Bernardinho, sobre crise na CBV: 'É um sentimento de traição e tristeza'

Treinador da seleção masculina demonstra decepção com acusações de corrupção e má gestão de recursos na entidade. Zé Roberto pede esclarecimento dos fatos

Por GloboEsporte.comRio de Janeiro

As denúncias de corrupção e má gestão de recursos na Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) decepcionaram um dos maiores ícones deste esporte. Técnico da seleção brasileira masculina e do time feminino do Rio de Janeiro, Bernardinho demonstrou total descontentamento com o episódio. Nesta sexta-feira, o treinador desabafou em entrevista ao Jornal Nacional.
 

- É um sentimento de traição e tristeza. Porque o voleibol, de uma maneira geral, não merece isso. As pessoas, de alguma forma, viram o voleibol de uma maneira diferente, negativa. Para mim é isso muito triste - afirmou.

Outro a se manifestar sobre o assunto foi José Roberto Guimarães. Técnico do Campinas e da seleção feminina, ele pediu que se faça o devido esclarecimento dos fatos.

 

Bernardinho se disse triste com as acusações de 

corrupção na CBV (Foto: FIVB)

 

- É preciso prestar esclarecimento à sociedade. Todos devem ter acesso. Acho que a melhor coisa é a clareza, a transparência. Se houver um culpado, que seja apontado e banido - disse o treinador.

Nesta sexta-feira, o presidente licenciado da CBV, Ary Graça, entregou carta-renúncia, deixando o comando da entidade após 17 anos. Embora afirme que a saída não tem a ver com a crise, o dirigente deixa a confederação em meio a graves acusações de má gestão.

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A crise começou quando a ESPN veiculou reportagem revelando que a empresa do superintendente geral da CBV, Marcos Pina, tem um contrato para gerir toda a verba de patrocínio que a entidade recebe do Banco do Brasil. Até o fim do contrato, a companhia receberia R$ 10 milhões. Após a acusação, Pina renunciou ao cargo.

Pouco depois, outra reportagem da ESPN apontou que a empresa de Fábio André Azevedo, que foi dirigente da CBV e hoje atua na Federação Internacional de Vôlei (FIVB), teria recebido comissão de R$ 10 milhões para intermediar as negociações do contrato com o Banco do Brasil. 

Ary Graça negou que a CBV tivesse pago por qualquer intermediação.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/03/bernardinho-sobre-crise-na-cbv-e-um-sentimento-de-traicao-e-tristeza.html