Gabrieli Van Oudheusden Medeiros, de três anos, luta contra a leucemia há oito meses. Ela imitou gesto do centroavante gremista na última terça-feira.
Fã de Barcos, Gabrieli imita o Pirata, centroavante do Grêmio (Foto: Arquivo pessoal)
- Ela é apaixonada. Está sempre com a camisa do Grêmio e vibra com os jogos. Quando ela está no hospital, assistimos aos jogos de lá mesmo e ela faz uma festa. Todo mundo conhece ela, brinca e até provoca quando o Grêmio perde. Mas ela não gosta, briga até com os enfermeiros - conta o pai, morador de São Sepé, que viaja cerca de 60 quilômetros para levar a filha até o tratamento em Santa Maria.
Barcos faz sua comemoração característica contra o Caracas (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
- Ela adora o Barcos. Imita ele sempre. Quando ele faz gol, então, ela vai à loucura - conta.
Internada desde a última quarta-feira, pois viu a imunidade baixar, Gabrieli não pode fazer muitos movimentos. Porém, reuniu forças para ligar para o pai e fazer um pedido, sem perder o bom humor.
- Pai, pede para o Barcos me visitar aqui. Liga para ele ou manda um e-mail. Ia ser muito legal - sugeriu.
Doença começou há oito meses
Gabrieli veste a camisa do Grêmio durante otratamento no hospital (Foto: Arquivo pessoal)
Com o passar do tempo, as incursões ao hospital começaram a diminuir. Depois do combate inicial, ela passou a ficar 20 dias em Santa Maria e outros cinco em casa. Hoje, ela está em fase final de mais um ciclo que, ao se encerrar, possibilitará a menina permanecer 21 dias em São Sepé para só depois realizar um monitoramento de rotina na cidade vizinha.
A esperança do pai e da mãe Cristiéli Rangel Van Oudheusden, donos de um pequeno comércio na cidade de 23 mil habitantes, é que, em outubro de 2014, quando o tratamento termina, a doença desapareça por completo. Quando isso acontecer, surge uma nova meta para Gabrieli.
- O nosso sonho é levá-la na Arena. Mas, para isso, ela tem que estar um pouco mais forte. Se Deus quiser, isso vai acontecer e ela ainda verá um gol do Barcos ao vivo.
E se, no hospital, por meio de um pequeno monitor, reunindo forças para lutar contra a doença, ela mobiliza e emociona dezenas de pessoas, é certo dizer que, em pouco tempo, o novo estádio gremista testemunhará a visita de uma torcedora capaz de mover uma multidão.
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