Provável substituto de Thiago Silva, zagueiro reencontrará sete companheiros de Bayern de Munique na semifinal desta terça-feira: “Time joga junto há muito tempo”
Dante, 30 anos,
deverá fazer a sua estreia em Copas do Mundo contra alguns de seus melhores
amigos no futebol. Para alguns, sentimentos contraditórios, de poder lidar com
a felicidade sabendo que ficará triste pelo próximo. Para ele, um baita de um
motivo para sorrir - não importa o que aconteça no gramado do Mineirão na
próxima terça-feira, às 17h (de Brasília), contra a Alemanha, pela primeira semifinal do Mundial.
Dante ao lado do goleiro Neuer, seu
companheiro no Bayern
(Foto: Getty Images )
O provável
substituto do capitão Thiago Silva (suspenso) na seleção brasileira
reencontrará sete companheiros de Bayern de Munique. São eles o goleiro Manuel Neuer, o zagueiro Jérôme
Boateng, o lateral Philipp Lahm, o volante Bastian Schweinsteiger, os meias Toni
Kroos e Mario Götze e o atacante Thomas Müller. Desses, apenas Götze chegou na
última temporada - todos os outros passaram dois anos com o camisa 4 bávaro.
saiba mais
- Bronzeado, Schweinsteiger quer
provar que Deus não é só brasileiro - Domingo alemão: descanso, treino
fechado e mistério sobre LahmLevantar troféus foi uma atração em seu clube. Dante e seus amigos se sagraram campeões da Supercopa Alemã, Campeonato Alemão (duas vezes), Liga dos Campeões, Copa da Alemanha (duas vezes), Supercopa Europeia e Mundial de Clubes. Só Brasil ou Alemanha alimentarão o sonho de ter a taça mais cobiçada do mundo em casa - quem vencer enfrenta Holanda ou Argentina na decisão de 13 de julho, no Maracanã.
- Seria a melhor
sensação do mundo. Não há nada melhor para mim do que jogar um jogo de Copa do
Mundo no Brasil contra a Alemanha, onde eu vivi e vivo há um bom tempo. Estou
ansioso pela partida – disse ao site da “Bundesliga”.
Brasileiro cumprimenta Kroos, mais
um titular absoluto da Alemanha
(Foto: Getty Images )
Mensagem de boa sorte
Já sabendo de
sua provável condição de titular desde a sexta-feira, Dante destrinchou as
qualidades do próximo rival brasileiro. Sobraram elogios, faltaram palavras
para comunicar alguma fraqueza exposta - o que o defensor prefere deixar para o
íntimo do vestiário.
- Destaco a experiência que eles têm. Nos
últimos quatro Mundiais eles passaram pelas semifinais. É um time que tem muita
experiência e joga junto há muito tempo. Temos que ter muito cuidado. Falei e
desejei boa sorte em outros jogos com o Schweinsteiger. Trocamos algumas
mensagens há alguns dias, mas nada demais. Tenho muito respeito. O pessoal não
é muito disso, de brincadeiras e provocações. Espero que o Brasil saia vencedor
e vá para a final. Conheço bem. Já joguei várias vezes com eles e várias vezes
contra alguns deles. São todos grandes jogadores. Vale salientar que os
atacantes são imprevisíveis.
- Sabemos que a
Alemanha está em grande forma e jogou muito, muito bem contra a França. Todos
os jogadores são habilidosos e a grande arma deles é a capacidade de lidar com
qualquer situação numa partida, mesmo se estão sob pressão. Eles estão
acostumados com o calor e o gramado, mas talvez os torcedores possam nos dar apoio
na terça-feira. Estamos em casa, o que tem de ser uma vantagem.
Recíproca verdadeira
Se Dante não teimou
em agraciar o rival, Schweinsteiger fez o mesmo. Um dos mais próximos ao
zagueiro e à cultura brasileira, o meio-campista sabe o que lhe espera na
terça-feira.
- Eu ficaria muito
feliz se ele pudesse jogar. Ele merece muito uma chance, até porque é uma
pessoa de muito caráter. Eu nunca o vi um dia sequer triste nos treinamentos
(em Munique). Ele está sempre feliz, sempre alegre, por isso ele merece a
chance, definitivamente. A nossa vantagem é que a gente o conhece muito bem,
tanto os seus pontos fortes, como os seus pontos fracos, assim como ele conhece
bastante a gente também, exceto o Müller, que é um jogador imprevisível e a
gente nunca sabe o que ele vai fazer.
Schweinsteiger quer ver amigo em
campo nesta terça
(Foto: Getty Images)
Schweini, porém,
lembrou que o futebol praticado pelo Brasil passa longe de ser imbatível. Ou
até mesmo encantador como em outros tempos.
- Concordo que
existam algumas faltas muito duras. Nós temos a imagem do jogo brasileiro como
se fossem 11 artistas em campo, mas o futebol mudou. Não há mais aquelas
jogadas mirabolantes. São todos guerreiros, lutam em campo e temos que nos
preparar pra isso – encerrou.
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