Comentarista se diz feliz com boa fase do atacante do Botafogo, diz que superação da dependência química é difícil e lembra apoio que recebeu para se afastar das drogas
O ex-jogador e hoje comentarista Walter Casagrande já sofreu bastante devido às drogas e se orgulha por ter superado a pior face da dependência química. Em participação no “Arena SporTV”, Casão se disse feliz ao ver Jobson dar sinais de que trilha o mesmo rumo da recuperação. O atacante do Botafogo já foi suspenso por doping pelo uso de cocaína, voltou aos gramados e vive um bom momento com a camisa do Alvinegro.
- Fico feliz que ele tenha, pelo menos aparentemente, se recuperado e esteja em um momento bom desse problema que é muito difícil de você lidar (..) Isso é uma doença. Eu tenho o mesmo problema do Jobson. Sou dependente químico, vou ser dependente químico até o fim da minha vida e tenho que fazer mil coisas para não dar vazão para que a minha doença comece a agir novamente - afirmou o ex-jogador, ídolo do Corinthians.
Jobson comemora gol do Botafogo contra o Nova Iguaçu (Foto: Vitor Silva / SSpress)
Na visão de Casagrande, Jobson deve estar contando com ajuda de outras pessoas para se manter longe das drogas. O comentarista destacou que o vício não possui ligação com um estilo de vida de “vagabundo”. E que é díficil para uma pessoa se livrar da dependência.
- Para ele estar conseguindo é porque alguém está ajudando, o Botafogo deve estar ajudando, a família, mulher. Algo por fora ajudando no dia a dia dele. Fico feliz que é mais um como eu que está conseguindo passar por cima dessa doença (...) Não é vagabundagem, não é bandido, não é nada disso - disse.
Para Casagrande, Jobson sempre mostrou ser um bom jogador.
- Ele sempre jogou bem, sempre foi um jogador interessante. Mas há pouco esclarecimento do governo sobre essa doença que é a dependência química. A primeira impressão que as pessoas têm é que você é farrista, que está fazendo de propósito, que gosta de fazer. E de repente faz sem gostar, sem querer fazer. É uma doença que te leva aquilo. Você precisa do apoio da empresa que você trabalha, como foi a TV Globo comigo, e das pessoas que estão em volta, dos familiares. É muito difícil conviver com isso. Não é uma coisa fácil.
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