fase da carreira, depois de sucesso na França – no único duelo contra o Bota, empate por 3 a 3 pelo campeonato nacional. E, em 2011, quando sofreu acidente vascular cerebral, ao comandar o Vasco, campeão da Copa do Brasil, recebeu apoio do clube. No Bota desde o ano passado, ajudou o clube e voltar para a Primeira Divisão e, agora, faz boa campanha no Carioca.

Levir é mais velho. Tem 63 anos. Também sofre com a calvície e tem de reconstruir o Flu após a demissão de Eduardo Baptista. Chega com a experiência de mais de dez títulos conquistados, o último o Mineiro de 2015, com o Atlético-MG. Pelo Botafogo, em 2003, teve a missão de devolver o clube à Série A. O fez, com o vice na Segunda Divisão, jogada praticamente sempre em Caio Martins. Somou, pelo clube, quase 70 jogos. Antes, no estadual, teve uma amarga derrota contra o Flu por 5 a 0 (relembre no vídeos clicando no LINK da FONTE  no final da matéria abaixo).



Como jogador, Levir também era zagueiro, mas não teve o mesmo destaque de Ricardo Gomes. Ele defendeu o Alvinegro em 1973, indicado pelo técnico Claudio Coutinho (era supervisor do clube na época). Mas foi reserva de um time cuja dupla de defesa era formada por Brito e Osmar Guarnieri e tinha como base Wendel, Valtencir, Brito, Osmar, Marinho Chagas, Carlos Roberto, Nei Conceição, Zequinha, Jairzinho, Fischer (Ferretti) e Dirceuzinho. Em 74, Levir foi para o Santa Cruz.

No dia de sua apresentação oficial, Levir Culpi já foi perguntado sobre enfrentar seu ex-clube e reconheceu que há sempre um constrangimento.

- Nunca é bom. Não gosto de jogar contra os clubes em que passei porque costumo deixar amigos. É meio constrangedor. Não me sinto muito feliz, mas faz parte da profissão. A ideia é vencer - afirmou comandante tricolor.

No comando do Botafogo, Ricardo Gomes tem apenas um duelo com o Flu, no Carioca deste ano. E venceu. Por 2 a 0, em Cariacica. Após a derrota no clássico que a diretoria tricolor demitiu Eduardo Baptista e contratou Levir, a quem Gomes preferiu não estabelecer um confronto à parte neste domingo.

- O Levir é um excelente treinador, mas não conheço o trabalho dele a fundo. Só quem conhece é quem vive o dia a dia - disse o técnico Alvinegro.


Botafogo e Fluminense se enfrentam neste domingo, às 18h30, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Será a primeira rodada da Taça Guanabara. O Alvinegro teve a melhor campanha da primeira fase, mas todos os oito times entram zerados nesta etapa da competição


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/rj/futebol/campeonato-carioca/noticia/2016/03/atleta-de-um-tecnico-de-outro-ricardo-e-levir-trocam-funcoes-em-flu-e-bota.html

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