quarta-feira, 19 de junho de 2013

Com muito em comum, nigerianos esperam torcida a favor em Salvador

Super Águias sofreram com a torcida mineira pelo Taiti, mas veem cenário diferente contra o Uruguai, em cidade cheia de ligações com a África

Por Raphael Carneiro e Tamires Fukutani Salvador


John Obi Mikel treino Nigéria (Foto: EFE)Obi Mikel se surpreende com semelhança decultura entre Salvador e a África (Foto: EFE)

À exceção do jogo do Brasil contra o Japão, sábado passado, a única partida em que a torcida se posicionou tão claramente a favor de um time da Copa das Confederações foi em Minas Gerais. Na goleada por 6 a 1 da Nigéria sobre o Taiti, segunda-feira, os mineiros não fizeram cerimônia para apoiar o pequeno time amador da Polinésia Francesa. Preteridos em Belo Horizonte, os Super Águias têm a expectativa de que o cenário seja completamente diferente em Salvador.

Nigéria e Salvador têm muito em comum. Os costumes, a língua, a culinária e a religião dizem muito entre as duas populações. A capital baiana herdou muito disto dos iorubás, que era a etnia predominante da costa oeste africana na primeira metade do século XIX, quando a região foi alvo do tráfico de escravos para a Bahia.

Não é à toa que a cidade tem o maior número de afrodescendentes fora do continente africano. Com tanto em comum, o meia Obi Mikel espera que o passado ajude os baianos na hora de escolher entre Nigéria ou Uruguai.

– Sério (que é a cidade mais negra fora da África)? Espero que eles possam vir amanhã, nos apoiar no dia do jogo, que estejam lá por nós. Que nós possamos ter um bom jogo e vencer – afirmou o jogador.

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Pela primeira vez em Salvador, Mikel ouviu questionamentos sobre o Pelourinho e a cultura baiana. O meia disse que pretendia conhecer um pouco mais da cidade e reforçou o pedido para ter os baianos ao lado da seleção africana.

– Eu não sabia disso (da relação entre Salvador e Nigéria), mas se eles vierem nos apoiar quando jogarmos, será uma grande "força moral". Vai ajudar o time. Segunda foi um pouco esquisito para nós, porque não tivemos apoio. 
Precisamos dos torcedores, de pessoas nos apoiando, gritando nossos nomes, importando-se conosco – opinou

Por fim, o jogador da Chelsea ainda comentou a situação que a seleção viveu em Belo Horizonte.

– Havia uma atmosfera bem estranha no jogo de segunda, mas a gente não sabia, até pisar no gramado, que todos os torcedores estavam atrás do Taiti. Isso fez da partida algo um pouco engraçado, jogar sem nenhum torcedor a favor (risos). Todo o estádio estava um pouco louco, mas esperamos agora ter um pouco mais de apoio das pessoas – finalizou o atleta.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecoes/nigeria/noticia/2013/06/com-muito-em-comum-nigerianos-esperam-torcida-favor-em-salvador.html

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