Treinador diz que vitória sobre Volta Redonda não foi brilhante, mas serviu para superar vexame contra Horizonte. Confrontos com Vasco são definidos como difíceis
A
semana foi conturbada. Depois da derrota, o Flu conviveu com protestos
da torcida. Sexta, sábado e até domingo foram de manifestações
contrárias à direção e jogadores. Por isto, o alívio com a vitória.
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O mais importante é ter atenção, atitude e comprometimento, como foi
hoje (domingo). O que não pode é ter o pensamento que teve na Copa do
Brasil. Aquilo não existe. Mas veio em boa hora para ser um alerta. Foi
um jogo no qual Volta Redonda não tinha nada a perder. Era franco
atirador. Atuou tranquilo. Nós tínhamos a obrigação de ganhar para ter a
vantagem. Não foi brilhante, mas teve entrega – resumiu Renato ao
lembrar que o adversário não tinha chances de classificação e não corria
risco de rebaixamento.
De acordo com o treinador,
não há favorito na semifinal. Ele fez questão de elogiar o Vasco, que
terminou a Taça Guanabara em terceiro – o Flu foi segundo, com 31
pontos, e por isto, atua por dois empates.
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Enfrentamos o Vasco há pouco. Conhecemos bem a equipe deles, assim como
nos conhecem bem também. São dois jogos difíceis. Vamos jogar para
vencer. Precisamos esquecer a vantagem. Respeitamos o Vasco e vamos
jogar. São dois jogos e não podemos de maneira alguma perder a vantagem.
Temos que procurar um bom resultado no primeiro jogo – completou o
comandante.
Renato se disse feliz pela marca de 200
jogos – é o quarto treinador mais longevo do Tricolor. O único momento
em que mostrou incômodo foi sobre a notícia de que voltou de jatinho
particular do Ceará na quinta-feira.
A Ferj ainda
não confirmou as datas da semifinal. É provável que a primeira partida
seja na quinta-feira no Maracanã. O segundo, domingo, no mesmo estádio. O
Fluminense se reapresenta nesta segunda-feira à tarde nas Laranjeiras e
começa a preparação para o clássico.
Confira a íntegra da entrevista
Avaliação do jogo
Foi
um jogo no qual Volta Redonda não tinha nada a perder. Era franco
atirador. Atuou tranquilo. Nós tínhamos a obrigação de ganhar para ter a
vantagem. Eles começaram fechados. Fomos criando. Furamos a retranca
com o Waltinho. Aproveitamos melhor as oportunidades no segundo tempo e
ganhamos. O mais importante foi a entrega. Foi bom para ter a vantagem.
Qual o tamanho da vantagem?
A
vantagem é muito boa, mas não quer dizer que o Fluminense já passou.
São dois jogos complicados. Mas a vantagem sempre é bem-vinda. Falei o
quanto era importante. Conseguimos. Vamos nos preparar para a
semifinal.
A derrota de quinta ainda incomoda?
A
derrota de quinta-feira foi porque a equipe não entrou com a atenção
devida. Havia falado na preleção que era uma Copa do Mundo para o
Horizonte. Não jogamos nada e merecemos a derrota. Você aprende com os
erros. Conversei bastante no dia seguinte, no sábado e na preleção de
hoje. Entenderam que precisavam voltar a jogar bem. Não foi brilhante,
mas teve empenho e atitude. Precisávamos disso.
Quais os perigos do Vasco?
Enfrentamos
o Vasco há pouco. Conhecemos bem a equipe deles, assim como nos
conhecem bem também. São dois jogos difíceis. O mais importante é ter
atenção, atitude e comprometimento, como foi hoje. O que não pode é ter o
pensamento que teve na Copa do Brasil. Aquilo não existe. Mas veio em
boa hora para ser um alerta.
Qual será a postura do Fluminense?
O
jogo é difícil. Vamos jogar para vencer. Precisamos esquecer a
vantagem. Respeitamos o Vasco e vamos jogar. São dois jogos e não
podemos de maneira alguma perder a vantagem. Temos que procurar um bom
resultado no primeiro jogo.
Diguinho e Conca voltam?
O Diguinho ainda sente um pouco o joelho e estava pendurado. O Conca está bem, não sente mais dores. Vão voltar para o time.
Faz tempo que o Fluminense não ganha do Vasco...
Eu
não estava aqui, logo não posso falar nada. Só posso falar do presente,
que foi há uns dias atrás. São dois jogos. É uma semifinal de
Campeonato Carioca. Contra o Flamengo fazia tempo que não vencíamos e
ganhamos. Vai ser difícil, mas queremos passar. Temos que ter
inteligência para chegar na final.
Walter e Fred evoluíram?
A
sequencia vai melhorar com o decorrer do tempo. Eles se procura, sabem
fazer gols. Waltinho voltou a marcar. Depois o fred também. Os dois
preocupam os adversários. É a segunda partida. Terão sequencia para se
conhecer melhor para achar mais o colega. Eles fizeram o que sabem
fazer.
E o retorno de Carlinhos?
Carlinhos foi muito bem. O problema que ele teve é difícil. A volta dele foi importante para ele para o time. Foi bem.
Você pareceu irritado no primeiro tempo... Passou?
Passou
conforme paramos de ter erros infantis. Cometemos erros infantis na
Copa do Brasil e pagamos por eles. Agora é uma fase onde não podemos
mais errar. Um erro pode ser fatal. No início do jogo cometemos erros
infantis e vamos conversar novamente e treinar para que no jogo contra o
Vasco não aconteça novamente.
Se sente orgulhoso pela marca dos 200 jogos?
Estou
muito feliz. É importante fazer 200 jogos na frente de um clube grande
como o Fluminense. Muita gente gostaria de estar no meu lugar. Estou
completando 200 jogos e espero fazer mais.
Como foi Wagner?
O
Wagner é decisivo. Ele entra e desequilibra. Tem entrado bem e feito
gols. Queria que ele e o Conca jogassem juntos contra o Horizonte e hoje
infelizmente não puderam atuar juntos. Todas as equipes do Brasil
queriam ter os dois. Feliz do Fluminense de tê-los. Podem jogar juntos
ou não. O importante é que sempre que precisei dele, ele correspondeu.
Ficou irritado com a notícia de que voltou de jatinho do Ceará?
Me
irritou pois a pessoa que deu a notícia tem de dar todos os fatos. É
fácil dar uma noticia e não dar todos os fatos. Iriamos sair de
Fortaleza às 3h. Tinha outro voo 30 minutos depois. Não tinha lugar para
todo mundo e o grupo foi dividido. Eu estava no segundo voo. Nesse meio
tempo, apareceu a oportunidade do jatinho. Depois de uma derrota
algumas pessoas tentam se aproveitar. Da maneira que se coloca a
noticia... as pessoas interpretam de alguma forma difícil. Não sou
contra dar a notícia, mas a maneira não foi legal. Parece uma coisa que
não é.
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