Campeã da última etapa do Circuito Brasileiro, em Maceió (AL), jogadora se apresenta no CT da seleção brasileira, nesta segunda-feira, em Saquarema
Medalhista de bronze nas Olimpíadas de Londres, pentacampeã brasileira,
dona de sete títulos do Circuito Mundial, dois ouros nos Jogos
Sul-Americanos e quatro medalhas em Mundiais (ouro em Roma 2011, prata
em Berlim 2005 e Stavanger 2009 e bronze em Gstaad 2007). Títulos que
consagram a santista radicada no Ceará como a jogadora brasileira mais
vitoriosa em atividade.
Mas a trajetória de sucesso foi interrompida. Após um corte polêmico, que a afastou de toda a última temporada do Circuito Mundial, Juliana foi convocada pelo técnico Marcos Miranda. Na última etapa do Circuito Brasileiro 2013/2014, em Maceió, no qual sagrou-se campeã ao lado de Maria Elisa, ela evitou falar sobre seleção, mas não escondeu o sentimento de alegria pelo retorno.
- Voltar ao Circuito Mundial é como voltar para minha casa. É a
competição onde os melhores do mundo estão e que diferencia as pessoas. A
bagagem que se traz de uma competição como essa é muito grande. Estou
muito motivada - contou a atleta, a única a subir ao pódio feminino em
todas as etapas da temporada 2012/2013, levando os prêmios de melhor
atacante, melhor bloqueadora e melhor jogadora.
Juliana foi cortada duas vezes da seleção brasileira, em dezembro de 2012 e em maio de 2013. O motivo foram as críticas ao sistema de rodízio de técnicos e parceiras implantado pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para o Circuito Mundial no ano passado. Fora do torneio, a cearense disputou uma etapa do Circuito Russo em julho do ano passado, com a atleta da casa Maria Prokopieva, e foi campeã em Anapa, às margens do Mar Negro.
A espera chegou ao fim. Nesta segunda-feira, Juliana
se apresenta no Centro de Desenvolvimento do Voleibol, em Saquarema
(RJ), a fim de dar início à preparação para o Circuito Mundial 2014. Ao
lado da atual parceira Maria Elisa,
a santista disputará as etapas de abertura da edição de 2014 do
campeonato, na China: o Open de Fuzhou, de 22 a 27 de abril, e, na
semana seguinte, o Grand Slam de Xangai, de 29 de abril a 4 de maio.
- É para isso que eu sempre me motivei. Não sei se vou ser a melhor ou não, procuro fazer meu trabalho bem feito para ter êxito. E não será diferente agora. O filme que se passa traz lembranças muito boas - completou Juliana.
Antes de voltar ao cenário onde se acostumou a brilhar, a jogadora
disputará o Rainha da Praia, no próximo final de semana, no Rio de
Janeiro, e o Superpraia, de 9 a 13 de abril, em Salvador (BA). Uma
maratona para firmar a parceria, que já competiu em 13 torneios. Juliana
e Maria Elisa vivem uma boa fase. Na temporada 2013/2014 do Circuito
Brasileiro, a dupla subiu ao pódio em todas as etapas, com exceção da
carioca, vencendo em São José (SC) e Maceió (AL).
Sacrifício pelo ouro na etapa alagoana
Um título de superação. Foi assim que Juliana definiu a conquista da última etapa do Circuito Brasileiro, nas areias da Praia de Pajuçara, cartão-postal de Maceió (AL). Após sofrer uma "travada" nas costas durante um treino na última quarta-feira, em Fortaleza (CE), a medalhista olímpica precisou ir a um hospital para cuidar da lesão. Às vésperas da estreia, ela ainda era dúvida.
Escondeu o fato e teve uma atuação impecável ao longo da competição. Apesar de ter perdido o título da temporada 2013/2014 para Ágatha e Bárbara, a santista deu uma aula de bloqueio na final contra as rivais, sendo a eleita a melhor jogadora. Nem parecia que estava jogando no sacrifício.
- Saí do treino na quarta-feira e fui direto para o hospital. Minhas costas travaram e eu não conseguia nem andar. Achei que não voltaria mais. Minha família e os meus amigos ficaram muito preocupados. Só tenho a agradecer pelo apoio de todos. Graças ao Julinho, meu fisioterapeuta, consegui jogar.
Mesmo assim, ainda sinto dor o tempo todo. Mas quando o sangue aquece, a gente nem sente. Eu entro em quadra e esqueço dor, calor de 50º C, esqueço tudo. Só penso em ganhar. E depois de todas as dificuldades, fui campeã da etapa. Estou muito feliz. Foi um título de superação - finalizou.
Mas a trajetória de sucesso foi interrompida. Após um corte polêmico, que a afastou de toda a última temporada do Circuito Mundial, Juliana foi convocada pelo técnico Marcos Miranda. Na última etapa do Circuito Brasileiro 2013/2014, em Maceió, no qual sagrou-se campeã ao lado de Maria Elisa, ela evitou falar sobre seleção, mas não escondeu o sentimento de alegria pelo retorno.
Ao lado de Larissa, Juliana conquistou
o heptacampeonato do Circuito
Mundial (Foto: FIVB)
Juliana foi cortada duas vezes da seleção brasileira, em dezembro de 2012 e em maio de 2013. O motivo foram as críticas ao sistema de rodízio de técnicos e parceiras implantado pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para o Circuito Mundial no ano passado. Fora do torneio, a cearense disputou uma etapa do Circuito Russo em julho do ano passado, com a atleta da casa Maria Prokopieva, e foi campeã em Anapa, às margens do Mar Negro.
Juliana conquistou a medalha de
bronze nos Jogosde Londres,
em 2012 (Foto: Agência
Reuters)
- É para isso que eu sempre me motivei. Não sei se vou ser a melhor ou não, procuro fazer meu trabalho bem feito para ter êxito. E não será diferente agora. O filme que se passa traz lembranças muito boas - completou Juliana.
saiba mais
Sacrifício pelo ouro na etapa alagoana
Um título de superação. Foi assim que Juliana definiu a conquista da última etapa do Circuito Brasileiro, nas areias da Praia de Pajuçara, cartão-postal de Maceió (AL). Após sofrer uma "travada" nas costas durante um treino na última quarta-feira, em Fortaleza (CE), a medalhista olímpica precisou ir a um hospital para cuidar da lesão. Às vésperas da estreia, ela ainda era dúvida.
Escondeu o fato e teve uma atuação impecável ao longo da competição. Apesar de ter perdido o título da temporada 2013/2014 para Ágatha e Bárbara, a santista deu uma aula de bloqueio na final contra as rivais, sendo a eleita a melhor jogadora. Nem parecia que estava jogando no sacrifício.
- Saí do treino na quarta-feira e fui direto para o hospital. Minhas costas travaram e eu não conseguia nem andar. Achei que não voltaria mais. Minha família e os meus amigos ficaram muito preocupados. Só tenho a agradecer pelo apoio de todos. Graças ao Julinho, meu fisioterapeuta, consegui jogar.
Mesmo assim, ainda sinto dor o tempo todo. Mas quando o sangue aquece, a gente nem sente. Eu entro em quadra e esqueço dor, calor de 50º C, esqueço tudo. Só penso em ganhar. E depois de todas as dificuldades, fui campeã da etapa. Estou muito feliz. Foi um título de superação - finalizou.
Vice-líder do ranking nacional, Juliana
/Maria Elisa busca firmar dupla no
Circuito Mundial (Foto: Paulo
Frank/CBV)
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário