No jogo de vida ou morte, seleção bate a Itália em Milão por 3 a 1 e leva a melhor na briga com a Polônia pela última vaga do grupo na próxima fase da competição
Vaga sofrida que, por vezes, pareceu muito distante do alcance das mãos. Com uma campanha pontuada pela falta de consistência e perda de confiança, o Brasil amargou derrotas seguidas. Aos olhos dos rivais, não parecia tão ameaçador como em outros tempos. Mas Bernardinho acreditava no trabalho, confiava numa reação do grupo. Queria ver seus pupilos saírem do momento difícil e mostrarem força. E a chance seria essa, exatamente na última rodada. Com unhas e dentes, a equipe comprou o desafio e pôs fim ao sufoco.
Brasil se impôs na partida contra a
Itália (Foto: FIVB)
- Depois de um início ruim, colocamos na cabeça que precisávamos melhorar muito, trabalhar firme e ainda mais e isso é o retrato do que nos sacrificamos. Agora colhemos o fruto de chegar a Fase Final, mas não queremos parar por aqui de jeito nenhum, já que sabemos que temos muito ainda a crescer. Isso é a demonstração de que temos um grupo forte, de caráter. Queremos ir mais longe, sem dúvida - disse Bruninho.
O ponteiro Lucarelli foi o maior pontuador do confronto, com 17 acertos. Wallace (15), Lucão (12) e Murilo (10) também se destacaram. Do outro lado, Zaytsev foi responsável por 14.
- Brinco que estávamos com o coração quase parando, mas conseguimos sobreviver e agora vamos ainda muito mais fortes, cheios de vida, para a fase final - comemorou Lucarelli.
Lucão passa pelo bloqueio do capitão
Birarelli (Foto: FIVB)
O jogo
Zaytsev deu de cara com uma parede logo em seu primeiro ataque. Lucão disse presente. A arquibancada prendia a respiração ao ver seu principal jogador levar a mão ao tornozelo. Apesar do susto, Zaytsev voltava à quadra. Seus companheiros forçavam o saque para tentar roubar dos visitantes o comando do placar. A tática dava certo, mas rapidamente os dois pontos de diferença viravam pó. Bem na cobertura e no passe, o Brasil deixava o jogo equilibrado novamente. A passagem de Sidão pelo saque fazia estragos e dava à equipe a vantagem de 17/15. Parodi contava com a sorte para garantir o empate, com o saque batendo na fita e caindo sem defesa na quadra brasileira (22/22). Se a primeira oportunidade de fechar o set havia sido desperdiçada, Murilo tratava de aproveitar a segunda: 27/25. Os italianos não gostaram, reclamavam com a arbitragem sem ter a resposta desejada.
Na retomada da partida, os donos da casa faziam 5/1. Sacavam melhor e quebravam o passe da seleção. A diferença iam caindo. O empate chegaria após um ataque para fora de Piano (12/12). O Brasil queria aproveitar o bom momento. Bruninho confiava em todas as bolas e, com o pé, mantinha uma jogada viva. Mas o ponto acabava indo para a conta da Azzurra. As falhas brasileiras faziam os comandados de Mauro Berruto respirar. Mais preciso, o time desgarrava e deixava tudo igual: 25/18.
A Azzurra estava disposta a colocar um freio no time de Bernardinho. Não tinha sucesso. Os adversários seguiam concentrados, imunes à pressão da torcida e das investidas da Itália (19/13). A essa altura não havia mais o que ser feito. Só assimilar a derrota e cumprimentar os jogadores brasileiros na rede: 25/16.
- Meu time deu um passo à frente se comparado ao jogo anterior, mas não foi o suficiente. Foi uma partida muito nervosa e o Brasil, que está numa fase de crescimento, jogou melhor e mereceu ganhar - afirmou Mauro Berruto.
As equipes
Itália - Travica, Zaytsev, Birarelli, Piano, Kovar, Parodi e Rossini (líbero). Entrou: Vettori. Técnico: Mauro Berruto.
a campanha da seleção
Brasil 1 x 3 Itália
Brasil 3 x 0 Polônia
Brasil 0 x 3 Polônia
Brasil 3 x 2 Irã
Brasil 0 x 3 Irã
Irã 3 x 2 Brasil
Irã 2 x 3 Brasil
Polônia 3 x 1 Brasil
Polônia 0 x 3 Brasil
Itália 1 x 3 Brasil
Itália 1 x 3 Brasil
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário