A CRÔNICA
por
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Luto em verde, branco e grená: o Fluminense jogará a Série B em 2014. A
bola ainda rolava em Salvador para o confronto com o Bahia quando
chegou a notícia de que todo esforço seria em vão. Com o apito final
para São Paulo 0 x 1 Coritiba, em Itu, pouco importou a vitória de
virada por 2 a 1 na Fonte Nova - gols Samuel e Wagner, enquanto Barbio
abriu o placar. Pela primeira vez na história, um campeão brasileiro
está rebaixado no ano seguinte à conquista.
A queda remete o Fluminense ao período mais triste de sua história, quando caiu por três anos seguidos - 1996 (permaneceria na elite, após virada de mesa), 97 e 98 - e chegou ao fundo do poço na Série C. Desde então, com o retorno direto da Terceira para Primeira Divisão, em 2000, o Tricolor conquistou dois títulos brasileiros e protagonizou uma reação heroica em 2009, mas desta vez não foi possível. Com 46 pontos, a Série B é o destino do 17º colocado na tabela de classificação. Fred, figura maior do elenco carioca, torceu de um camarote, gritou e chorou com o fim trágico de temporada.
O Bahia, por sua vez, só queria saber de festejar. Já salvo da degola depois da vitória sobre o campeão Cruzeiro, há uma semana, o time da Boa Terra viu o torcedor lotar a Fonte Nova e tripudiar sobre o rival carioca. Com 48 pontos, o Esquadrão de Aço termina a competição na 14ª posição.
Flu atrasa, Bahia joga
A necessidade de uma combinação de resultados para evitar a queda fez com que o Fluminense atrasasse o início da partida, assim como aconteceu no jogo que garantiu a salvação em 2009.
Com os jogadores do Bahia já em campo, os cariocas enrolaram no vestiário, e a bola rolou oito minutos depois do horário previsto. A esta altura, o Atlético-PR já tinha feito um gol no Vasco, e o São Paulo pressionava o Coritiba. Cenário interessante para o time das Laranjeiras, que precisava fazer sua parte.
Fazer a sua parte, entretanto, parecia ser exatamente o mais difícil para o Fluminense. Pressionado, não conseguia se impor mesmo com a obrigação de vencer e via um Bahia, tranquilo, dominar as ações. Marquinhos Gabriel, Fernandão e William Barbio colocavam correria no ataque, enquanto o time carioca se mostrava refém de chutes de Rafael Sobis ou bolas aéreas. Na melhor chance, o peso da responsabilidade parece ter influenciado a postura do jovem Kenedy, que preferiu tentar o cruzamento em vez de chutar. Neste instante, Lucas Claro abriu o placar para o Coritiba, em resultado que decretava a queda do Flu.
Se o Tricolor carioca parecia apático, o Bahia jogava solto. Herói na semana passada, contra o Cruzeiro, Talisca travou um duelo com Diego Cavalieri, que impediu o gol em três chutes de fora da área. Aos 42, porém, não teve jeito. Marquinhos Gabriel arrancou em velocidade pela esquerda, passou com muita facilidade pela marcação e rolou na medida para William Barbio marcar.
De Itu chega a notícia: o Fluminense está rebaixado
Com a corda apertadíssima no pescoço, o Fluminense, enfim, acordou na volta para o segundo tempo e partiu para cima do Bahia. Samuel entrou na vaga de Igor Julião, e Sobis passou a ser o “faz tudo” da equipe. Incansável, ele corria de um lado para o outro, armava, concluía e até buscava a bola na defesa, lá atrás, com Diego Cavalieri. Aos quatro, ele invadiu a área, driblou Lomba e chutou para fora com o gol vazio. Seis minutos depois, se redimiu em boa jogada que Wagner concluiu para o fundo das redes: 1 a 1.
O empate fez com que o Flu se mandasse todo para o campo de ataque. Era necessário virar e torcer para o São Paulo fazer um gol no Coritiba. Da arquibancada, Fred incentivava e chorava. Com o celular na mão, acompanhava a rodada dramática sem poder ajudar por conta de uma lesão na coxa. Até que aos 37 minutos a contagem regressiva chegou ao fim com tristeza tricolor.
A bola ainda rolava em Salvador, mas em Itu o Coxa comemorava o 1 a 0 que o mantinha na Série A e rebaixava o Flu. Ironia do destino, quase que simultaneamente, Samuel escorou cobrança de falta para virar o placar na Fonte Nova.
A partir daí, pouco importava o que acontecia no gramado. Cariocas choravam, baianos tiravam sarro, e os jogadores deixavam o tempo passar até o apito final de Leandro Vuaden. Quinze anos depois de cair para Série C, o Fluminense está na Segunda Divisão do futebol brasileiro. E o golpe fatal foi dado pelo Coritiba, aquele mesmo do jogo da heroica salvação em 2009.
A queda remete o Fluminense ao período mais triste de sua história, quando caiu por três anos seguidos - 1996 (permaneceria na elite, após virada de mesa), 97 e 98 - e chegou ao fundo do poço na Série C. Desde então, com o retorno direto da Terceira para Primeira Divisão, em 2000, o Tricolor conquistou dois títulos brasileiros e protagonizou uma reação heroica em 2009, mas desta vez não foi possível. Com 46 pontos, a Série B é o destino do 17º colocado na tabela de classificação. Fred, figura maior do elenco carioca, torceu de um camarote, gritou e chorou com o fim trágico de temporada.
saiba mais
- Estamos conscientes de que temos que nos reerguer. Rever o que
fizemos de errado, para não errar novamente. Ter a consciência de que a
Série B é muito difícil, complicadíssima. No ano que vem temos que
entrar, claro, para vencer todos os campeonatos, mas principalmente para
levar de novo para a Série A - disse o goleiro Cavalieri.O Bahia, por sua vez, só queria saber de festejar. Já salvo da degola depois da vitória sobre o campeão Cruzeiro, há uma semana, o time da Boa Terra viu o torcedor lotar a Fonte Nova e tripudiar sobre o rival carioca. Com 48 pontos, o Esquadrão de Aço termina a competição na 14ª posição.
Wagner, que marcou o primeiro gol do Flu, lamenta queda
para Série B (Foto: Ricardo Ayres / Photocamera)
A necessidade de uma combinação de resultados para evitar a queda fez com que o Fluminense atrasasse o início da partida, assim como aconteceu no jogo que garantiu a salvação em 2009.
Com os jogadores do Bahia já em campo, os cariocas enrolaram no vestiário, e a bola rolou oito minutos depois do horário previsto. A esta altura, o Atlético-PR já tinha feito um gol no Vasco, e o São Paulo pressionava o Coritiba. Cenário interessante para o time das Laranjeiras, que precisava fazer sua parte.
Fazer a sua parte, entretanto, parecia ser exatamente o mais difícil para o Fluminense. Pressionado, não conseguia se impor mesmo com a obrigação de vencer e via um Bahia, tranquilo, dominar as ações. Marquinhos Gabriel, Fernandão e William Barbio colocavam correria no ataque, enquanto o time carioca se mostrava refém de chutes de Rafael Sobis ou bolas aéreas. Na melhor chance, o peso da responsabilidade parece ter influenciado a postura do jovem Kenedy, que preferiu tentar o cruzamento em vez de chutar. Neste instante, Lucas Claro abriu o placar para o Coritiba, em resultado que decretava a queda do Flu.
Se o Tricolor carioca parecia apático, o Bahia jogava solto. Herói na semana passada, contra o Cruzeiro, Talisca travou um duelo com Diego Cavalieri, que impediu o gol em três chutes de fora da área. Aos 42, porém, não teve jeito. Marquinhos Gabriel arrancou em velocidade pela esquerda, passou com muita facilidade pela marcação e rolou na medida para William Barbio marcar.
Fred acompanha partida e chora com o rebaixamento
em camarote na Fonte (Foto: Edgard Maciel de Sá)
Com a corda apertadíssima no pescoço, o Fluminense, enfim, acordou na volta para o segundo tempo e partiu para cima do Bahia. Samuel entrou na vaga de Igor Julião, e Sobis passou a ser o “faz tudo” da equipe. Incansável, ele corria de um lado para o outro, armava, concluía e até buscava a bola na defesa, lá atrás, com Diego Cavalieri. Aos quatro, ele invadiu a área, driblou Lomba e chutou para fora com o gol vazio. Seis minutos depois, se redimiu em boa jogada que Wagner concluiu para o fundo das redes: 1 a 1.
O empate fez com que o Flu se mandasse todo para o campo de ataque. Era necessário virar e torcer para o São Paulo fazer um gol no Coritiba. Da arquibancada, Fred incentivava e chorava. Com o celular na mão, acompanhava a rodada dramática sem poder ajudar por conta de uma lesão na coxa. Até que aos 37 minutos a contagem regressiva chegou ao fim com tristeza tricolor.
A bola ainda rolava em Salvador, mas em Itu o Coxa comemorava o 1 a 0 que o mantinha na Série A e rebaixava o Flu. Ironia do destino, quase que simultaneamente, Samuel escorou cobrança de falta para virar o placar na Fonte Nova.
A partir daí, pouco importava o que acontecia no gramado. Cariocas choravam, baianos tiravam sarro, e os jogadores deixavam o tempo passar até o apito final de Leandro Vuaden. Quinze anos depois de cair para Série C, o Fluminense está na Segunda Divisão do futebol brasileiro. E o golpe fatal foi dado pelo Coritiba, aquele mesmo do jogo da heroica salvação em 2009.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/brasileirao2013/08-12-2013/bahia-fluminense.html
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