Sem Thiago Silva contra a Alemanha e com Neymar fora da Copa, técnico volta a enfrentar problemas em jogos importantes e aposta em histórico de superação
Sem Thiago Silva, suspenso, e Neymar, fora da Copa do Mundo por conta de uma fratura na vértebra, Luiz Felipe Scolari
terá de lidar com uma situação conhecida em sua carreira na semifinal
desta terça-feira, diante da Alemanha: a de ter desfalques importantes
em partidas decisivas. As ausências do capitão e do artilheiro no
Mineirão fazem o técnico se lembrar do argentino Barcos, do paraguaio
Arce, do brasileiro naturalizado português Deco e até de Ronaldinho
Gaúcho.
O R10 usava a camisa 11 no Mundial de 2002,
quando decidiu as quartas de final contra a Inglaterra com um gol e uma
assistência, mas foi expulso no jogo e desfalcou o time no duelo com os
turcos, pela semi (relembre no vídeo acima). Ao contrário de Neymar,
Ronaldinho não era o protagonista daquela Seleção, que teve os
brilhantes desempenhos de Ronaldo e Rivaldo. Mas era o mais talentoso
dos coadjuvantes.
Em seu lugar entrou Edilson, que,
coincidentemente, se encontrou com a Seleção antes e depois da partida
diante da Colômbia e da lesão na vértebra de Neymar, justamente a
convite de Felipão. O Brasil venceu por 1 a 0 e foi à decisão para
superar a Alemanha.
Felipão durante treino da Seleção em
Teresópolis (Foto: EFE)
O
treinador, que chegou à terceira semifinal de Copa do Mundo em sua
terceira participação, sofreu também em 2006, quando comandou Portugal.
Nas oitavas de final, eliminou a Holanda em jogo tenso que teve
expulsões de Costinha e do meia Deco, uma das maiores referências
daquela equipe ao lado do capitão Figo e de um ainda jovem Cristiano
Ronaldo (veja abaixo).
Portugal,
mesmo assim, levou a partida para os pênaltis e bateu a Inglaterra,
chegando à semifinal. Mais um triunfo do comandante, que viveu situação
semelhante no Palmeiras há dois anos.
O
argentino Barcos era o grande nome da equipe na final da Copa do Brasil
contra o Coritiba, mas uma crise de apendicite tirou o Pirata da
decisão. Entrou Betinho, “patinho feio” daquele ataque, e fez o gol do
título no Couto Pereira (veja acima).
Foi a
segunda vez que Scolari sofreu nesse mesmo torneio com um titular
estrangeiro pelo clube paulista. Em 1998, o lateral-direito Arce não
participou da final frente ao Cruzeiro porque estava convocado para
defender a seleção paraguaia na Copa do Mundo. O início da preparação
conflitava com as últimas emoções do torneio.
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Zagueiro
da seleção brasileira naquele mesmo ano, Júnior Baiano também desfalcou
o Palmeiras. Foi substituído por Roque Jr., que conquistaria a
confiança do técnico a ponto de ser titular no penta em 2002. Com Neném
na vaga de Arce, o Palmeiras foi campeão.
No Palmeiras, Felipão também teve
desfalque importante há dois anos
(Foto: Cesar Greco/Foto Arena/
Agência Estado)
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