domingo, 12 de outubro de 2014

Levir Culpi valoriza triunfo em tarde de muitas dificuldades e defende André

Versatilidade do elenco alvinegro é lembrada pelo treinador, que sai em defesa do atacante que foi vaiado: "A gente nunca pode deixar de confiar nos atletas"


Por Belo Horizonte



Muitos desfalques, gramado pesado, adversário complicado e a alta temperatura em Belo Horizonte. O Atlético-MG se superou para vencer o São Paulo por 1 a 0, no Independência, e voltar ao G-4 do Campeonato Brasileiro. Todas as dificuldades encontradas pelo time atleticano foram exaltadas pelo técnico Levir Culpi após a partida.


- Esse resultado teve um aspecto emocional muito forte para a sequência do campeonato. Foi um jogo muito difícil. Nós tivemos problemas, mas o São Paulo também teve. Chegou um momento do jogo em que eu queria fazer mais uma substituição, mas não dava, porque já tinha feito as três. Os jogadores estão super desgastados, ainda mais hoje, que a temperatura foi muito acima do normal. O campo ficou mais pesado, o jogo mais preso. E isso requer mais de condição física. Mas, felizmente, tudo acabou bem para o Atlético-MG.


O retorno de Maicosuel e Marion permitiu ao comandante do Galo repetir o esquema com apenas um volante. Donizete foi o responsável principal pela marcação, com Dátolo, Maicosuel e Luan revezando na armação. Sem muito tempo para treinar, Levir citou a versatilidade do elenco para variar a tática de jogo.


- Durante o campeonato alguns jogadores se ajustam e se encaixam. As cosias, às vezes, se ajustam naturalmente, mas eu acredito no time que tem uma sequencia tática e com algumas alternativas. É o caso que nos temos. Temos jogadores que podem fazer o pivô, jogar sem pivô, volantes que saem para o jogo. É tudo uma questão de opção. A gente e procura manter uma base, mas é difícil.


Quando a fase é ruim...

Sobre André, que substituiu Jô e deixou o campo vaiado pela torcida, Levir garante que ainda confia no atacante e lamentou o momento ruim do camisa 90.

- É muita conversa, confiança e sequência. Ninguém tem a receita para o jogador voltar a fazer gols. É difícil fazer tudo caminhar ao mesmo tempo. Quando a bola entra a gente esconde os erros, porque acaba tudo certo. Ele é do Atlético-MG, eu escalei o cara para jogar bem e tem condições, mas está em uma fase ruim. Tem um limite e eu achei que ele estava no limite. Ele ia pegar na bola, tomar vaia e isso poderia prejudicar os outros jogadores. É aquela substituição que o técnico nunca gosta de fazer, mas é necessário. Neste momento a gente nunca pode deixar de confiar nos atletas.


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