domingo, 12 de outubro de 2014

Emocionado, Assumpção assume culpa por possível queda do Botafogo

Presidente desabafa, diz que renda do Engenhão faz falta e afirma que afastamento de quatro jogadores foi forma de chamar responsabilidade: "Vai ser do meu jeito"



Por Rio de Janeiro



A vitória sobre o Corinthians reduziu o abismo, mas não tira o Botafogo da zona de rebaixamento. Fora de campo, já são três meses de salários atrasados. Em entrevista exclusiva para o Esporte Espetacular, o presidente Maurício Assumpção se emocionou ao falar do momento que atravessa o Botafogo. Ele dispensou quatro jogadores importantes durante o campeonato - Edilson, Julio Cesar, Bolívar e Emerson - e ligou o ato à sua responsabilidade sobre uma possível queda. O vídeo abaixo foi ao ar neste domingo. Mas ainda há mais respostas. Nesta segunda-feira, assista na íntegra à entrevista exclusiva com Maurício Assumpção no site do Esporte Espetacular. 


- Eu olhava a situação do Botafogo na zona de rebaixamento, e algumas atitudes acontecendo no futebol com as quais eu não concordava. A responsabilidade de um rebaixamento cai sobre o presidente do clube. Então, se ela vai recair sobre mim, ela vai recair do jeito que eu acredito que as coisas têm que ser feitas.
Mesmo em situação delicada, ele acredita numa recuperação. Mas, se não acontecer, assume.

- A culpa é minha. Não tem outro culpado, a culpa é minha. Rebaixamento, eu como presidente, tenho que assumir essa responsabilidade. Não é uma coisa que eu gostaria no meu currículo, é uma coisa que eu penso em não ter no meu currículo como dirigente de futebol.


Maurício explica as razões da falta de dinheiro do clube alvinegro.
- Todo o dinheiro do Botafogo está bloqueado por causa de dívidas fiscais e trabalhistas. Somente acordos com a Justiça podem salvar as finanças. O clube está recorrendo ao Refis, programa de parcelamento das dívidas fiscais. Sem o desbloqueio das verbas, é impossível a recuperação.

A insônia do presidente começou em 2013. Para Maurício, um dos maiores motivos da crise financeira do clube foi o fechamento do Engenhão. O clube arrendou o estádio da prefeitura, mas o local foi interditado há quase dois anos para reformas estruturais. Sem ele, Assumpção diz quanto o Botafogo deixou de arrecadar.

- Aproximadamente, por ano, uns R$ 20 milhões, que obviamente vai merecer agora por parte do Botafogo uma ação na Justiça contra a prefeitura, porque foi isso que foi determinado pelo escritório de advocacia contratado pelo clube - diz.


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