A CRÔNICA
por
GloboEsporte.com
Os olhos estavam no campo do Independência, e os ouvidos, no que vinha do Maracanã, no Rio de Janeiro. Atlético-MG e São Paulo se enfrentaram em Belo Horizonte, neste domingo, ligados no que acontecia na partida entre Flamengo e Cruzeiro, não só pela rivalidade - no caso do Galo -, mas principalmente para projetar o que ainda podiam esperar no campeonato. Alegria em dobro para os atleticanos, que bateram os paulistas por 1 a 0 e celebraram a derrota cruzeirense, por 3 a 0, resultados que fazem o time de Levir Culpi sonhar com a possibilidade de um título - são nove pontos de distância para a ponta.
O revés não muda a situação do São Paulo, que continua a sete pontos da liderança. Mas faz a equipe lamentar mais uma oportunidade perdida de encostar na Raposa e freia a sua recuperação, após vitórias nos dois últimos confrontos - que sucederam um jejum de quatro jogos sem ganhar.
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Se o título ainda é um sonho, as duas equipes mantêm a disputa por uma das vagas para a Libertadores de 2015. Com a vitória, o Galo retomou a quarta posição, com 47 pontos, e o São Paulo caiu para a terceira colocação, com 49, atrás também do Internacional, que bateu o Fluminense em casa, por 2 a 1.
Os times agora deixam o Brasileiro de lado para se concentrarem em outras competições. O São Paulo vai ao Chile, onde, na quarta, às 19h30, enfrenta o Huachipato pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana - tem vantagem por ter vencido a partida de ida, em casa, por 1 a 0. No mesmo dia, o Galo terá de virar o duelo de 180 minutos contra o Corinthians, pela quartas de final da Copa do Brasil. O time perdeu a ida, em São paulo, por 2 a 0. A decisão será no Mineirão, às 22h.
Luan comemora o gol que recoloca o
Atlético-MG no G-4 do Brasileiro
(Foto: Getty Images)
A lista de desfalques das duas equipes era grande: Kaká, Souza, Tardelli e o uruguaio Alvaro Pereira estavam com suas seleções; Ganso e Paulo Miranda cumpriam suspensão; entre os lesionados, Guilherme, Réver, Rafael Toloi, entre outros. Levir Culpi ainda perdeu Jô, que faltou aos últimos treinos do time, às vésperas do duelo, e foi afastado.
Com tantos problemas, Atlético-MG e São Paulo iniciaram a partida de forma morna, com pouca criatividade e muita marcação nas intermediárias. Pato teve uma chance de abrir o placar logo no início, mas Victor fez grande defesa. Os donos da casa sofriam com a pouca produção do meio e com a dificuldade dos atacantes.
A primeira etapa se arrastou quase sem emoção até a parte final, quando chutes de longa distância de Dátolo e Michel Bastos fizeram os goleiros trabalharem - Rogério Ceni e Victor rebateram bolas complicadas, mas as sobras não foram aproveitadas.
Os anfitriões voltaram do intervalo mais acesos - ainda que a primeira boa chance tenha sido de Alan Kardec, desperdiçada. André teve a oportunidade de finalmente abrir o placar quando recebeu sozinho na área, mas escolheu tentar de puxeta e furou. A pressão, porém, continuou.
Ela só teve efeito aos 26 minutos, em boa jogada de Alex Silva, que encontrou Luan em ótima posição. Sozinho, o atacante teve calma para tocar no canto de Rogério Ceni, definindo o placar. No fim, o São Paulo esboçou reagir, mas parou na defesa rival.
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