segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Soares celebra sonho do bi no US Open e mira duplas mistas no Rio 2016

Bruno se anima com conquista no Grand Slam americano, pretende manter dupla com indiana Sania Mirza e se coloca à disposição para montar parceria olímpica


Por São Paulo


Bruno Soares celebra conquista no US Open (Foto: Marcos Guerra)Após conquista do US Open, Bruno Soares já está em SP para a Copa Davis (Foto: Marcos Guerra)


O olhar cansado dá orgulho a Bruno Soares. É a marca do esforço para uma grande conquista: o bicampeonato do US Open nas duplas mistas. O brasileiro mal teve tempo de festejar o título faturado na última sexta-feira, ao lado da indiana Sania Mirza. Ele emendou uma maratona de compromissos com patrocinadores e agora está em São Paulo para a disputa da Copa Davis, neste fim de semana, contra a Espanha. Cansaço à parte, o duplista juntou forças para celebrar seu segundo título do Grand Slam americano.

- É punk. Não parei desde que acabou o jogo. Foi a compromissos com patrocinadores, viajei no mesmo dia para Belo Horizonte. Passei um dia só na minha casa e cheguei a São Paulo no domingo. Nesta segunda já comecei a treinar com o Marcelo (Melo, parceiro na Davis). Faz parte da recompensa. Foi mais uma conquista especial. Tive essa sensação de ganhar um Grand Slam em 2012 e agora mais uma vez. Já tinha entrado para um seleto grupo de pessoas que são campeãs, e ser bi é uma honra enorme. É mais um sonho realizado. Grand Slam é um torneio que sonha desde pequeno. É uma competição até mais difícil - disse Bruno.


saiba mais

As disputas de duplas mistas só são realizadas em Grand Slams, e o brasileiro tem mostrado força. A primeira conquista foi no US Open de 2012, ao lado da russa Ekaterina Makarova. Neste ano, sempre com parceiras diferentes, ele foi às quartas de final no Aberto da Austrália e em Wimbledon. Em Roland Garros, ele foi às semifinais ao lado da cazaque Yaroslava Shvedova. Depois da segunda conquista do US Open, Bruno se anima e se coloca à disposição da Confederação Brasileira de Tênis (CBT) para montar uma parceria para as Olimpíadas de 2016 - ele já havia confirmado que pretende formar dupla masculina com Marcelo Melo nos Jogos do Rio de Janeiro.

- Se puder eu quero jogar as duas competições. Hoje temos a Teliana (Pereira), que está caminhando muito bem, se firmando no top 100 e tem muito a evoluir. Quem sabe a dois anos das Olimpíadas não tenha outra menina que possa acompanhar também. Eu me coloco à disposição, quero jogar os dois. Ainda não converso com nenhuma parceira. Isso quem vai definir é a confederação. Eles que fazem a convocação. Ainda tem muita coisa para acontecer antes de 2016.

Bruno Soares US Open (Foto: AFP)
Bruno Soares e Sania Mirza formaram 
uma dupla entrosada na final do US 
Open (Foto: AFP)


Se ainda não há uma parceira para as Olimpíadas, para o Aberto da Austrália, em janeiro de 2015, a ideia é manter a dupla campeã com Sania Mirza. Bruno, que disputa o Circuito Mundial ao lado do austríaco Alexander Peya, conta que teve de se adaptar rapidamente à indiana, um entrosamento que se deu dentro e fora de quadra.

- A Sania me mandou uma mensagem depois de Wimbledon (final de junho). Eu também estava procurando parceira para o US Open e topei na hora. Eu já sabia que ela era uma grande jogadora. Eu já a conhecia do Circuito. Já tínhamos uma amizade e nos aproximamos. Fora de quadra foi muito tranquilo. Não temos tempo de treinar, é muito na conversa. Na primeira rodada foi na marra mesmo. A gente conversa, fala um pouquinho sobre nossos estilos, mas não tem tempo para se adaptar. É no dia a dia. Felizmente, comigo e com a Sania aconteceu de forma rápida e natural. Aprendi as zonas de conforto dela, as bolas que gosta de fazer. Começamos a encaixar a estratégia a isso. Só tende a melhorar. Para o Aberto da Austrália, com certeza queremos manter. É difícil programar para as duplas mistas. Depende do que está acontecendo no momento. Ser campeão no primeiro, não tem como parar assim. Mais uns dois ou três Grand Slams queremos jogar. Vamos ver como a coisa vai fluir.

Outro ponto a favor da dupla no Grand Slam de Nova York foi a torcida. Os dois tiveram muito apoio da arquibancada, já que a cidade americana tem muitos imigrantes brasileiros e indianos. Um reconhecimento que vem crescendo para Bruno Soares desde o título de 2012.

- Aumentou demais o reconhecimento. Isso desde 2012. No meio do tênis todo mundo se conhece. Quando passa a ser reconhecido fora do meio, vê que alcançou algo grande. É uma coisa moderada, o torcedor para e pede para tirar foto, para dar autógrafo. Acontece mais no Brasil ou em lugar com muito brasileiro, como Nova York ou Miami. É muito difícil um gringo vim falar - disse Bruno, que está firme no top 10 do ranking de duplas há três temporadas.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2014/09/soares-celebra-sonho-do-bi-na-us-open-e-mira-duplas-mistas-no-rio-2016.html

Nenhum comentário: