A CRÔNICA
por
Juliano Costa
O Corinthians venceu o São Paulo de virada, por 3 a 2, no primeiro
clássico Majestoso da história da Arena, em Itaquera, na tarde deste
domingo, pela 23ª rodada do Brasileirão. O peruano Paolo Guerrero foi o
melhor em campo, mas não será ele o principal personagem nas conversas
entre torcedores nesta segunda-feira. Com dois pênaltis a favor do
Corinthians e duas expulsões (uma de cada lado), o árbitro Luiz Flávio
de Oliveira foi apontado pelos são-paulinos como o grande responsável
pelo placar.
- O que faltou pra gente? Faltou ter o árbitro do nosso lado. Ele conseguiu o que queria, está de parabéns - ironizou o volante Souza.
- Isso é uma vergonha, o Sheik está certo - emendou o meia Ganso, se referindo a críticas do botafoguense Emerson à CBF.
- A arbitragem decidiu o jogo - completou o meia Kaká.
Mas, na opinião do comentarista de arbitragem da TV Globo, Arnaldo Cezar Coelho, Luiz Flávio acertou em todos os lances capitais: os dois pênaltis e as duas expulsões.
O resultado levou o Corinthians a 40 pontos, dois a menos que o São
Paulo. O Timão se mantém em quarto, e o Tricolor, em segundo, com o
Inter em terceiro (41). Os três seguem na caça ao Cruzeiro, que perdeu
para o Atlético-MG e parou nos 49.
A rivalidade provocou tensão. Dentro do estádio, provocações homofóbicas dos dois lados predominaram durante todo o jogo. O público foi de 34.688 pagantes, com renda de R$ 2.405.986,50.
Em campo, duas ausências de última hora: Elias, com uma amigdalite, e Rogério Ceni, que não se recuperou de uma tendinite no joelho esquerdo. Foram substituídos por Danilo e Denis, respectivamente. Alexandre Pato e Jadson, envolvidos numa troca entre os clubes no início do ano, também não jogaram, por conta de uma cláusula em seus contratos de empréstimo.
Os dois times voltam a jogar na quarta-feira, às 22h. No Morumbi, o São Paulo recebe o Flamengo. Já o Corinthians vai a Florianópolis para encarar o Figueirense.
O jogo
Os três gols da etapa inicial surgiram em lances de bola parada, e dois tiveram polêmica. O São Paulo abriu o placar aos 5, em falta muito contestada pelos corintianos. No lance, Kardec tentou passar por Fagner, trombou com o lateral e caiu. Na cobrança, Kaká mandou na área, a zaga corintiana se atrapalhou, e Souza aproveitou para marcar. O empate veio num pênalti igualmente contestado pelos são-paulinos: após finalização de Malcom e rebote de Denis, a bola bateu na mão de Antônio Carlos, que vinha na corrida. Na análise do comentarista Arnaldo Cézar Coelho o árbitro Luiz Flávio de Oliveira acertou ao marcar o pênalti. Fábio Santos converteu e empatou. O único gol não polêmico veio em outra cobrança de falta de Kaká, já aos 44. O meia ergueu na área, e Edson Silva, sozinho, completou para a rede.
O curioso é que as duas únicas finalizações do São Paulo em todo o jogo resultaram em gol. O Corinthians, que teve mais posse de bola (52% a 48%), também finalizou mais: seis vezes até o intervalo. Guerrero, movimentando-se muito e criando espaços para os companheiros, era o destaque - principalmente após a saída de Toloi, machucado, para a entrada de Antônio Carlos, visivelmente sem ritmo de jogo e levando a pior no duelo com o corintiano.
O Corinthians chegou ao empate aos 20 minutos do segundo tempo. Em
contra-ataque iniciado por Malcom, Guerrero invadiu a área e, na hora de
finalizar, recebeu um carrinho de Alvaro Pereira - jogada que parece
ter virado a marca registrada do uruguaio. Com o pé do são-paulino quase
na cintura do corintiano, Luiz Flávio de Oliveira marcou o pênalti e
expulsou Alvaro Pereira. Fábio Santos, mais uma vez, bateu com precisão:
2 a 2.
A virada veio aos 28 minutos e num bonito lance. Guerrero tabelou com Danilo, recebeu na área e, com leve toque, bateu sem chances para Dênis. Um golaço.
Em vantagem no placar e com um jogador a mais, o Corinthians passou a tocar mais a bola, tentando fazer o tempo passar. Mas a expulsão de Fábio Santos por carrinho em Osvaldo voltou a agitar o jogo. O São Paulo se mandou todo ao ataque. Kardec criou a melhor chance, ajeitando de calcanhar para Michel Bastos bater, mas sem sucesso. Melhor para o Corinthians, que se recupera de seguidos tropeços, vence e cola no rival, pulando para 40 pontos, só dois a menos do que o São Paulo. E a nove do líder Cruzeiro.
- O que faltou pra gente? Faltou ter o árbitro do nosso lado. Ele conseguiu o que queria, está de parabéns - ironizou o volante Souza.
- Isso é uma vergonha, o Sheik está certo - emendou o meia Ganso, se referindo a críticas do botafoguense Emerson à CBF.
- A arbitragem decidiu o jogo - completou o meia Kaká.
Mas, na opinião do comentarista de arbitragem da TV Globo, Arnaldo Cezar Coelho, Luiz Flávio acertou em todos os lances capitais: os dois pênaltis e as duas expulsões.
São-paulinos reclamam com Luiz Flávio,
após pênalti e expulsão de Pereira
(Foto: Marcos Ribolli)
saiba mais
A rivalidade provocou tensão. Dentro do estádio, provocações homofóbicas dos dois lados predominaram durante todo o jogo. O público foi de 34.688 pagantes, com renda de R$ 2.405.986,50.
Em campo, duas ausências de última hora: Elias, com uma amigdalite, e Rogério Ceni, que não se recuperou de uma tendinite no joelho esquerdo. Foram substituídos por Danilo e Denis, respectivamente. Alexandre Pato e Jadson, envolvidos numa troca entre os clubes no início do ano, também não jogaram, por conta de uma cláusula em seus contratos de empréstimo.
Os dois times voltam a jogar na quarta-feira, às 22h. No Morumbi, o São Paulo recebe o Flamengo. Já o Corinthians vai a Florianópolis para encarar o Figueirense.
O São Paulo abriu o placar no primeiro
tempo com Souza (Foto: Marcos Ribolli)
Os três gols da etapa inicial surgiram em lances de bola parada, e dois tiveram polêmica. O São Paulo abriu o placar aos 5, em falta muito contestada pelos corintianos. No lance, Kardec tentou passar por Fagner, trombou com o lateral e caiu. Na cobrança, Kaká mandou na área, a zaga corintiana se atrapalhou, e Souza aproveitou para marcar. O empate veio num pênalti igualmente contestado pelos são-paulinos: após finalização de Malcom e rebote de Denis, a bola bateu na mão de Antônio Carlos, que vinha na corrida. Na análise do comentarista Arnaldo Cézar Coelho o árbitro Luiz Flávio de Oliveira acertou ao marcar o pênalti. Fábio Santos converteu e empatou. O único gol não polêmico veio em outra cobrança de falta de Kaká, já aos 44. O meia ergueu na área, e Edson Silva, sozinho, completou para a rede.
O curioso é que as duas únicas finalizações do São Paulo em todo o jogo resultaram em gol. O Corinthians, que teve mais posse de bola (52% a 48%), também finalizou mais: seis vezes até o intervalo. Guerrero, movimentando-se muito e criando espaços para os companheiros, era o destaque - principalmente após a saída de Toloi, machucado, para a entrada de Antônio Carlos, visivelmente sem ritmo de jogo e levando a pior no duelo com o corintiano.
Ex-são-paulino Fábio Santos comemora
um de seus dois gols de pênalti
(Foto: Marcos Ribolli)
A virada veio aos 28 minutos e num bonito lance. Guerrero tabelou com Danilo, recebeu na área e, com leve toque, bateu sem chances para Dênis. Um golaço.
Em vantagem no placar e com um jogador a mais, o Corinthians passou a tocar mais a bola, tentando fazer o tempo passar. Mas a expulsão de Fábio Santos por carrinho em Osvaldo voltou a agitar o jogo. O São Paulo se mandou todo ao ataque. Kardec criou a melhor chance, ajeitando de calcanhar para Michel Bastos bater, mas sem sucesso. Melhor para o Corinthians, que se recupera de seguidos tropeços, vence e cola no rival, pulando para 40 pontos, só dois a menos do que o São Paulo. E a nove do líder Cruzeiro.
Guerrero, o melhor em campo, cumprimenta
Mano Menezes ao ser substituído
(Foto: Marcos Ribolli)
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