Dario de Assis revela conversa com atacante do Galo, que deve deixar o clube mineiro em 2015: "O que ele fez foi um erro, não estou passando a mão na cabeça"
Jô: problemas com o Galo e preocupação do pai(Foto: Reprodução / TV Globo Minas)
O atacante disse ao pai que vai voltar aos treinos esta semana. Aos jogos também, mas não deverá ser no sábado, quando o Galo recebe a Chapecoense no Independência. Multado pela diretoria, Jô fica no clube até o fim do ano.
- Ele vai ficar até dezembro e depois será negociado. Não tem nenhum clube, a princípio, em vista. Estou preocupado. E disse a ele para tomar cuidado, senão daqui a pouco a carreira dele vai ficar igual à do Adriano - afirmou o pai do atacante.
Dario de Assis garante que, pelo que conversou com o filho, Jô fica no Atlético-MG até o fim do ano, para ser negociado no início de 2015. Deve treinar em separado e dificilmente ficará à disposição para o jogo de sábado com a Chapecoense.
- O que ele fez, não estou passando a mão na cabeça e nem digo
que ele está certo. Não foi primeira vez que ele fez isso. E espero que não aconteça de
novo. Ele deve muito ao Atlético-MG. O clube e a torcida não merecem
isso - avaliou Dario de Assis.
O pai do atacante
confirmou que Jô está passando por problemas familiares. Mas não quis
confirmar se ele estaria se separando da mulher.
-
Conversamos eu, minha esposa e as irmãs, por telefone e por
mensagem. Ele chorou, pediu desculpa. Saio na rua e morro de vergonha,
ele é uma pessoa pública. Eu moro
perto do Corinthians, onde ele começou a carreira, e todo mundo me
conhece. Todos me perguntam o que está
acontecendo. Ele tem 27 anos, e não posso seguir todos os passos dele.
Ele é casado, tem família, tem responsabilidade em casa, mas
faltou no trabalho - contou Dario.
O pai de Jô teme que a carreira do filho
termine como a de Adriano Imperador
(Foto: Editoria de Arte)
Perguntado se o problema dos salários atrasados - o Atlético-MG deve um
mês e parte da premiação pelo título da Libertadores - pode ter
influenciado no sumiço de Jô, o pai, que jogou por Corinthians,
Portuguesa, XV de Jaú e Itumbiara-GO, disse acreditar que não.
- Na conversa, falei com ele que fui profissional e sempre saí pela porta
da frente. O Atlético-MG é um bom clube. Atraso de salário
é normal em todo clube. E eles vão pagar, o Alexandre Kalil é de palavra, vai pagar,
tenho certeza.
O clima de Jô no clube, no entanto, ficou complicado, e Dario sabe disso.
- Vai ser difícil para ele voltar, mas passei força para assumir o
que fez e encarar. Ele é o único culpado. O treinador deu várias chances para
ele. Mas é assim mesmo. A fase do jeito que vem vai embora.
A
situação do atacante pode ganhar novo capítulo na tarde desta
quarta-feira. O presidente Alexandre Kalil, que estava viajando, já se
encontra em Belo Horizonte. Na terça-feira, ninguém no clube se
manifestou oficialmente a respeito do desaparecimento de Jô, todos
aguardavam pelo retorno do mandatário.
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