Atleta francês conheceu a esposa acreana na Irlanda, casaram-se na França, mas
decidiram fixar moradia em Rio Branco (AC), investindo na culinária francesa
Jogador Bapstite Coupard nasceu na Normandia. Atualmente joga pelo Galvez (Foto: Quésia Melo)
- Quando cheguei aqui, achei ruim por ter que deixar o esporte, principalmente porque era um problema de documentação, mas por fim estou feliz aqui no Galvez, sei que vai dar certo e ganharemos o título do estadual - destaca. O defensor estreou com a camisa do Imperador no último sábado (22), quando o time perdeu por 2 a 1 para o Rio Branco, em partida válida pelo estadual.
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Coupard, chamado pelos colegas por 'Francês', joga bola desde os cinco anos e atuou em clubes pequenos na França e na Espanha, onde morou por dois anos. O zagueiro sempre preferiu o futebol, mas segundo ele, nas escolas francesas o esporte não é praticado e chega a ser proibido já que se pratica fora do horário escolar.
Francês estreou no último sábado com
a camisa do Galvez (Foto: João
Paulo Maia)
- Nas escolas da França não se pode jogar futebol, os professores alegam que os alunos já praticam muito o esporte do lado de fora e que é preciso praticar algo diferente. Não é como aqui, onde qualquer lugar se joga bola. Acho bem melhor assim, se a pessoa quer jogar bola então deixa jogar bola. Lá jogávamos Rugby, gosto muito, é um esporte muito bom, mas prefiro o futebol - ressalta.
Paris das maravilhas
Baptiste e a esposa Waléria na lanchonete de comida francesa (Foto: Quésia Melo)
- Todos pensam que nos conhecemos na França, mas nós fomos morar lá depois de nos conhecermos na Irlanda. Lá nós casamos e em seguida fomos morar na Espanha. Quando descobri a gravidez, voltamos para a França e moramos lá por dois anos e meio antes de vir para o Brasil - explica Waléria.
A ideia de fixar moradia no Acre surgiu quando trouxeram a filha Julia, de 3 anos, para conhecer os avós brasileiros. Os pais de Waléria insistiram para que ela e o marido ficassem no estado. Além disso, Coupard não queria mais residir na França.
Pratos são preparados pelo casal com
temperos enviados da França pela
mãe do jogador (Foto: Quésia Melo)
- Quando sentamos para fazer o cardápio, decidimos que o principal seria o famoso Crepe Francês. O acreano conhece muito o crepe suíço e não conhece o francês, que é o original, que lembra muito uma panqueca. Temos também o Wafle e o Croc, uma espécie de misto-quente francês, mas o que muda é que é de forno e tem uma cremosidade porque a culinária francesa é molho, tudo leva molho e muda completamente o prato - ressalta.
Waléria Mendes já havia feito um curso de culinária quando viajou para França, além de ter recebido os segredos culinários da sogra, mãe de Coupard, ainda na Europa. O jogador cozinhava apenas para si mesmo, não tinha experiência em cozinhar para várias pessoas e também pensava nas dificuldades de abrir uma lanchonete, mas diz que logo descobriu que não era tão difícil assim.
- Aqui, quem sabe fazer, quem sabe cozinhar, vai lá e abre. Na França não é assim, é preciso muito dinheiro, existe muita burocracia com o governo e vai ficando tudo muito complicado - explica Baptiste.
Croc e Crepe Francês são os pratos mais procurados. (Foto: Quésia Melo)
- Tivemos uma aceitação muito boa, abrimos com casa cheia e trabalhamos muito todos esses meses, já temos até clientes fixos e encomendas. O nosso público em sua maioria é de pessoas que já viajaram para a Europa ou tem vontade de conhecer o continente europeu, pessoas que já conheceram outras culturas e simpatizaram com o lanche - conta Waléria.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/ac/noticia/2014/03/zagueiro-e-chef-jogador-frances-se-divide-entre-campo-e-cozinha-no-acre.html
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