quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Geninho vê Avaí "emocionalmente perturbado", mas acredita: "Na briga"

Técnico do Leão vê momento de nervosismo dos jogadores e pede calma. Diante da possibilidade de perder a vaga no G-4, comandante busca encontrar um lado positivo


Por
Lucas do Rio Verde, MT

O Avaí chegou à quarta derrota seguida na Série B e vê sua vaga no G-4 em risco. Nesta terça-feira, o Leão da Ilha perdeu para o Luverdense, por 3 a 1, e segue com 52 pontos, mas pode ser ultrapassado por Ceará, Santa Cruz e Atlético-GO, desde que os goianos tirem o saldo de gols de vantagem do Leão da Ilha.


Para o técnico Geninho, o momento é instável e os jogadores estão abalados psicologicamente. Por isso, o comandante promete trabalho para sair da situação. Apesar da dificuldade, ele crê no acesso e lembra que ainda restam 15 pontos a serem disputados na competição.

- Você está brigando, independente de sair ou não do G-4, você ainda pode conseguir o resultado para isso. Se perder o rumo, não vai a lugar nenhum. Não pode colocar alguém na parede e ele não ter condição de ir para a parede, o vestiário tem que ser cuidado, o pós-jogo, tem que administrar muita coisa. Não podemos ficar eternamente dependendo dos outros, temos que fazer nossa parte. Não podemos reclamar de nada, tivemos as chances. Mas o Avaí ainda está na briga e não pode desistir, são 15 pontos a disputar - argumentou o treinador.


Abaixo, confira a íntegra da entrevista coletiva de Geninho

Análise do jogo
O time começou relativamente bem e tomamos dois gols bobos, estamos tomando gol de bola cantada. Você sabe o que o adversário vai fazer, mas ele faz e consegue o gol. São gols que você pode evitar, uma equipe que almeja chegar aos quatro primeiros, não pode tomar esse tipo de gol. No segundo tempo melhorou, o Marquinhos rendeu mais, criamos chances. E dávamos o contra-ataque para eles, mas foi pouco. Infelizmente não conseguimos, o time erra e se perturba, fica emocionalmente perturbado. Muito jogador jovem, os mais velhos passaram pela situação do ano passado e fazem cobrança. 


Geninho coletiva (Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)Geninho ainda acredita que Leão possa retomar boas atuações (Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)


Desatenção defensiva
Você mexe com ser humano, de repente apaga a luz. Ele quer tanto ajudar e não guarda a posição, falta força para um passe e a cobrança é grande. Alguns sentem o peso. Tem que cobrar, corrigir, mas ter tranquilidade. Se você chega chutando o balde, não consegue nada. É uma desatenção por querer acertar, erros oriundos de um excesso de vontade. Se cada um fizer o seu, fica mais difícil do adversário jogar, futebol é um esporte coletivo. Mas estamos tomando gols mostrados, compilamos tudo e você passa isso. Agora o porque você erra, é difícil de explicar e não é um jogador errando. Se fosse um, era mais fácil, mas são vários e isso cria um problema grande. A gente está tentando e o importante é não desistir. Está pegando fogo na casa? Está, mas tem que achar a porta.


Ajuda externa
Eu nunca fui refratário a alguma ajuda, uma palavra de fora sai de uma maneira melhor do que o dia a dia. Eu trabalhei com várias pessoas que fazem esse tipo de trabalho, mas é uma saída que eu tentei, falei com pessoas que me ajudaram em outras situações e estão em outro clube. Se alguém tiver alguma sugestão, é bem-vindo, quem vier para puxar a corda, é bem-vindo. Nosso vestiário é bom, não tem rivalidade, mas uma palavra de fora pode trazer algo que você não está dando.


Abatimento com os gols
Um gol só já abate. Você vem com o planejamento e joga para o adversário uma vantagem, claro que abate. Correr atrás de um placar é ruim demais.


Chegada dos times de baixo
Algumas equipes podem me alcançar, temos o Ceará aí. Alguns times encostaram, o Santa Cruz venceu, o Atlético-GO, o América-MG, mais gente chegou para o baile. Se o Ceará me vence, ele me puxa, mas eu estarei no bolo, a um passo de voltar ao G-4. O importante é terminar a última rodada entre os quatro.


Possibilidade de sair do G-4
Eu disse que não gosto de entrar no G-4 cedo, você vira alvo e traz a responsabilidade grande. É um desgaste, inclusive emocional, existe a cobrança de ficar entre os quatro. Por isso eu falo que não gosto de entrar muito antes, o clube se acostuma a estar na situação. O time que entra agora, está motivado. Quem estava lá, pode se acostumar e fica assustado em sair. Agora que entramos, claro que vamos ficar. Se sairmos, vem a motivação para voltar, mas o futebol é assim, você administra os momentos. Não é que eu não queria estar no G-4, mas você entrar cedo tem esse desgaste, eu gostaria de entrar agora, é mais fácil de se manter. Se sair, vamos tentar voltar, não tem outro caminho.


É possível voltar às boas atuações
Quem faz uma vez, pode fazer duas. Mas tem que ter tranquilidade para isso. Se na primeira bola errar e ficar com medo, não vai conseguir. É preciso ter calma para voltar a jogar aquele futebol, a confiança tem que vir de dentro de cada jogador. O Avaí não fez uma vez, fizemos 12 jogos sem perder


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