sábado, 23 de agosto de 2014

Para Levir, vitória “reafirma esperança do Galo de chegar entre os primeiros”

Treinador destaca time mais forte em casa e diz que ainda busca um conjunto para ter uma equipe titular


Por Belo Horizonte

 

A vitória de 1 a 0 sobre o Internacional, com gols de Diego Tardelli, aos 36 minutos do segundo tempo, foi bastante comemorada pelos torcedores do Atlético-MG, no Independência (confira os principais lances da partida no vídeo acima). Satisfeito com o resultado, obviamente, o técnico Levir Culpi adotou um discurso de cautela para conter a euforia atleticana, já que o Galo, assim como venceu, teve chances de sair de campo com a derrota.

Segundo o treinador, assim como houve muita comemoração após o triunfo deste sábado e uma sensação de ter convencido, principalmente por ter batido o vice-líder do Brasileirão, Levir disse que, caso o Atlético-MG fosse derrotado, o que para ele poderia ter acontecido, os comentários seriam de que a crise estava instalada no clube. Desta forma, Levir chama a atenção para a sequência do trabalho, e a necessidade de conseguir encontrar um conjunto.

O time jogou bem, com aquela garra. Foi uma noite completa para todos nós.
Levir Culpi

- A importância da vitória (dada pelas pessoas) é inversamente proporcional a importância da derrota. O Inter podia ter vencido o jogo, e eles tiveram duas chances. Se fizessem os dois gols... Todo mundo sairia vaiado de campo, uma coisa maluca, que faz parte da nossa cultura, seria crise no Atlético-MG. Agora que venceu, convenceu? Pelo contrário, cinco jogadores que são titulares não jogaram. Não temos um time ainda que a gente possa repetir e dar tranquilidade. Temos que buscar o conjunto, temos um longo caminho pela frente. A vitória sobre o segundo colocado, e como foi, pois não foi casual, foi merecida, e apenas reafirma a nossa esperança de chegar entre os primeiros.

Questionado se o time mostrou, contra o Internacional, a tal maturidade que os jogadores do Galo disseram que faltou após o empate com o Figueirense e a derrota para o Flamengo, quando o Atlético-MG abriu o placar e não soube administrar a vantagem, Levir Culpi preferiu relacionar cada resultado com as situações de cada partida.

- Vou te responder que não. Sabe por quê? Os gols acontecem em circunstâncias que a gente não pode controlar. Como aquele gol do Figueirense, por exemplo, no fim do jogo. São situações que transformam o andamento do jogo e o resultado. O que achei mais interessante (contra o Internacional) foi o que os jogadores já estão fazendo, se empenhando, estão bem na parte física. Não deixamos o Inter ficar confortável. Isso nos ajudou a ter o domínio. Empatamos com a Chapecoense com um gol no final, tivemos dois gols contra a nosso favor no jogo com o Atlético-PR. O time jogou bem, com aquela garra, e foi uma noite completa para todos nós.

Levir Culpi, Atlético-MG X Internacional (Foto: Bruno Cantini )
Para Levir Culpi, apesar da vitória sobre 
o Inter, ainda falta conjunto ao time do 
Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini )

Levir gostou da maneira diferente como os jogadores do Atlético-MG tocaram a bola no Independência. O fato foi relacionado ao apoio da torcida, algo que, segundo ele, foi sentido na derrota de 2 a 1 para o Flamengo, no Maracanã, quando o adversário foi empurrado pelos seus fãs. Além disso, o treinador comentou sobre as vaias de parte da torcida ao lateral Alex Silva, e disse que é preciso apoiar o jovem jogador.


saiba mais

- Foi visível. Tivemos um jogo regular contra o Flamengo, mas eles tiveram o apoio da torcida, como tivemos hoje. Eles roubaram muitas bolas nossas. Isso foi um diferencial. Hoje o time tocou mais a bola, sem medo de errar.
O Alex, o mais novo talvez, sofreu uma pressão, difícil de entender também. Tem um empenho físico muito bom, e está fazendo parte do time agora, tem que ter o apoio de todo mundo. Tem que dar força, para ele jogar tranquilo. Mas mostrou personalidade, teve uma atuação mais segura, o que é importante para a sequência. Ele deve jogar a próxima partida também.

Por fim, o treinador atleticano falou das mexidas que fez no decorrer da partida, e, de maneira descontraída, revelou até a ansiedade que viveu no momento das modificações, quando pediu para que quem entrasse resolvesse o jogo, que estava empatado em 0 a 0.

- Fiz as três mudanças, para manter o time num estado físico alto, numa alta rotação, e tirei o atacante fixo (André) e depois coloquei um atacante fixo (Jô). São situações que a gente nunca sabe se vai dar certo. Chamei os caras com uma convicção danada, disse “vai lá e resolve esse negócio”. Mas depende muito do que acontece no jogo, são situações que a gente discute no banco, e temos que tomar as decisões e acreditar.

O Atlético-MG volta a jogar pelo Campeonato Brasileiro, no próximo domingo, às 16h (de Brasília), contra o Coritiba, no Couto Pereira. Antes disso, o Galo enfrenta o Palmeiras, na primeira partida das oitavas de final da Copa do Brasil, quarta-feira, às 22h, em São Paulo.


FONTE:

Nenhum comentário: