Técnico do Leão vê momento de nervosismo dos jogadores e pede calma. Diante da possibilidade de perder a vaga no G-4, comandante busca encontrar um lado positivo
O Avaí chegou à quarta derrota seguida na Série B e vê sua vaga no G-4 em risco. Nesta terça-feira, o Leão da Ilha perdeu para o Luverdense, por 3 a 1, e segue com 52 pontos, mas pode ser ultrapassado por Ceará, Santa Cruz e Atlético-GO, desde que os goianos tirem o saldo de gols de vantagem do Leão da Ilha.
Para o técnico Geninho, o momento é instável e os jogadores estão abalados psicologicamente. Por isso, o comandante promete trabalho para sair da situação. Apesar da dificuldade, ele crê no acesso e lembra que ainda restam 15 pontos a serem disputados na competição.
- Você está
brigando, independente de sair ou não do G-4, você ainda pode conseguir o
resultado para isso. Se perder o rumo, não vai a lugar nenhum. Não pode colocar
alguém na parede e ele não ter condição de ir para a parede, o vestiário tem
que ser cuidado, o pós-jogo, tem que administrar muita coisa. Não podemos ficar
eternamente dependendo dos outros, temos que fazer nossa parte. Não podemos
reclamar de nada, tivemos as chances. Mas o Avaí ainda está na briga e não pode
desistir, são 15 pontos a disputar - argumentou o treinador.
Análise do jogo
O time começou relativamente bem e tomamos dois gols bobos,
estamos tomando gol de bola cantada. Você sabe o que o adversário vai fazer,
mas ele faz e consegue o gol. São gols que você pode evitar, uma equipe que
almeja chegar aos quatro primeiros, não pode tomar esse tipo de gol. No segundo
tempo melhorou, o Marquinhos rendeu mais, criamos chances. E dávamos o
contra-ataque para eles, mas foi pouco. Infelizmente não conseguimos, o time
erra e se perturba, fica emocionalmente perturbado. Muito jogador jovem, os
mais velhos passaram pela situação do ano passado e fazem cobrança.
Geninho ainda acredita que Leão possa retomar boas atuações (Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)
Desatenção defensiva
Você mexe com ser humano, de repente apaga a luz. Ele quer
tanto ajudar e não guarda a posição, falta força para um passe e a cobrança é
grande. Alguns sentem o peso. Tem que cobrar, corrigir, mas ter tranquilidade.
Se você chega chutando o balde, não consegue nada. É uma desatenção por querer
acertar, erros oriundos de um excesso de vontade. Se cada um fizer o seu, fica
mais difícil do adversário jogar, futebol é um esporte coletivo. Mas estamos
tomando gols mostrados, compilamos tudo e você passa isso. Agora o porque você
erra, é difícil de explicar e não é um jogador errando. Se fosse um, era mais
fácil, mas são vários e isso cria um problema grande. A gente está tentando e o
importante é não desistir. Está pegando fogo na casa? Está, mas tem que achar a
porta.
Ajuda externa
Eu nunca fui refratário a alguma ajuda, uma palavra de fora
sai de uma maneira melhor do que o dia a dia. Eu trabalhei com várias pessoas
que fazem esse tipo de trabalho, mas é uma saída que eu tentei, falei com
pessoas que me ajudaram em outras situações e estão em outro clube. Se alguém
tiver alguma sugestão, é bem-vindo, quem vier para puxar a corda, é bem-vindo.
Nosso vestiário é bom, não tem rivalidade, mas uma palavra de fora pode trazer
algo que você não está dando.
Abatimento com os gols
Um gol só já abate. Você vem com o planejamento e joga para
o adversário uma vantagem, claro que abate. Correr atrás de um placar é ruim
demais.
Chegada dos times de baixo
Algumas equipes podem me alcançar, temos o Ceará aí. Alguns
times encostaram, o Santa Cruz venceu, o Atlético-GO, o América-MG, mais gente
chegou para o baile. Se o Ceará me vence, ele me puxa, mas eu estarei no bolo,
a um passo de voltar ao G-4. O importante é terminar a última rodada entre os
quatro.
Possibilidade de sair do G-4
Eu disse que não gosto de entrar no G-4 cedo, você vira alvo
e traz a responsabilidade grande. É um desgaste, inclusive emocional, existe a
cobrança de ficar entre os quatro. Por isso eu falo que não gosto de entrar
muito antes, o clube se acostuma a estar na situação. O time que entra agora,
está motivado. Quem estava lá, pode se acostumar e fica assustado em sair.
Agora que entramos, claro que vamos ficar. Se sairmos, vem a motivação para
voltar, mas o futebol é assim, você administra os momentos. Não é que eu não
queria estar no G-4, mas você entrar cedo tem esse desgaste, eu gostaria de
entrar agora, é mais fácil de se manter. Se sair, vamos tentar voltar, não tem
outro caminho.
É possível voltar às boas atuações
Quem faz uma vez, pode fazer duas. Mas tem que ter
tranquilidade para isso. Se na primeira bola errar e ficar com medo, não vai
conseguir. É preciso ter calma para voltar a jogar aquele futebol, a confiança
tem que vir de dentro de cada jogador. O Avaí não fez uma vez, fizemos 12 jogos
sem perder
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