Pôster do UFC 188 destaca luta entre Velásquez e Fabricio Werdum (Foto: Divulgação/UFC)
O Ultimate confirmou nesta sexta-feira que Fabricio Werdum e Cain Velásquez
vão se enfrentar pela unificação do título dos pesos-pesados no dia 13
de junho, na Cidade do México. Nesta data, o americano já estará sem
lutar há mais de um ano e meio. Na única derrota que ele sofreu na
carreira, contra Junior Cigano, não lutava há pouco mais de um ano e
também voltava de lesão. Para o Vai Cavalo, que vem de triunfo por
nocaute técnico sobre Mark Hunt em outubro, este pode ser um diferencial
a seu favor no UFC 188, quando finalmente vão duelar.
- O
Cain está há muito tempo sem lutar, vai ter que se acostumar com a luta
no início, então é uma vantagem importante para mim - afirmou, em
entrevista por telefone ao Combate.com.
Apesar
disso, Werdum reconheceu que o jogo de Velásquez não é fácil de se
lidar, mas prometeu que não deixar o campeão linear se impor. O
brasileiro também comentou a nova política de combate ao doping
anunciada pelo Ultimate, falou sobre a derrota de Antônio Pezão para
Frank Mir, do sucesso do UFC em Porto Alegre e relembrou o duelo contra
Alistair Overeem, no Strikeforce, ao afirmar que o holandês havia tomado
"um suco diferente" na ocasião.
Confira a entrevista por tópicos:
RITMO DE LUTA PODE FAZER A DIFERENÇA?
Com
certeza. Faz diferença porque a gente sabe que quando está sem ritmo de
luta muda o atleta. O Cain está há muito tempo sem lutar, vai ter que
se acostumar com a luta no início, então é uma vantagem importante para
mim. Acho que o ideal para qualquer lutar é fazer de três a quatro lutas
por ano.
forma de lidar com a pressão de velásquez
O
Velásquez é assim, tem esse jogo bem difícil, com boxe e wrestling. Ele
tenta ditar esse ritmo, e eu vou fazer de tudo para fazer o meu jogo.
Não vou ficar esperando ele. Se puder levar para o chão o quanto antes e
finalizar, vou fazer. Se puder surpreender com um nocaute, vou fazer. A
estratégia certa não sei ainda. Sei que o que vou fazer é não esperar.
Vou levar a luta até ele.
Fabricio Werdum com o cinturão interino do
UFC (Foto: Raphael Marinho)
nova política antidoping do ufc
O
doping tem muitos casos recentes, o último foi o do Anderson, que o
mundo inteiro viu. Acho bom o UFC se preocupar com isso, mas o mais
importante é ter direitos iguais. Se tem exames para um, tem que ter
para outro em qualquer lugar do mundo. Tem que ser a mesma regra para
todo mundo. De repente alguns podem ter uma queda, sentir um pouco, mas
não é todo mundo que tomava. É como o TRT. Até podia ter, mas tinha que
ser para todo mundo. Tudo tem que ter um limite, tinha que ser para
todos, mas isso é de cada um. O correto é tomar suplemento, fazer a
coisa certa. Se é para um, tem que ser para todos.
acha que já enfrentou algum atleta dopado?
Não
posso acusar alguém desse jeito, mas, contra o Overeem (no Strikeforce,
em janeiro de 2011, quando sofreu sua última derrota), ele estava bem
forte. Acho que ele tomou um suco diferente naquela luta. Aquele suco
não era verde não (risos). Quando lutei com ele, foi f...
O
evento aqui foi o maior sucesso. Me surpreendi com a galera, a torcida
correspondeu no Gigantinho, eram fãs mesmo e gostam de luta. Eu ando
aqui e me sinto o Wanderlei Silva, com todo mundo vindo falar comigo.
Entrei no ginásio e todo mundo gritou "Werdum! Werdum!", fiquei
emocionado. O prefeito sentou do meu lado e também estava bem emocionado
com o UFC Porto
Alegre.
Fabricio Werdum fez a alegria dos fãs em
Porto Alegre (Foto: Eduardo Deconto/
GloboEsporte.com)
derrota do amigo antônio pezão
Falei
nas entrevistas antes da luta que o Pezão ia nocautear, mas o Frank Mir
é um cara duro, acertou um golpe bem forte. Até falei com o Pezão já,
ele me disse que esperava que o Mir lutasse na base de canhoto, e o Mir
foi malandro, lutou de guarda normal. Peso-pesado quando entra um soco é
nocaute. Acho que o Pezão sentiu isso porque treinou só com canhotos. O
evento foi o maior sucesso, mas os resultados para os brasileiros não
foram bons.
absorção de golpes de pezão
É
difícil falar sobre isso, mas é o segundo nocaute seguido. As pessoas
falam que ele não aguenta muito, não tem tolerância para os golpes, mas
acho que os caras acertaram o queixo do Pezão certinho. Com o tempo isso
pode acontecer quando você toma muita porrada. Graças a Deus eu não
tenho muitos golpes na cabeça, então ela está na boa. Acho que o Pezão
vai ter que se concentrar, fazer o treinamento e tenho certeza que ele
vai voltar com tudo e dar a volta por cima
saiba mais
FONTE:
http://glo.bo/17RKQVg
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