Encantado pelo país, Mircea Lucescu vê time em igualdade com grandes como Inter Flamengo, Atlético-MG e Cruzeiro e lembra de troca de camisa com Pelé em 1970
Mircea Lucescu com pandeiro em mãos durante
encontro com os brasileiros do Shakhtar
(Foto: Arquivo Pessoal)
Lucescu já planejava levar o Shakhtar há quatro anos. Agora considera-se realizado, já que vê sua equipe em igualdade com os adversários que irá enfrentar Brasil afora (Bahia, Flamengo, Atlético-MG, Internacional e Cruzeiro).
- Fazia já quatro anos que estávamos procurando uma oportunidade para fazer a inter-temporada no Brasil! Mas nunca foi possível. Embora, provavelmente, seja até melhor que tudo tenha acontecido precisamente agora, uma vez que chegamos a um nível tal que já podemos jogar em pé de igualdade com os melhores clubes do Brasil. E, o que não é menos importante, as equipes brasileiras mais fortes também demonstraram interesse em jogar com a gente. Isso é mais um indicador importante em termos de imagem internacional do Shakhtar.
Em entrevista ao site oficial do clube, Lucescu lembrou de sua relação próxima com o Brasil – quando, por exemplo, trocou de camisa com Pelé na Copa do México. E definiu o futebol europeu como “mais disciplinado e tático”. Confira os principais trechos abaixo:
Mircea Lucescu vê Shakhtar em condições de
igualdade em relação aos rivais brasileiros
(Foto: Getty Images)
Hoje o Shakhtar é uma equipe de alto nível internacional. O clube é bem conhecido em todo o mundo. Especialmente no Brasil, já que temos jogadores nossos defendendo as cores da seleção brasileira! Lá o Shakhtar é uma das equipes mais populares da Europa. Esta viagem dará aos amantes de futebol brasileiros a oportunidade de nos ver atuar pela primeira vez ao vivo. E, para o Shakhtar, uma viagem ao continente sul-americano melhora a nossa imagem internacional, aumenta o prestígio do clube e traz novos fãs. Além disso, os nossos jogadores brasileiros estarão jogando frente às suas torcidas, o que também é muito importante. A viagem ao Brasil fará parte da história do nosso clube
Qual a lembrança mais viva que tem da sua primeira viagem ao Brasil?
Eu sempre amei o futebol brasileiro. Fui capitão do time da Romênia na Copa do Mundo no México e foi aí que troquei de camiseta com o Pelé. Perdermos por 3 a 2. Eu tinha apenas 24 anos de idade... Me lembro que na Copa do Mundo de 1978, a seleção da Romênia fez a concentração de preparação precisamente no Brasil. E aí joguei em todo lado: em Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Campinas. Conheço todas essas cidades. Fiquei muito impressionado com o estilo de jogo deles, com o seu talento, técnica, comportamento em campo, a atmosfera nos estádios...
O futebol europeu é muito diferente do brasileiro?
Sim, bastante. Na Europa, o futebol é mais disciplinado. Aqui tudo se constrói com base na preparação física e tática: o jogo é rápido e intenso, não há tempo para pensar. Já o futebol brasileiro é mais calmo, não tem tanta agressividade. Lá, cada jogo é um show, é um espetáculo do verdadeiro futebol.
Está satisfeito com a seleção de equipes que o Shakhtar vai enfrentar no Brasil?
Sim. Desde o primeiro dia que surgiu a questão dessa viagem eu pus uma condição: ou o Shakhtar joga com grandes times brasileiros, ou não viaja!
FONTE:
http://glo.bo/1AzmuuD
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