Mineirinho é campeão mundial, Medina fatura a Tríplice Coroa, Caio Ibelli fica em primeiro no QS, Italo Ferreira é o calouro do ano, e Samuel Pupo o melhor sub-16
- A fase dos brasileiros é muito boa. Eu me sinto muito feliz por ter
ajudado neste caminho. O Gabriel foi campeão mundial no ano passado,
agora fui eu. Podemos ter outros no futuro. O importante é trabalhar
sério, se dedicar e acreditar - disse Mineirinho.
- É o melhor momento que o Brasil já teve no surfe. Estou muito feliz de fazer parte disso, inspirar os outros e servir de exemplo. Os brasileiros estão acreditando nos seus sonhos e conquistando bastante coisa. Com tanto cara bom, vai ficar mais difícil ganhar, mas isso é importante para o surfe - afirmou Medina.
Na elite, o Brazilian Storm ("Tempestade Brasileira"), apelido dado à geração de ouro do surfe brasileiro, ainda se despediu com uma importante conquista: "calouro do ano". Vice-campeão mundial júnior, em outubro do ano passado, Italo Ferreira terminou o ano em sétimo lugar do ranking mundial e foi o melhor estreante. Ele entrou em 2015 como um desconhecido do grande público, porém, se mostrou um dos mais perigosos e completos surfistas do planeta, superando gigantes como Kelly Sater, Mick Fanning e Gabriel Medina.
- Foi um ano de estreia excelente para mim na elite. Eu me senti muito bem, o meu surfe encaixou em diferentes tipos de ondas e ganhei esse título de calouro do ano. Espero ir ainda melhor em 2016 - comentou Italo.
Italo Ferreira em um belíssimo aéreo na final em Peniche, Portugal (Foto: Divulgação/WSL)
Representado por sete atletas na elite, o Brasil conquistou seis títulos na temporada de 2015. Filipe Toledo abriu o caminho com a vitória na etapa de abertura, na Gold Coast australiana, e ainda levantou a taça no Rio de Janeiro e em Peniche, Portugal. Medina levou em Hossegor, na França, e foi um dos heróis do título de Adriano ao desbancar Mick Fanning na semifinal no Havaí. Campeão mundial, Mineirinho venceu em Margaret River, na Austrália, e Pipeline, diante de milhares de torcedores brasileiros que coloriram de verde e amarelo as areias da lendária praia havaiana.
Caio Ibelli levanta voo em aéreo poderoso.
Paulista do Guarujá terminou QS na
liderança (Foto: WSL/ Divulgação)
Como se não bastasse ter sido "campeão de tudo", o Brasil mostrou que está no caminho certo, graças à uma promissora geração que tem tudo para dominar o esporte. Irmão caçula de Miguel Pupo, Samuel foi o melhor do mundo entre atletas até 16 anos e provou que tem potencial de sobra para chegar ao lugar hoje ocupado Adriano de Souza. Ele entrou no QS nesta temporada com apenas 14 anos. Samuca, como costuma ser chamado, tem um contrato assinado com a mesma marca que descobriu Medina e parece estar seguindo os passos do local de Maresias. O caçula da família Pupo conquistou este ano o título do "Grom Search", após ganhar duas notas 10 na final.
Samuel Pupo conquistou título do "Grom Search",
após ganhar duas notas 10 na competição
(Foto: Munir El Hage)
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