sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

CT, Pipe, QS, Tríplice Coroa... Brazilian Storm é "campeão de tudo" em 2015


Mineirinho é campeão mundial, Medina fatura a Tríplice Coroa, Caio Ibelli fica em primeiro no QS, Italo Ferreira é o calouro do ano, e Samuel Pupo o melhor sub-16




Por
Oahu, Havaí, e Rio de Janeiro



(OBS. DO BLOG:
PARA ASSISTIR AO VÍDEO CLIC
NO LINK DA FONTE NO  FIM
DA MATÉRIA ABAIXO)



O ano de 2015 não poderia ter sido melhor para o surfe brasileiro, que terminou com os melhores surfistas da temporada tanto na elite como na Divisão de Acesso (QS), além de ter faturado as principais disputas do esporte. A temporada histórica foi encerrada com o título mundial para Adriano de Souza, que manteve a sequência para o país, depois da inédita conquista de Gabriel Medina, no ano passado. De quebra, Mineirinho arrematou o cobiçado troféu do Pipeline Masters, na lendária praia do North Shore da ilha de Oahu, no Havaí.

- A fase dos brasileiros é muito boa. Eu me sinto muito feliz por ter ajudado neste caminho. O Gabriel foi campeão mundial no ano passado, agora fui eu. Podemos ter outros no futuro. O importante é trabalhar sério, se dedicar e acreditar - disse Mineirinho.

Havaí, a "meca" do surfe. A final brasileira deixou um gosto amargo para o vice, Medina, porém, ele não saiu do arquipélago da Polinésia de mãos vazias. Primeiro brasileiro campeão do mundo, o fenômeno de Maresias venceu a tradicional Tríplice Coroa Havaiana, composta por três etapas, Haleiwa e Sunset Beach, de nível seis estrelas Prime pelo QS, e Pipeline, última parada do Circuito Mundial de Surfe (CT).

- É o melhor momento que o Brasil já teve no surfe. Estou muito feliz de fazer parte disso, inspirar os outros e servir de exemplo. Os brasileiros estão acreditando nos seus sonhos e conquistando bastante coisa. Com tanto cara bom, vai ficar mais difícil ganhar, mas isso é importante para o surfe - afirmou Medina.

Na elite, o Brazilian Storm ("Tempestade Brasileira"), apelido dado à geração de ouro do surfe brasileiro, ainda se despediu com uma importante conquista: "calouro do ano". Vice-campeão mundial júnior, em outubro do ano passado, Italo Ferreira terminou o ano em sétimo lugar do ranking mundial e foi o melhor estreante. Ele entrou em 2015 como um desconhecido do grande público, porém, se mostrou um dos mais perigosos e completos surfistas do planeta, superando gigantes como Kelly Sater, Mick Fanning e Gabriel Medina.

- Foi um ano de estreia excelente para mim na elite. Eu me senti muito bem, o meu surfe encaixou em diferentes tipos de ondas e ganhei esse título de calouro do ano. Espero ir ainda melhor em 2016 - comentou Italo.

Italo Ferreira final Peniche surfe (Foto: Divulgação/WSL)Italo Ferreira em um belíssimo aéreo na final em Peniche, Portugal (Foto: Divulgação/WSL)


O potiguar de 21 anos, dono de um estilo progressivo e inovador, desbancou na disputa o também brasileiro Wiggolly Dantas (15º), o havaiano Keanu Asing (20º), o neozelandês Ricardo Christie (31º) e o australiano Matt Banting (33º), que teve um marcado por uma grave lesão e perdeu seis de 11 etapas do Tour. O objetivo de Italo em sua temporada de estreia era terminar no top 10 e ser o melhor calouro. 

Representado por sete atletas na elite, o Brasil conquistou seis títulos na temporada de 2015. Filipe Toledo abriu o caminho com a vitória na etapa de abertura, na Gold Coast australiana, e ainda levantou a taça no Rio de Janeiro e em Peniche, Portugal. Medina levou em Hossegor, na França, e foi um dos heróis do título de Adriano ao desbancar Mick Fanning na semifinal no Havaí. Campeão mundial, Mineirinho venceu em Margaret River, na Austrália, e Pipeline, diante de milhares de torcedores brasileiros que coloriram de verde e amarelo as areias da lendária praia havaiana.

Caio Ibelli surfe (Foto: WSL/ Divulgação)
Caio Ibelli levanta voo em aéreo poderoso. 
Paulista do Guarujá terminou QS na 
liderança (Foto: WSL/ Divulgação)


Se na elite o país se consolidou como uma das grandes potências do esporte, ao lado de Austrália, Havaí e Estados Unidos, na Divisão de Acesso (QS), a tempestade, que já virou furacão, também deixou a sua marca. Campeão mundial júnior em 2012, Caio Ibelli terminou o ano na liderança e assegurou a vaga entre os 34 melhores do mundo no ano que vem. Outros três brasileiros também se garantiram. Miguel Pupo, da elite, permaneceu no grupo pelos resultados do QS. Vindos da Divisão de Acesso, o catarinense Alejo Muniz volta ao CT depois de um ano fora, e Alex Ribeiro fará a sua estreia no "Circuito dos Sonhos". 

Como se não bastasse ter sido "campeão de tudo", o Brasil mostrou que está no caminho certo, graças à uma promissora geração que tem tudo para dominar o esporte. Irmão caçula de Miguel Pupo, Samuel foi o melhor do mundo entre atletas até 16 anos e provou que tem potencial de sobra para chegar ao lugar hoje ocupado Adriano de Souza. Ele entrou no QS nesta temporada com apenas 14 anos. Samuca, como costuma ser chamado, tem um contrato assinado com a mesma marca que descobriu Medina e parece estar seguindo os passos do local de Maresias. O caçula da família Pupo conquistou este ano o título do "Grom Search", após ganhar duas notas 10 na final. 

Samuel Pupo conquista título do "Grom Search", após ganhar duas notas 10 na competição (Foto: MUNIR EL HAGE)
Samuel Pupo conquistou título do "Grom Search", 
após ganhar duas notas 10 na competição 
(Foto: Munir El Hage)


FONTE:

Nenhum comentário: