sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Vasco deve cobrar cerca de R$ 2 milhões de ex-parceira, diz auditoria

Conselho Fiscal recomenda que próxima gestão entre na Justiça para reaver dinheiro dos cinco anos de contrato da Penalty, antiga fornecedora de material esportivo


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Rio de Janeiro


reunião de Conselho Deliberativo do Vasco (Foto: Raphael Zarko)Conselho Deliberativo do Vasco se reuniu na noite da quinta-feira (Foto: Raphael Zarko)

A depender da efetiva cobrança judicial e dos desdobramentos do caso na Justiça, pode ficar para a próxima gestão uma cobrança que deve ajudar no alívio dos cofres vascaínos. Uma auditoria que era cobrada pelo Conselho Fiscal desde a primeira gestão de Roberto Dinamite encontrou um montante alto de falta de pagamentos da Penalty, antiga fornecedora de material esportivo do Vasco. Entre repasses de royalties, valores fixos mensais e outros quesitos, o Vasco tem a receber cerca de R$ 2 milhões da ex-parceira, que foi substituída pela Umbro no fim da gestão Dinamite.   

O assunto foi tratado na noite de quinta-feira na reunião de aprovação das contas de 2012 no Conselho Deliberativo. O diretor financeiro Jorge Almeida e o Conselho Fiscal receberam o relatório de auditoria da KPMG na tarde da própria sessão com os conselheiros do clube.   


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Em mais de cinco anos de contrato, segundo o documento apresentado pela auditoria, o clube deixava de receber importantes somas de dinheiro. Segundo manifestação do membro do Conselho Fiscal João Amorim, o erro também foi da diretoria administrativa, que deixou de cobrar esses valores e demorou para contratar a auditoria. Para ele, a quantia deve até ultrapassar os R$ 2 milhões após cobrança judicial. Para isso, a próxima diretoria terá que notificar a Penalty e cobrar juros em cima dos valores atrasados.   

Somente nos dois primeiros anos de contrato, o Vasco deixou de receber quase R$ 1,5 milhão - pouco menos de R$ 500 mil em 2009 e quase R$ 1 milhão no ano seguinte. O relatório foi apresentado na reunião do Conselho Deliberativo, que teve um tom político e posicionamento favorável da maioria dos conselheiros pela aprovação das contas.

- Esse é um trabalho que fica de modelo para o clube. A gente tem tanto problema para conseguir dinheiro, então como pode deixar de fazer cobranças desse tamanho? Do Vasco ninguém deixa de cobrar nada. E cobra com juros evidentemente, o que a próxima gestão também deve fazer para conseguir de volta esses recursos para o clube. Isso fica acima de política do Vasco - disse, na reunião, João Amorim.

Membro do grupo de oposição Cruzada Vascaína - que apoia a chapa "Sempre Vasco", de Julio Brant, nas eleições de 11 de novembro -, Amorim também criticou o acordo feito com a Umbro. Segundo ele, o Conselho Fiscal somente participou de algumas reuniões após muita insistência e, por fim, não viu o contrato assinado com a nova parceira do Vasco.


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