Com filha nascida no Brasil e bom português, paraguaio lembra lesão em passagens anteriores no futebol brasileiro e diz que vai vencer no Vasco: "Confio no meu futebol"
Sincero, Julio vestiu a camisa do Vasco e disse é menos velocidade, mais técnica (Foto: Raphael Zarko)
- Não vou mentir. Não sou rápido. Meu jogo é de passes, de bola parada, de técnica, essas coisas que me levaram para a seleção e para a Europa. Não vou mentir para o torcedor e dizer que sou rápido e de raça, meu jogo é quase só técnica - disse o meia de 31 anos.
A sinceridade de Julio dos Santos parece ser um traço marcante da personalidade do novo reforço do clube. Ele lembrou as outras passagens pelo futebol brasileiro e se defendeu quando foi questionado que não teve o mesmo sucesso apresentado recentemente pelo Cerro Porteño. Para ele, agora a situação é bem diferente. Julio defendeu o Grêmio em 2008 e trocou o time gaúcho pelo Atlético-PR, onde ficou até 2009.
- Quando vim para o Grêmio estava machucado, e ficou difícil para mostrar meu futebol. No Atlético foi melhor, mas não me recuperei completamente da lesão - lembrou o jogador.
Já esperando a transferência para o Vasco - o jogador fez referências ao tamanho da torcida, à rivalidade com o Flamengo e à história do clube ("um dos maiores do Brasil") -, o paraguaio disse que deve estar pronto para a estreia no dia 21, em Manaus. Em bom português, que aperfeiçoou não só nas experiências no futebol brasileiro, mas também acompanhando novelas do país, ele contou que uma de suas filhas, Iara, nasceu em Curitiba.
O paraguaio lembrou lesão no Grêmio e disse
que vai assumir a responsabilidade no Vasco
(Foto: Raphael Zarko)
Tatuagem (6 de novembro) representa nascimento da filha "brasileira" (Foto: Raphael Zarko)
Jogador que mais vezes atuou com a camisa 10 do Cerro - onde marcou 88 gols, segundo maior artilheiro da história do clube paraguaio -, ele disse que pode jogar tanto de meia mais avançado quanto mais recuado.
-
Gosto de vir de trás com a bola porque fico
perto tanto da defesa quanto do ataque, tentando fazer a armação do
jogo, que é meu forte. Mas se o treinador quiser
me colocar para frente estou à disposição - disse o jogador do Vasco,
que batia faltas, pênaltis e quer repetir as atribuições em São Januário
também. - Sei que o Vasco tem muita torcida e tem muita
responsabilidade,
então quero trazê-la para mim.
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