sábado, 26 de outubro de 2013

Lista traz nove micos em pênaltis batidos com cavadinha displicente

Além do pecado de Pato contra o Grêmio, jogadores como R10, Loco Abreu e Montillo erraram na marca da cal devido ao improviso irresponsável

Por Rio de Janeiro

Dizem que pênalti é tão importante que o presidente de um clube deveria batê-lo. O que pensar, então, quando um jogador decide por efetuar uma cobrança se utilizando da arriscada cavadinha? O excesso de confiança e até de certa irresponsabilidade muitas vezes custa caro. A lista abaixo mostrará episódios como o que aconteceu nesta quarta-feira, quando o atacante Alexandre Pato optou pela cavadinha e se deu mal. Dida pegou o pênalti e o Grêmio eliminou o Corinthians da Copa do Brasil.

1 - ALEXANDRE PATO (GRÊMIO 0 X 0 CORINTHIANS - COPA DO BRASIL 2013)
 

Depois de um insistente 0 a 0 após 180 minutos de bola rolando, a sequência de Grêmio ou Corinthians na Copa do Brasil passaria por uma tensa disputa por pênaltis. Guardado para executar a quinta cobrança do Timão, Alexandre Pato era a esperança de sobrevida da sua equipe, que tinha desvantagem de 3 a 2 no placar. Apesar da importância do momento, o atacante preferiu improvisar e deu uma cavadinha. O problema é que diante dele estava o goleiro Dida, famoso por pegar pênaltis aos montes. E fama se confirmou mais uma vez. Pior para Pato, que ficou marcado como o pivô da eliminação corintiana.

2 - NEYMAR (SANTOS 2 X 0 VITÓRIA - COPA DO BRASIL 2010)

Com apenas 18 anos, em 2010, Neymar já dividia a responsabilidade de protagonista do Santos com Robinho e Paulo Henrique Ganso. A personalidade do moicano era evidenciada em suas atitudes. Na final da Copa do Brasil de 2010, no jogo de ida, quando o Peixe vencia o Vitória por 1 a 0, Neymar teve um pênalti para cobrar e assim a possibilidade de ampliar a vantagem alvinegra. No entanto, a opção pela cavadinha não deu certo. O goleiro Lee ficou parado no meio do gol e fez tranquila defesa.

3 - LÉO ROCHA (BOTAFOGO 1 (3) X (2) 1 TREZE - COPA DO BRASIL 2012)
 

O Treze tinha uma grande chance de protagonizar uma das maiores zebras da história da Copa do Brasil. Depois de dois empates por 1 a 1, o clube paraibano teve a oportunidade de fazer o sonho virar realidade numa disputa por pênaltis. Os times haviam desperdiçado duas cobranças quando Léo Rocha teve em seus pés a chance de empatar e forçar as batidas alternadas. O jogador trezeano não se intimidou com o fato de enfrentar o paredão Jefferson e "inventou" na hora do chute. Deu no que deu. Além de classificar o adversário, Léo Rocha ainda levou uma bronca do goleiro do Bota, que considerou desrespeitosa a tentativa de cavadinha.

4 - MAICOSUEL (UDINESE 1 (4) X (5) 1 BRAGA - LIGA DOS CAMPEÕES 2012/13)

Contrato ao Botafogo para ser uma das estrelas da Udinese na temporada 2012/2013, o meia Maicosuel começou da pior forma a sua trajetória na equipe italiana. Após duas igualdades em 1 a 1, a disputa pela vaga na fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa foi para a marca da cal. E a audácia do Mago de dar uma cavadinha custou muito caro. Ele foi o único jogador (dos dois times) a desperdiçar a cobrança e ficou com toda a culpa pela precoce eliminação da Udinese.

5 - LOCO ABREU (FLUMINENSE 2 X 3 BOTAFOGO - CARIOCA 2011)
 

A fama de louco não é por acaso. Para quem abusou da cavadinha até em jogo da Copa do Mundo, Loco Abreu nunca teve cerimônias para repetir o lance tão arriscado em cobranças de pênalti. No Carioca de 2011, o uruguaio via o Botafogo perder para o Fluminense por 2 a 1 quando viu a chance de igualar o marcador numa penalidade máxima. E a oportunidade virou mico. O goleiro Diego Cavalieri brincou de estátua e ficou parado para pegar a cobrança do camisa 13. A sorte - e a coragem - de Loco foi ter mais um pênalti para bater. Ele arriscou nova cavadinha e teve êxito. No fim das contas, o Fogão ainda virou o jogo e venceu por 3 a 2.

6 - ROGÉRIO CENI (SÃO PAULO 2 X 0 SANTA CRUZ - COPA DO BRASIL 2011)
 

Rogério Ceni perdeu os últimos quatro pênaltis que bateu. E isso não é um fato na carreira do goleiro-artilheiro. Em 2011, o camisa 1 foi inventar de testar a paradinha e se deu mal. Em partida válida pela Copa do Brasil contra o Santa Cruz, o São Paulo precisa vencer por dois gols de diferença para avançar. E vencia por 1 a 0 quando teve um pênalti. Rogério bateu com displicência, no meio do gol, e Tiago Cardoso fez a defesa no finzinho da etapa inicial. Para a sorte do capitão, Ilisnho marcou o segundo gol são-paulino na etapa final e livrou a cara do ídolo.

7 - RONALDINHO (MILAN 0 (2) X (3) 0 INTERNAZIONALE - TORNEIO AMISTOSO 2010)

Jogos de pré-temporada normalmente não exigem a mesma entrega qdos jogadores que partidas que valem pontuação. Mas quando se trata de um clássico tudo muda. Para Ronaldinho Gaúcho nem isso parece ser motivo de perder o futebol irreverente. Em 2010, por um torneio amistoso, o craque participou do clássico entre Milan e Internazionale. Depois de empate por 0 a 0, Ronaldinho desperdiçou a última cobrança ao carimbar o travessão depois de uma cavadinha. Sobrou apenas o sorriso amarelo. A taça ficou com a Internazionale.

8 - MONTILLO (CRUZEIRO 3 X 4 ATLÉTICO-MG - BRASILEIRO 2010)
 

A saída de Montillo do Cruzeiro para o Santos foi conturbada. Mesmo assim, o torcedor celeste tem um motivo ainda maior para se queixar do argentino. No Brasileiro de 2010, o Cruzeiro começou a 31ª rodada na liderança e enfrentou o rival Atlético-MG. Depois de sair com 2 a 0 de desvantagem (dois gols de Obina), a Raposa teve a chance de diminuir num pênalti. O problema foi que Montillo decidiu dar uma cavadinha e encobriu a meta de Renan Ribeiro. Para piorar, o Galo fez o terceiro gol no minuto seguinte. O Cruzeiro até reagiu, mas acabou derrotado por 4 a 3. E o resultado influenciou diretamente na classificação final. O time azul terminou o Brasileiro na segunda colocação, dois pontos atrás do Fluminense. Se tivesse vencido o clássico...

9 - ELANO (SANTOS 4 X 5 FLAMENGO - BRASILEIRO 2011)
 

Além de ter ficado marcado pelo golaço de placa de Neymar - eleito como o mais bonito do mundo em 2011 - e pela ótima exibição de Ronaldinho, a vitória do Flamengo por 5 a 4 sobre o Santos, na Vila Belmiro, teve outro lance capital. Quando o Peixe vencia por 3 a 2, ainda no primeiro tempo, Elano teve a chance de ampliar ao se apresentar para bater um pênalti. O problema foi a decisão de dar uma cavadinha muito mal executada. O goleiro Felipe fez a defesa com tranquilidade e ainda provocou com embaixadinhas. O erro de Elano foi crucial para a virada rubro-negra.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/listas/noticia/2013/10/lista-traz-nove-micos-em-penaltis-batidos-com-cavadinha-displicente.html

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