Após fim do projeto do Campinas, oito bicampeãs olímpicas se veem sem mercado no Brasil por causa de mudança na regra de ranqueamento: "Não tem espaço para todas"
Thaisa está na briga contra a mudança no ranking (Foto: João Pires/ FotoJump/ Divulgação)
Está difícil a situação das principais jogadoras do
vôlei brasileiro. Depois do anúncio do fim do projeto do Campinas, oito campeãs
olímpicas viram o mercado diminuir entre as equipes da Superliga. Um quadro que
foi agravado pela mudança no sistema de ranking para a próxima temporada. Para
não terem de deixar o vôlei brasileiro, as jogadoras iniciaram uma campanha
contra o ranqueamento. Nesta quarta-feira, a central Thaisa pediu para as
equipes reverem essa regra.
Até a temporada 2013/14, cada equipe poderia ter três jogadoras de nível 7, sendo que quatro equipes tinham condições de bancar a contratação de uma estrela campeã olímpica - o Rio de Janeiro, o Sesi-SP, o Osasco e o Campinas. Sem a equipe campineira e com as novas regras, há apenas seis vagas para oito jogadoras - além de Thaisa, Sheilla, Jaqueline, Fabiana, Dani Lins, Natália, Tandara e Fernanda Garay são as jogadoras de nível máximo. O ranking foi criado para equilibrar as equipes, mas não evitou uma longa hegemonia de Rio de Janeiro e Osasco, só quebrada este ano pelo Sesi.
- Ter ranking pode ser válido, acho que ninguém aceitaria não ter. Mas do jeito que está, com esta restrição, está muito ruim. A gente fica sem poder de negociação, não tem espaço para todas. Acho que pode ter um limite de pontuação por equipe, mas não restringir o número de atletas 7 pontos. Não temos times para pagar estas oito atletas. Os clubes têm que pensar nisso - disse Thaisa.
Sheilla vê vôlei internacional como saída no momento (Foto: João Pires/ FotoJump/ Divulgação)
- Acho um absurdo os clubes votarem, isso acaba prejudicando as atletas. São os clubes quem nos pagam, mas nossa carreira é curta e nós dependemos de um bom salário para montar um pé de meia para o futuro. Do jeito que está, temos que acabar indo para o exterior declarou - disse a oposta.
A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) propôs aos clubes o fim do ranking, mas os times decidiram não apenas mantê-lo como também restringir ainda mais o número de jogadoras de nível 7 por equipe. A ponteira Jaqueline vê a situação como uma briga de clubes.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/04/thaisa-pede-revisao-do-ranking-para-evitar-debandada-da-superliga.html
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