Técnico do Chelsea tem feito visitas frequentes à família em Portugal, a mais recente no domingo. Rescisão de contrato do treinador custaria R$ 216 milhões aos Blues
José Mourinho enfrenta problema familiar (Foto: Gonzalo Arroyo Moreno/Getty Images)
Doença abala família
Na segunda-feira, o treinador luso recebeu o apoio do clube que, através de um comunicado, garantiu a sua continuidade no Chelsea. Os jogadores também confiam em Mourinho, mas muitos elementos do elenco não têm correspondido às expectativas do treinador, que já criticou os seus jogadores publicamente. Mas o comandante do time londrino não tem, como em outros anos, conseguido tirar o melhor de cada atleta neste começo de temporada. Algumas pessoas próximas apontam como uma das causas algum esgotamento psicológico ligado a motivos que nada têm a ver com o futebol.
O pai do treinador, Felix Mourinho, sofreu um derrame cerebral em maio e não está ainda recuperado. O ex-goleiro esteve internado um bom tempo por complicações após o o problema de saúde e só agora é que começa a recuperar a fala e a realizar fisioterapia. A doença do pai, o seu grande “mestre” no futebol, deixou Mourinho muito abalado. O técnico do Chelsea vai várias vezes a Portugal visitar a família. A última foi no domingo, um dia depois da derrota por 3 a 1, diante do Southampton em casa, que deixou a sua posição fragilizada em Stamford Brigde.
Novo fôlego
Esta semana, no entanto, o treinador já recomeçou os trabalhos em Cobham, centro de treinamentos do Chelsea. O próximo jogo é diante do Aston Villa em casa, no dia 17 de outubro. Depois os Blues visitam o terreno do West Ham United, antes de receberem o Liverpool, em Londres, dia 31 de outubro. Pelo que a reportagem apurou, o técnico está “muito confiante” que o Chelsea vai recuperar posições no campeonato e que os resultados vão chegar “muito em breve”. A relação entre o treinador e o milionário russo Abramovich, ao contrário do que era em 2007, quando as duas partes se separaram pela primeira vez, é agora muito boa e o russo quer segurar o “Special One” em Londres a todo o custo.
No entanto, a permanência de Mou, depende dos resultados. Outubro é um mês decisivo para Mourinho, porque a atual classificação do Chelsea no campeonato não permite mais deslizes. Os blues estão apenas um lugar acima da zona de rebaixamento (com igualdade de pontos com o West Bromwich Albion) que é o último antes da linha vermelha.
Apesar do apoio e da ótima relação, o histórico de Abramovich com os seus ex-treinadores, também não permite a Mourinho se relaxar. Se os resultados não aparecem realmente, nem os € 50 milhões (equivalente a R$ 216 milhões) que o russo terá de pagar ao português de indenização por rescindir o contrato - prolongado recentemente até 2019 - podem impedir o rompimento. A lista de “dispensados” do dono do Chelsea já conta com oito técnicos, além do próprio Mourinho que, em 2007, abandonou o clube, mas por “mútuo acordo”. Claudio Ranieri, Avram Grant, Luiz Felipe Scolari, Guus Hiddink, Carlo Ancelotti, André Villas-Boas, Roberto Di Matteo e Rafael Benitez são os nomes que formam a lista de luxo de treinadores dispensados.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-ingles/noticia/2015/10/doenca-do-pai-afeta-mourinho-mas-tecnico-confia-em-volta-por-cima.html
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