A CRÔNICA
por
Heitor Esmeriz
Ao aproveitar toda a vantagem que o regulamento pôde lhe dar, a equipe
de Jorginho se deu ao luxo até de perder por 1 a 0 para o Deportivo
Pasto e, graças à vantagem obtida em Campinas, avançar na competição.
Tudo que aconteceu antes de a bola rolar no Estádio Libertad refletiu em
campo. A vontade da Ponte andou lado a lado com o cansaço, claro no
rosto de cada titular em campo. Diante disso, a Macaca passou por vários
momentos de sufoco e praticamente abdicou do ataque. Duas bolas na
trave (uma em cada tempo), o gol de Mina no início do segundo tempo, o
problema de transição entre defesa e ataque e a pressão nos minutos
finais foram os desafios em Pasto. Mas era hora de mostrar seu valor,
raça, tradição. O hino não mente: Ponte Preta de paz, Ponte Preta de
guerra.
Com sentimento de missão cumprida, os heróis terão pouco tempo de descanso. A Ponte inicia a viagem para o Brasil logo na manhã desta quarta-feira. Passará por todo o sufoco da ida, mas voltará nos braços do povo, o mesmo que estará com ela em cada momento, seja em Campinas, Pasto ou Buenos Aires, a próxima parada sul-americana.
Segundo sorteio feito pela Conmebol, o Vélez tem o direito de decidir as quartas de final contra a Ponte Preta em casa. As datas, porém, ainda não foram divulgadas de forma oficial pela entidade. O regulamento apontava, no início da competição, os dias 29 de outubro e 7 de novembro, mas o clube argentino, em seu Twitter oficial, informa que os jogos acontecerão nos dias 30 e 6, em Campinas e Buenos Aires, respectivamente.
Mas antes de pensar novamente no torneio internacional, o elenco guarda atenções no Campeonato Brasileiro, onde vive situação dramática. No domingo, a Macaca recebe o Vasco, em duelo direto contra o rebaixamento em Campinas. Só depois daí, o foco é na Argentina.
Ponte segura pressão esperada
O pouco tempo de descanso da Ponte Preta fez a diferença no primeiro tempo. Por sorte dos brasileiros, isso não refletiu no placar. Com a maioria dos jogadores atrás da linha da bola, a Macaca foi dominada desde o começo pelo Pasto.
Dispostos a tirar proveito da condição da Ponte, os donos da casa foram para cima do começo ao fim. Os gritos da torcida de ‘si, se puede’ na entrada do time em campo aumentaram a motivação. A formação com três atacantes deixava clara a missão do Deportivo de buscar um gol ainda no primeiro tempo. Mina, principal nome do jogo na etapa inicial, deu o cartão de visitas com um chute cruzado aos quatro minutos.
O recuo em excesso da Ponte chamava ainda mais o Pasto, que apostou principalmente nos lances aéreos, mas Ferron e Diego Sacoman levaram a melhor pelo alto. Os erros de passe impediam que a Ponte conseguisse encaixar um contra-ataque, sua principal proposta ofensiva. Rafael Ratão, escolha de Jorginho para substituir Rildo, era quem mais pecava, principalmente pela individualidade.
O primeiro chute da Macaca aconteceu apenas aos 34 minutos, com Alef. Depois, Fellipe Bastos e William também tentaram, mas sem perigo. Perigo mesmo levaram Lalinde e Pacheco à Ponte no fim da etapa. O primeiro só não marcou graças a um desvio de Ferron. Na sequência, a trave parou a finalização de Pacheco. Para a sorte dos brasileiros, que foram para o vestiário no lucro.
Pressão do Pasto não supera barreira alvinegra
O primeiro tempo acuado da Macaca fez Jorginho reforçar a marcação. Ao sacar o extenuado Adrianinho e colocar mais um volante (Magal), o treinador montou duas linhas de quatro entre defesa e meio-campo, barreiras para travar o ataque do Deportivo Pasto. Na frente, a velocidade de Ratão e o oportunismo de William teriam que fazer a diferença. A bola, porém, não chegou ao ataque como Jorginho imaginava.
A mudança só fez a Ponte recuar mais. E, se um time não tem saída de bola, o outro dita o ritmo. Na base do jogo aéreo, o Pasto começou a levar perigo e saiu na frente logo a sete minutos. Pacheco encontrou Mina, que limpou a marcação e finalizou no contrapé de Roberto. O Libertad acendeu de vez e animou os donos da casa.
Poucos minutos se passaram até Jorginho perceber que era impossível não ter alguém que pensasse o jogo da Ponte. Elias, assim, assumiu a vaga de Alef. Substituição de nome, mas que não serviu muito em termos táticos. Mesmo com um autêntico 10 em campo, a Macaca seguiu sem explorar o toque de bola e abdicou das já esporádicas idas ao ataque. A postura ficou mais defensiva quando Ratão, alvo de dores musculares, deu lugar a mais um volante: Fernando Bob.
A dez minutos do fim, a ansiedade do Pasto foi maior que o cansaço da Ponte. Tanto que os colombianos só conseguiram criar uma chance. Mina passou por Roberto, mas acertou a trave.
Aos gritos de Roberto, a defesa se postou como deveria: não desarmou o ataque rival, mas impediu qualquer tipo de finalização. Final justo para um time que, se não ganhou na bola, levou pelo coração. A Macaca é Brasil e, só por isso, está muito à frente de qualquer rival colombiano que teime em aparecer na frente.
Marlon Piedrahita e Uendel disputam bola na lateral:
Macaca conquista vaga história fora (Foto: AFP)
saiba mais
Para suportar tudo isso, o apoio de quem a carrega nas costas desde o
primeiro jogo oficial. Mesmo a milhares de quilômetros de casa, a Macaca
não se sentiu desamparada em momento algum. Além de acompanhar os
passos dos jogadores desde a chegada a Pasto, o grupo de aproximadamente
100 torcedores que se arriscou a viajar com o clube fez barulho e fez
do estádio um Majestoso improvisado. Orgulho de nossa terra. Festa da
barulhenta minoria em Pasto (foram pouco mais de 7 mil presentes no
Libertad).Com sentimento de missão cumprida, os heróis terão pouco tempo de descanso. A Ponte inicia a viagem para o Brasil logo na manhã desta quarta-feira. Passará por todo o sufoco da ida, mas voltará nos braços do povo, o mesmo que estará com ela em cada momento, seja em Campinas, Pasto ou Buenos Aires, a próxima parada sul-americana.
Segundo sorteio feito pela Conmebol, o Vélez tem o direito de decidir as quartas de final contra a Ponte Preta em casa. As datas, porém, ainda não foram divulgadas de forma oficial pela entidade. O regulamento apontava, no início da competição, os dias 29 de outubro e 7 de novembro, mas o clube argentino, em seu Twitter oficial, informa que os jogos acontecerão nos dias 30 e 6, em Campinas e Buenos Aires, respectivamente.
Mas antes de pensar novamente no torneio internacional, o elenco guarda atenções no Campeonato Brasileiro, onde vive situação dramática. No domingo, a Macaca recebe o Vasco, em duelo direto contra o rebaixamento em Campinas. Só depois daí, o foco é na Argentina.
Ponte segura pressão esperada
O pouco tempo de descanso da Ponte Preta fez a diferença no primeiro tempo. Por sorte dos brasileiros, isso não refletiu no placar. Com a maioria dos jogadores atrás da linha da bola, a Macaca foi dominada desde o começo pelo Pasto.
Dispostos a tirar proveito da condição da Ponte, os donos da casa foram para cima do começo ao fim. Os gritos da torcida de ‘si, se puede’ na entrada do time em campo aumentaram a motivação. A formação com três atacantes deixava clara a missão do Deportivo de buscar um gol ainda no primeiro tempo. Mina, principal nome do jogo na etapa inicial, deu o cartão de visitas com um chute cruzado aos quatro minutos.
O recuo em excesso da Ponte chamava ainda mais o Pasto, que apostou principalmente nos lances aéreos, mas Ferron e Diego Sacoman levaram a melhor pelo alto. Os erros de passe impediam que a Ponte conseguisse encaixar um contra-ataque, sua principal proposta ofensiva. Rafael Ratão, escolha de Jorginho para substituir Rildo, era quem mais pecava, principalmente pela individualidade.
O primeiro chute da Macaca aconteceu apenas aos 34 minutos, com Alef. Depois, Fellipe Bastos e William também tentaram, mas sem perigo. Perigo mesmo levaram Lalinde e Pacheco à Ponte no fim da etapa. O primeiro só não marcou graças a um desvio de Ferron. Na sequência, a trave parou a finalização de Pacheco. Para a sorte dos brasileiros, que foram para o vestiário no lucro.
Régis foi um dos que mais correu na altitude de Pasto:
classificação heróica da Macaca (Foto: AFP)
O primeiro tempo acuado da Macaca fez Jorginho reforçar a marcação. Ao sacar o extenuado Adrianinho e colocar mais um volante (Magal), o treinador montou duas linhas de quatro entre defesa e meio-campo, barreiras para travar o ataque do Deportivo Pasto. Na frente, a velocidade de Ratão e o oportunismo de William teriam que fazer a diferença. A bola, porém, não chegou ao ataque como Jorginho imaginava.
A mudança só fez a Ponte recuar mais. E, se um time não tem saída de bola, o outro dita o ritmo. Na base do jogo aéreo, o Pasto começou a levar perigo e saiu na frente logo a sete minutos. Pacheco encontrou Mina, que limpou a marcação e finalizou no contrapé de Roberto. O Libertad acendeu de vez e animou os donos da casa.
Poucos minutos se passaram até Jorginho perceber que era impossível não ter alguém que pensasse o jogo da Ponte. Elias, assim, assumiu a vaga de Alef. Substituição de nome, mas que não serviu muito em termos táticos. Mesmo com um autêntico 10 em campo, a Macaca seguiu sem explorar o toque de bola e abdicou das já esporádicas idas ao ataque. A postura ficou mais defensiva quando Ratão, alvo de dores musculares, deu lugar a mais um volante: Fernando Bob.
A dez minutos do fim, a ansiedade do Pasto foi maior que o cansaço da Ponte. Tanto que os colombianos só conseguiram criar uma chance. Mina passou por Roberto, mas acertou a trave.
Aos gritos de Roberto, a defesa se postou como deveria: não desarmou o ataque rival, mas impediu qualquer tipo de finalização. Final justo para um time que, se não ganhou na bola, levou pelo coração. A Macaca é Brasil e, só por isso, está muito à frente de qualquer rival colombiano que teime em aparecer na frente.
William quase não teve espaço para jogare foi figura decorativa
em derrota da Ponte Preta (Foto: AP)
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