São Paulo reclama de dois pênaltis marcados para o Corinthians e também da expulsão de Alvaro Pereira, mas técnico evita falar do árbitro após derrota por 3 a 2
Antônio Carlos, Souza, Ganso, Kaká... Os jogadores do São Paulo reclamaram muito da arbitragem na derrota por 3 a 2 para o Corinthians. Muricy Ramalho não. O técnico evitou criticar o trio e ainda elogiou Luiz Flávio de Oliveira, juiz da partida. Entretanto, considerou "estranho" o primeiro pênalti marcado a favor dos donos da casa, em lance no qual a bola bateu no braço do zagueiro Antônio Carlos.
Muricy Ramalho ainda analisou as chances de seu time, que saiu à frente no placar com Souza, e foi para o intervalo vencendo por 2 a 1, após gol de Edson Silva, nas duas únicas chances do São Paulo ao logo de toda a partida.
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Confira os principais tópicos da entrevista:
Influência da arbitragem
- O São Paulo no primeiro tempo foi um pouco mais equilibrado, mas o Corinthians teve mais chances nos dois tempos. O placar não foi tão estranho. Tivemos bons momentos até o primeiro pênalti, que deixou nosso time muito nervoso. Até aí estávamos controlando bem o jogo. Depois perdemos a cabeça. No total, o Corinthians teve mais chances. É chato falar sobre a arbitragem, eu nunca falo e ali a coisa é muito rápida. Às vezes você pode cometer uma injustiça. O que achei estranho foi o primeiro pênalti, ninguém reclamou nada, a bola saiu, seguiu o jogo e o cara pôs na marca da cal. Vamos ver ainda, senão se comete injustiça com o árbitro. Esse árbitro e a família dele são do bem, pessoas corretas.
Perdeu a cabeça?
-
Tudo é questão de lances assim. Veio o pênalti e desestabilizou nossa
equipe, o time ficou muito nervoso. Entrou na pilha e não jogou. Era
para jogar, não guerrear. Não adianta. Jogador perde a cabeça, fica
nervoso, quer ganhar... Às vezes eu era rebelde como jogador também. O
primeiro pênalti desestabilizou a parte emocional do time. Você começa a
discutir e aí não joga.
Choro sobre arbitragem
-
Não é legal chorar. Perder um jogo não é fácil, é difícil. Não cabe a
nós fazer isso, tem de respeitar o outro time. Cada um é cada um. Não
jogamos bem, armamos o time para marcar forte e sair no contra-ataque. O
Corinthians fez os gols. Não jogamos bem hoje, volto a repetir.
Situação do campeonato
-
O Cruzeiro ainda é o grande favorito. Perdeu um clássico, nós também.
Dificilmente o Cruzeiro erra com times menores. Tem jogo que dá para
perder, como hoje. Mas em outros jogos, eles erram muito pouco. Ainda
continua sendo o grande favorito, pois tem um bom time e um plantel
ótimo. Acho difícil eles errarem até o final.
Entrosamento é melhor com o quarteto?
-
São jogadores entrosados que sabem o movimento um do outro. Mas não
pode ser só com os mesmos jogadores, a gente depende do plantel. Outro
dia o Michel entrou bem e fez um gol, mas é claro que o entrosamento é
melhor com esses jogadores.
Situação de Rogério Ceni
-
Pelo que conheço dele, é muito difícil ele ficar fora de um jogo. Por
isso que contra o Coritiba eu já achava difícil ele jogar hoje. Quando
ele tem uma contusão, é porque é muito séria. Já vi várias vezes ele
jogando com dores, mas aquela dor que se consegue jogar. Conversamos de
manhã, ele não consegue arrancar para fazer uma defesa, por exemplo.
Isso o impede de jogar. Ele está tratando três vezes por dia, como
sempre fez. Não é fácil a contusão dele. Não entendo nada disso, mas o
conheço bem. Quando ele fica fora, é porque é sério.
O técnico Muricy Ramalho conversa com
a equipe de arbitragem depois do jogo
(Foto: Marcos Ribolli)
Pato, Luis Fabiano e Kardec juntos?
-
Aí é difícil. Quem marca, você ou eu? Fiz isso alguns minutos em
Curitiba, mas ficou embolado porque ninguém quer sair para o lado. O
Kardec é quem se adapta melhor nesse sentido, o Luis é impossível porque
tem de jogar perto da área. É difícil jogar assim. É bonito, muito
legal, mas para quem não está aqui.
Saída de Luis Fabiano
-
Ele precisa evoluir. Estamos fazendo um plano para ele. Nesse mês todo,
fez vários jogos com os meninos da base. Agora é colocar aos poucos.
Ele precisa entrar em ritmo de jogo. Nos jogos-treino, os meninos não
chegam junto, deixam ele dominar, dão espaço. Num jogo oficial é
diferente. Só saiu porque ainda não está 100% para jogar uma partida
inteira.
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